SEQUESTRADA - II

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Luck

Hannah foi levada para um dos quartos brancos ainda inconsciente. De um outro quarto menor, por meio de um espelho falso que cobria toda uma parede, pude observá-la cautelosamente.

Sentei em uma das poltronas do cômodo escuro, iluminado apenas pela luz branca que transpassava do espelho.

Sei o quão difícil deve estar sendo para ela, saber que tudo fora uma mentira. Os anos que ela perdeu, as paixões, as alegrias, tudo esquecido em algum lugar da sua mente. E talvez seja uma coincidência muito ruim, mas ela é a última da lista. A última transportada de Tifon para Terra. A única que eu escolhi e é a que eu tenho certeza que seja a certa. Ela tem que ser a filha de Kiron.

Hannah abriu os olhos azuis minutos depois. A moça sentou-se, retirando os fios antes ruivos, agora loiros brancos da testa soada, parecia examinar o local ainda sonolenta.

Mesmo quando derrotou David no piso do helicóptero, não percebeu o grande poder que tinha. Seus cabelos passaram de ruivos para loiros brancos e seus olhos de verdes para azuis. Não negando suas origens.

Era uma mistura heterogênea do rei e da rainha, quase como se os dois fossem distintos o suficiente para que seus traços genéticos não se misturassem.

As outras garotas que foram trazidas da Terra, tinha um poder semelhante emanando delas. Mas quando tentavam usar seus poderes de fato, eram fracas. Enquanto Hannah não precisar tentar usá-los para sentirmos seu poder à distância.

Hannah ainda sentada, retirou o blazer deixando exposta uma fina blusa de seda branca. Estudava minuciosamente o ambiente, desde o criado mudo, às cortinas brancas atrás da cama, que davam vista a Via láctea lá fora.

A jovem levantou-se , mas nem mesmo parecia se importar com o fato de estarmos a caminho de outro planeta. Ela lenvantou um dos braços e tocou a cortina, arrancando-a do suporte de metal que a prendia, em seguida começou a rasgar todo o tecido cautelosamente medindo os retalhos rasgados. Assim examinou um retângulo de quase 2,5 metros e uma faixa da mesma cor que media quase dois metros.

Sentei na ponta da poltrona apoiando o queixo nos punhos fechados sobre as coxas. Curioso sobre o que ela faria em seguida com aqueles retalhos.

Hannah, leva o pé esquerdo apoiando na cama a sua direita, retira a sapatilha preta e depois a meia. Faz o mesmo com a outra perna. Seus braços cruzados descem até a ponta da blusa seda erguendo-a , mas antes de retira-la por completo, virou-se para a parede á suas costas e retirou o tecido branco, revelando suas costas nuas. Pousou a blusa na cama enquanto suas mãos seguiam para os quadris e abriam o zíper do lado direito da saia, que escorregou por suas pernas pálidas.

Seu corpo curvou-se de lado enquanto o retângulo branco da cortina era enrolado em seu corpo formando um vestido e a faixa laçada na cintura e cruzada até o pescoço dando forma aos seios pequenos da moça.

Assim que tocamos o solo de Tifon, Hannah caminhou até a janela e observou curiosa o ambiente lá fora, até um dos comissários adentrar em seu quarto.

Saí o mais rápido que pude para recebê-la e a conduzir até o âmbito real.

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