Capítulo 25 - Filho Da Puta

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Beijar Evan até perder o fôlego com certeza estava perto do topo de algum ranking sobre as coisas que mais adorava fazer, mas, infelizmente, estava longe de ser umas das coisas que precisavam ser feitas naquele momento: - Eu sinto muito – conseguiu murmurar em um arquejo, quando por um segundo Evan deixou sua boca livre.

- Sente? – perguntou e logo passou a mordiscar e lamber e chupar e fazer coisas em seu pescoço que deixavam sua pele toda arrepiada, distribuindo ondas de calor por todo seu corpo. – Sente isso também?

- Sim – ofegou. – Digo... – Fechou os olhos tentando se concentrar, mas isso só fez com que as sensações parecessem ainda mais intensas, então abriu os olhos e implorou ao teto por ajuda, tentando voltar ao pensamento anterior, que fez com que pedisse desculpas: – Isso foi muito impulsivo... Estou tentando não ser tão impulsiva.

Foi até sua orelha e murmurou contra ela: - Acha que me importo quando você faz esse tipo de coisa? Você me ouviu reclamar? – E não lhe deu tempo de responder, pois tomou seus lábios e língua e todo seu maldito juízo mais uma vez.

Só conseguiu ele de volta, quando um 'pipipi' incessante começou a ecoar pelo quarto e Evan se afastou irritado: - Porra... - Se apoiou em um cotovelo para puxar o celular do bolso da calça e mexer nele furiosamente em seguida.

- Despertador? – Estava em conflito, mas sabia que tinha que agradecer pela interrupção.

- Sim. Está quase na hora que marquei com a Yukari e o Christopher para descermos – Jogou o celular de forma descuidada sobre o criado mudo e desabou na cama ao seu lado. - Tenho que terminar de me arrumar. – Passou a olhar pro teto também.

– Certo. Tem que terminar de se arrumar – disse mais para si mesma do que para ele, tentando convencer o próprio corpo a se acalmar. Apesar de seu cérebro já ter entendido perfeitamente, seus pulmões e coração ainda funcionavam desgovernados, custando a entender que o momento havia acabado.

Ele se virou de lado na cama e Alicia fez o mesmo, permitindo que ficassem de frente um para o outro. Evan estava perfeitamente colorido da forma que Alicia mais gostava: as bochechas, o cabelo, os lábios e os olhos todos vermelhos. Se aproximou e tocou a boca dele, tendo que se conter só com aquele gesto e resistindo à tentação: - É melhor você se levantar logo.

- Sim, é melhor – Soltou um suspiro irritado, mas uma de suas mãos foi para a sua cintura e subiu devagar, displicentemente, até roçar a curva de seus seios: - Você não tem ideia do quanto eu quero foder você.

Asdfghjklçqwertyportodososdeuses Os lábios de Alicia se partiram em uma exclamação muda, ao mesmo tempo que sentia arrepios e contrações involuntários por todo o corpo. Custou-lhe alguns segundos formar uma frase coerente: - Quando você voltar.

- Definitivamente – disse sorrindo torto e se levantou, indo para o banheiro, mas parou no meio do caminho, voltando-se novamente para Alicia. – Mas precisamos ter mais cuidado para o que aconteceu não se repetir.

Sentou-se, um pouco perdida: - Como assim?

- Estou falando de quando eu saí do banheiro e Controlei o Fogo.

- Ah... – Lembrou-se do modo como reagiu instintivamente ao sentir a presença do Fogo crescer pelo quarto quando Evan acendeu as velas e a lareira, de como seu corpo e seus elementais reagiram de forma defensiva, como se ele fosse uma ameaça. Puxou os joelhos até o peito, abraçando-os. – Só fui pega desprevenida.

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