CAPÍTULO 6

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                  LP EM NARRAÇÃO

— Tá de comédia com minha cara é caralho? Tem algum palhaço aqui?

— Não meu amor, eu estou grávida. Achei que ficaria feliz por eu estar carregando o teu único herdeiro em meu ventre.— Ela não tirava aquele sorriso sonso do rosto e aquilo me dava mais ódio ainda.

— Já te dei idéia pra não me chamar de amor caralho! — O ódio pecorre meu corpo e automaticamente vou até seu pescoço apertando o mesmo e em pouco tempo vejo o local ficar vermelho, a mesma se debate com falta de ar, quando vejo que ela não iria aguentar mais a solto e ela começa a se recompor.

— Essa porra que tu diz que tá carregando não é minha, não transo com putas sem proteção tá achando que com você seria diferente? Você é só mais uma puta que me satisfaz.

Ela me olha incrédula mas logo se defende.

— Realmente sou puta.  A puta que você chamou pra te satisfazer quando estava bêbado e que fez amor sem camisinha também. A puta que sempre esteve a sua disposição e olha que você nunca reclamou.

O que me matava era não ter nenhuna recordação daquela maldita noite. E se essa louca tivesse certa? De eu ter fodido ela sem camisinha claro porque se tem uma coisa que nunca fiz nem farei é amor com ela nem com ninguém.

— Tá viajando? A gente nunca fez nem nunca fará amor. Eu apenas te fodo, pra mim você é somente mais uma puta e a pior que todas que já peguei. Querendo da golpe logo pra cima de mim? Aqui tu não se cria não.

Não poderia ser verdade daquela cadela, não é possível ela estar grávida de mim eu sempre me previnir. Mais não consigo lembrar de nada que aconteceu na noite que estava bêbado. Droga! Mas com certeza ela deveria está usando essa história pra me prender a ela. O que nuncairá acontecer. Mas se ela estiver realmente grávida, assim que esse moleque nascer vou pedir o exame de DNA.

A Débora não é nada pra mim, não tenho nada com ela além de fodas. Ela se acha que é fiel mas nunca assumiria ela nem puta nenhuma que já comir nesse morro. Afinal eu sou o dono do morro e o que não falta pra mim é rabo de saia. Pra quer me prender a somente uma?!

***

PRISCILA EM NARRAÇÃO

Acordei novamente com aquele pressentimento ruim, abrir minhas pálpebras com um pouco de dificuldade encarando aquele teto branco e a luz do sol que invadia o quarto, me levantei devagar fiz um coque no cabelo que estava todo desgrenhado por conta de ter dormido com eles solto.

Saio do quarto em direção do banheiro, a casa estava tão calma, tão sem vida sem minha mãe não tinha nem um dia sem ela, mas já sentia tanta sua falta. Entro no banheiro e já vou me despindo, pude notar pelo espelho meus olhos inchados e vermelhos por conta da noite mal dormida. Tomei um banho rápido e me vestir em um vestido branco com alguns detalhes preto, calcei uma sapatilha vermelha, passei uma maquiagem leve pra esconder o inchado dos meus olhos, perfume, arrumei alguns pertences dentro da bolsa e estava pronta .

Fui até a cozinha, comi apenas uma maça pra não sair de barriga vazia e assim que terminei sair de casa. Iria para a casa de titia, o dia estava lindo.

—Tá melhor meu amor ?— Titia pergunta assim que me vê.

— Estou sim tia. Só quero que isso tudo acabe e que mamãe volte logo pra casa.

— Daqui a pouco ela tá ai novamente.

— Deus te ouça tia.

Saímos do morro para ir ao hospital, o Lucas nós trouxe de carro e em menos de 30 minutos chegamos. Sair daquele carro entrando naquele hospital e um nervorsimo tomou conta de mim, aquele pressentimento ruim tinha aumentado. Estava tão ansiosa para ver mamae..

Falamos com a recepcionista e ela pediu para que a gente aguardasse por alguns instantes enquanto ela chamaria o médico responsável pelo caso de minha mãe. Sentei em uma das cadeiras vagas que haviam por ali esperando por uma notícia meu coração parecia querer sair pela boca de tamanha ansiedade.

—Acompanhantes da Paciente Helena Oliveira Paranhos ?— Apareceu um novo médico não mais aquele que havia nos atendido na noite passada. Ele tinha uma prancheta em mãos.

— Aqui doutor. A visita já está liberada?

— Sua mãe sofria de insuficiência cardíaca, e o caso havia se agravado por não ter dado início a nenhum tratamento, ela teve uma parada cardíaca.

— Mas ela já tá melhor né?

— Eu sinto muito mas ela não aguentou fizemos de tudo para ajuda-lá mais ela não suportou e acabou falecendo.

Naquele momento sentir meus sentidos falharem e todo meu corpo gelar no mesmo instante, cada palavra dita pelo médico fez meu mundo desabar e era como se tivessem esfaqueando meu coração em cada palavra dita, estava acabada com tudo que acabará de ouvir .

—MINHA MÃE NÃO, PORFAVOR, ELA NÃO! — Gritei desesperada naquele hospital, corri para entrar naquela sala mais fui impedida por Lucas e alguns seguranças, tentava me soltar daqueles braços que me prendiam mais foi inválido.

Me joguei naquele chão gelado, parecia que meu mundo tinha sido destruído e a metade de mim havia se ido, chorava descontroladamente ainda não acreditava no que tinha acabado de ouvir.

— Calma minha princesa, ela está em um lugar melhor agora. — Titia chorava, tentando me acalmar.

— MINHA MÃE TIA... POR QUE ELA ME DEIXOU?! — Sinto alguns enfermeiros me levantar me levando até um banco, um dos enfermeiros me dar um calmante relutei pra não beber mais pela insistência de minha tia acabei bebendo, estava tonta e pálida não tinha forças pra nada.

Eu queria desaparecer dali, gritar mais não havia mais forças, uma parte de mim foi levada com minha mãe. Não já bastava meu pai ter mim deixado, agora ela também?!

Isabela me abraça e meu choro se intensifica.

— Vem meu amor, vou te levar pra casa.

Não falei nada, apenas sair daquele hospital andando com dificuldade com a ajuda da Isa, entramos no carro e Lucas da partida. Sentir minhas pálpebras pesarem e automaticamente elas vão se fechando devagar por conta do remédio, vejo tudo escurecendo tento relutar contra mas logo acabo adormecendo.

***
Ouçam a música é muito linda !

AMOR BANDIDO | EM REVISÃO |Onde histórias criam vida. Descubra agora