PRISCILA NARRANDO
Quatro meses. Sim já faz quatro meses que me mudei para Portugal e sem dúvidas foi uma das melhores escolhas que já fiz. Cada dia crio mais intimidade com papai, apesar de ficarmos quase o dia todo sem se ver por conta do trabalho dele ainda assim conseguimos ter tempo um para o outro.
Minha relação com a mulher de meu pai? Não anda uma das melhores, desde o dia que cheguei em Portugal a filha dela a Wanessa me odeia e o pior é que eu nem sei o porquê, e nisso tudo acabou nos aafastando mais, mas compreendo que ela prefira ficar do lado da filha.
Já Gui o filho deles também, é um amor de pessoa e foi um fofo comigo desde o dia em que cheguei, ele fica paparicando minha barriga o tempo todo chamando minha filha de "Dindinha" e choro de rir com ele. Ah e sem contar que todo dia ele me aparece com uma "peguete" nova e o engraçado é que elas se acham as únicas. E eu? Só faço rir da cara delas.
Amanhã completo oito meses de gestação, e me sinto uma verdadeira melancia ambulante. Meus pés estão inchados e se ando dois minutos já tô quase morrendo de cansaço, sem contar que dona Katharine faz da minha barriga una verdadeira escola de samba. Sem dúvidas teve a quem puxar, só não foi a mim claro.
Sim. É menina. E o nome foi escolha do Felipe já que sua mãe se chamava Katharine, e bem achei bonitinho. E falando em Felipe, nossa relação tem sido cada vez melhor, mesmo de longe. Ele me liga quase todo dia, e conversamos sobre tudo, ou bem quase sobre tudo. A saudade cada dia mais aumenta e tem dias que choro do quanto que ela dói, mais minha menina me faz lembrar que eu não estou só e nunca estarei enquanto ainda estiver ela.
Estou sentada na cama, com um monte de livros jogados sobre a mesma tentando estudar o que é bem complicado já que estou morrendo de dores na coluna. O médico disse que é normal essas dores já que já estou quase chegando ao final da gestação; Sinto minha barriga roncar e fecho aqueles livros imediatamente mais antes mesmo de levantar pra ir a cozinha meu celular vibra e corro pra pegar-lo. Era ele.
Dr Ciúmes: " Como estão minhas garotas? "
Priscila Alencar: Estamos bem papai coruja. E você, como estão as coisas por aí?!
Dr Ciúmes: Tudo tranquilo. Já comeu?
Estava com uma impressão ruim sobre esse " Tudo bem", mas vai ver era coisa de minha cabeça.
Priscila Alencar: Ainda não, estou estudando. Tem certeza que tá tudo bem mesmo?
Dr Ciúmes: Tenho sim amor. Oh se cuida que não quero ver você passando mal, vou trabalhar mais tarde colo aqui.
Felipe estava estranho e disso eu tinha total certeza, mais vai ver era realmente coisa da minha cabeça, respondo ele e jogo o celular em cima da cama e saio pra cozinha, adentro a mesma dando de cara com Wanessa que assim que nota minha presença saí feito um furacão indo pro seu quarto. Não sei porque ela não gostava de mim, nunca tinha feito nada a ela e iria tirar isso a limpo. Mais claro só depois de comer.
Abro a geladeira vendo uma torta maravilhosa de chocolate branco que papai havia comprado ontem, como cinco pedaços acompanhado com dois copos de refrigerante e me dou por cheia. Lavo tudo que acabei sujando e vou até o quarto dela. .
— Posso entrar? — Digo já dentro do quarto. Que pergunta minha hein.
—Não.. Mais já está dentro né. — Ela diz com seu sutac um pouco engraçado.
— Porque toda essa implicância comigo? Sempre te tratei bem, o que fiz pra você? Eu não entendo.
