[ S E M R E V I S Ã O ]
LP NARRANDO
Já havia amanhecido e mais um dia passava em claro na boca, só saia daqui pra tomar banho ou almoçar na pensão, passava rápido em casa e evitava passar pela frente da casa dela pra evitar lembranças o que era difícil já que tudo me lembrava ela. Como me submeti a me deixar envolver assim por alguém?! Mais eu voltaria ao meu eu, ou pior do que era antes.
Já era o terceiro cigarro de maconha que tragava e ainda não era nem meio dia, me sento em uma cadeira e sinto a lombra bater é quando a porta e aberta bruscamente por JL.
— De coé cuzão, não fudeu hoje?
— Tpm de homem sabe como é né?!- Fizemos toque e ele se senta bolando um cigarro. — Tu tá com uma cara mal pra caralho.
Dois dias seguidos sem dormir, e passava a maioria do tempo em efeito de drogas não era pra menos.
—Melhor que essa tua cara de puta mal comida garanto que tá.
Rimos e ele tira um papel do bolso e me entrega, abro o mesmo e vejo anotado um endereço lá pro lado do leblon. Estranho!
—Pra quer quero isso?—Jogo aquele papel em cima da mesinha, com certeza era alguma de suas gracinhas.
—O endereço da casa do pai da sua mina. — Diz tragando seu cigarro.
— E pra quer quero o endereço desse cara? Com certeza ela já meteu o pé daqui.—Dou de ombros
— Que nada tio, me passaram a idéia que ela teve uns problemas com passaporte lá e ainda tá por aqui.
Como assim ela ainda estava aqui? Será que ainda dava tempo de consertar a burrada que havia feito? Na verdade a que ela acha que eu fiz.
—Onde tu conseguiu essas informações?
— Sabe como é né parceiro? Aquela prima dela é mó gostosa. — Ele rir com certeza a lombra já tava batendo.
Bem a cara de JL mesmo, dou um pulo daquela cadeira e pego aquele papel novamente em cima da mesinha guardando no bolso da bermuda.
— Tá esperando o quê pra ir atrás da mina? Vai esperar ela ir embora mesmo é, depois não fica por aí se arrependendo flw, só não esquece que ela tá carregando um filho teu.
Como JL sabia que a Priscila estava grávida? Mas deixaria pra resolver isso depois não iria perder mais tempo.
— Cuida de tudo aqui flw? Jajá tô de volta. - Faço toque com ele e saio dali montando em minha Kawasaki indo pra casa.
Só de pensar que iria rever-lá meu coração parecia ter ganhado alegria, eram emoções desconhecidas, nunca ninguém havia feito com que isso acontecesse comigo. O que essa mina tinha feito comigo? E o que era isso que tava sentindo?
Estaciono minha moto na área reservada para tal e adentro em casa subindo as escadas indo direto pro banheiro. Tomo um banho me despertando deixando com que a reação da droga fosse amenizando. Saio do banheiro com a tolha enrolada na cintura e vou até o guarda-roupa a procura de uma roupa. Visto uma blusa branca da adidas e uma bermuda moletom, calço meu tênis e já ponho minha corrente e meu boné, desço pra sala pegando minha carteira e a arma pondo na cintura, vou até meu carro adentrando o mesmo e dando partida. Era um bom caminho daqui até o Leblon.
Já tinha uns cinco minutos que estava parado em frente aquele condomínio e pela primeira vez me encontrava nervoso. Puta que pariu essa mulher fez macumba só pode. Tiro o papel do bolso conferindo o número do apartamento que era " 68", desço do carro travando o mesmo e indo até a portaria.
—Bom dia Senhor! — Diz um homem que suponho ser o porteiro, sua aparência era velha mais não tanto assim.
Poupo minhas palavras e tiro cinco notas de cem reais do bolso o entregando e ele me olha espantado como se perguntasse porque tava recebendo aquele dinheiro.
— É só liberar a entrada.
Digo e assim ele faz. O que dinheiro não fazia né?! Vou caminhando até o elevador com alguns olhares provavelmente dos moradores dali sobre mim, uns de repulsa e outras de desejo, mas tava pouco fudendo pro que essa gente tava achando de minha presença aqui.
Entro naquele elevador e aperto o botão do andar desejado e logo chega, saio daquele elevador a procura do apartamento e logo encontro aquela porta com o número ' 68" . Bato na porta de imediato e fico esperando por alguém atender.
Já tava quase virando e saindo dali quando de repente aquela porta se abre revelando aquele sorriso que logo é desmanchado ao me ver, ela estava linda naquela calça moletom e sua blusa desajeitada assim como seu cabelo. Provavelmente deveria ter acabado de acordar.
Ela tenta fechar a porta, mas ponho o pé a impedindo.
—Sai daqui!
—Não sem antes explicar o mal entendido que você criou.— Suspiro fundo —Custava ter chegado até a mim?
— Como me achou aqui? O que fez com o porteiro pra ele liberar sua entrada?! —Ela dá de ombros pra minha pergunta e me olha com uma cara pior impossível.
— Não acha melhor eu entrar? —Digo o mais calmo possível e ela dá espaço para minha entrada.
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AMOR BANDIDO | EM REVISÃO |
Diversos[+18] VOLUME UM Ambos parecem um retrato mal-falado do que nunca poderia dar certo, ele é barulho, ela silêncio. Dizem que os opostos se atraem, mas isso não poderia estar mais errado, não é que eles se atraem, mas sim, que eles se completam. �...