EXAMINADA

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Não. Não estou interessada nele. Ri comigo mesma ao pensar em tal possibilidade. Nada disso! É só que, pela primeira vez alguém conversou direito comigo. Sem se importar com a chance de eu ser a princesa. A primeira vez que ri desde que cheguei.

- Então, você acha que consegue... - ele acenou para o quarto, visivelmente desconcertado.

Observei seu rosto ruborizar e seus olhos fugirem dos meus. Uma sensação nova se formou dentro de mim.

Qual homem tem medo de entrar num quarto com uma mulher? Era para ser o contrário se levarmos em conta tudo o que passei.

Decido torturá-lo. Sou vingativa. Sei disso.

- Acho que não. Minha perna ta doendo tanto - lamuriei com cara chorosa.

Quero que ele entre no quarto. Quero me vingar das suas risadas idiotas.

Ele me olhou desapontado e entrou rapidamente. Em menos de cinco passos, meu corpo já estava pousado sobre a cama.

Suas costas largas, tensas, se movimentavam rápido, enquanto seus braços seguiam no mesmo ritmo. Sua bunda... Ha... Sua bunda... E que bunda meu Deus! Redonda, apertada sobre o tecido marrom de seu uniforme. Delineada juntamente com as coxas grossa e torneadas.

- Vou pedir para o Mestre Filegein vir examinar sua perna e dar-lhe um pouco de leite de papoula. - disse já estacionado próximo a porta entreaberta.

Será que ele malha? Eu poderia malhar também. Claro, depois que minha perna voltar a funcionar. Tem academia por aqui?

Minha bixiga alertou-me de sua urgência, agora muito mais apertada que antes, e isso não é um bom sinal quando se está na companhia de um homem. E se eu eu não conseguir segurar?

- Antes, peça por favor à Érica que venha ao meu quarto. Preciso de sua ajuda - falei quando senti que já não conseguiria ficar mais nem um segundo segurando xixi.

- Eu posso ajudar - ele fez menção de vir até mim

- Não! - gritei interrompendo um de seus passos. - Está tudo bem - sorri - É só que... preciso trocar de roupa - menti.

Rapidamente suas bochechas ficaram vermelhas.

- É, é... Vou deixá-la agora. E... Bom... Até logo princesa - ele fez uma reverência com um enorme sorriso nos lábios - E a proposito, meu nome é David - disse antes de sair e fechar a porta atrás de si, sem esperar que eu dissesse meu próprio nome.

Cruzo as pernas evitando que o líquido escorra. "Preciso que Érica me ajude a ir ao banheiro. Mas se ela demorar? Não tem como subir vários lances de escada rápido o bastante para me salvar. Eu deveria ter pedido a David para me levar ao banheiro. Ele não precisaria ficar lá comigo seria apenas para me ajudar a ir até a porta."

Droga!

Resolvo ir pulando até o banheiro onde quase imediatamente alivio minha bixiga desobediente.

O tal Mestre apareceu logo após eu conseguir deitar. Era um velho carrancudo, corpulento, com um tipo de vestido longo azul marinho envelhecido e diversos arcos rodeando o pescoço magricela, costas curvas e um andar extremamente lento. Não me admira ter demorado tanto para chegar.

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