— Sabe o que você fez? Você existiu! E só sua existência já é motivo o suficiente pra mim te odiar. — Abro a boca em um formato de " O", estava perplexa mais ela continua. — Eu era filha única, adotada mais era. E agora você aparece para destruir com minha vida, e afastar meu pai de mim. Você é a filha que papai sempre quis ter e sabe o que é pior? Por todos esses anos eu tentei preencher esse espaço e dá pra ele a filha que ele tanto queria, mais do dia pra noite você aparece e o mundo dele para pra girar para você. Você está afastando a gente, eu te odeio com todas as minhas forças.
Eu estava boquiaberta com tudo que acabará de ouvir, isso não era verdade. Eu jamais tentaria roubar o espaço e o amor que papai tinha por ela e nunca que viria pra Portugal sabendo que isso poderia " afetar " a vida das pessoas.
— Eu jamais tentaria de prejudicar, sei que o papai te ama e não vai deixar de te amar por simplesmente eu aparecer, eu entendo seus ciúmes mais me culpar por vocês estarem se afastando é muita hipocrisia, sempre que saímos e te chamamos você se recusa a vim, sempre se isola e se mantém mais afastada da a gente. E ao contrário de você eu não te odeio, e eu sinto muito por fazer voce pensar assim sobre mim.
Falo tudo que tinha pra falar e saio do seu quarto indo pro meu. E mesmo com vontade de chorar não choro, pego o tablet em cima da mesinha e ligo via Skype para Isabella, ela mais que ninguém me entenderia.
Converso quase meia hora com Isabella e conto tudo pra ele que fica mais surpresa do que eu, minha vontade de voltar pro Brasil só aumentava mais não iria abrir mão de tudo por causa de Wanessa isso não iria mesmo. Me despeço de minha amiga, guardo o tablet e vou pro banheiro tomar um banho, penteio meus cabelos em um coque frouxo e tomo uma ducha rápida, saio do banheiro enrolada na toalha dando de cara com Wanessa sentada na minha cama, olhando o porta retrato com a foto de mamãe. Assim que ela me ver ela põe o porta retrato em cima do criado mudo e se levanta.
— Sua mãe? — Ela pergunta apontando pra foto e apenas balanço a cabeça afirmando. — Muito bonita ela.
— Ela já faleceu. — Sinto as lágrimas vim nos meus olhos, mas seguro a mesma.
— É.. Me desculpa.
— Não tudo bem. — Vou até meu guarda roupa pegando alguma roupa pra vestir, pego um vestidinho estampado folgadinho e visto, ele continua calada apenas me olhando e depois começa.
— Olha me desculpe, talvez eu te julguei muito antes de te conhecer. Eu não te odeio, só estava com medo de perder o papai pra você e vejo que eu mesma acabei o afastando de mim.
Me aproximo em passos calculados dela e seguro em seu ombro.
— Tudo bem, nem lembro mais de nada que você disse. Eu gosto de você e independente de você ser ou não adotada voce é minha irmã.
Ela se levanta da cama e sem ao menos eu esperar ela me abraça, abro um sorriso e me aconchego em seu abraço, depois ela se afasta e começamos a rir.
— Bora no shopping comigo?— Ela pergunta e assinto— Tá bom então, vou me arrumar.
Ela vai se arrumar e fico sentada cama, olho no relógio que marcava três horas da tarde. Estava feliz por tudo ter se resolvido.
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Esse capítulo vai especial pra uma leitora linda que me fez chorar de felicidade sexta-feira! Muito obrigada coisa linda por até aqui está acompanhando NOSSA história e vou estar sempre dando o meu melhor pra você e todos os leitores! ♥♥ pannickE tenho uma novidade maravilhosa pra vocês sobre o livro, e pretendo contar logo!
Não esqueçam de votar hein ! ♥
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AMOR BANDIDO | EM REVISÃO |
Sonstiges[+18] VOLUME UM Ambos parecem um retrato mal-falado do que nunca poderia dar certo, ele é barulho, ela silêncio. Dizem que os opostos se atraem, mas isso não poderia estar mais errado, não é que eles se atraem, mas sim, que eles se completam. �...