PRISCILA
Ouço o barulho de alguém batendo na porta e deduzi provavelmente seria Kátia a empregada do papai que havia acabado de sair pra comprar tempero. Mas porque ela não entrou se ela tinha a chave? Estranho! Vou abrir a porta sorrindo mas meu sorriso é desmanchado ao ver quem era.
Meu corpo inteiro havia paralisado era impressionante o poder que ele tinha sobre mim, com apenas o olhar dele sentir todos os pelos do meu corpo se arrupiarem, sua expressão era cansada e ele parecia que não dormia a dias mas continuava lindo como sempre. Mais isso não importava mais.
Saio do meu transe e menciono bater a porta em sua cara, mas ele ponhe o pé na porta impedindo.Droga!
— Saí daqui! —Berro e ele dá de ombros.
— Não sem antes explicar o mal entendido que você criou. Custava ter chegado até a mim?—Indagou e rolo os olhos.
— Como me achou aqui? O que fez com o porteiro pra ele liberar sua entrada?
Com certeza alguma coisa ele fez não ouvir interfone do porteiro, será que ele havia matado-ó ? Mais não havia ouvido suada de tiro nem nada .
—Não acha melhor eu entrar?
Mesmo eu querendo dizer não, esmurrar aquele ser e depois bater a aquela porta na cara dele, não fiz nada apenas dei passagem pra sua entrada. Ele passa por mim e logo seu perfume fica impregnado em minhas narinas, fecho a porta atrás de mim e viro o encarando, ele olhava pra minha barriga que já havia ganhando volume tiro sua atenção da mesma colocando minha a mão sobre a barriga e sem perda de tempo fui ao assunto.
— Olha escuta aqui.. —Sou interrompida.
—Não escuta aqui você, já estou cansado de ligar pra você não atender minhas ligações e nem se quer dar notícias, eu não fiz nada do que você está pensando tudo que você viu não passou de um mal entendido, a Débora só foi lá no barraco pra falar do meu filho e acabou me beijando.
—Que por sinal você tava gostando, até de toalha já tava com certeza foi bem intenso esse beijo. — Rebato
—Não surta não garota, tava de toalha porque havia terminado de tomar banho quando ela chegou lá, pedir a mesma pra sair mais ela precisava falar do meu filho e você tá ligada que mesmo eu não estando com ela meu filho é algo que jamais vou deixar tocarem. Ela me beijou sim mais não dei continuidade no beijo e pedir pra mesma se controlar e não fazer isso novamente. Mais custava você vim até a mim ? Deu uma de louca e saiu do morro sem me dar nenhuma explicação. Tu tá ligada que tô cheio de rival e todos já sabem de ti, quer morrer mais cedo me fala que eu mesmo te mato.
Olhava em seus olhos e enxergava sinceridade, mas não queria acreditar em nenhuma palavra que saia de sua boca eu já havia me machucado demais e não queria me deixar levar novamente e acabar me machucando depois.
— Não consigo acreditar em nada que saí de sua boca, você não tem noção do quanto doeu ver aquilo. E sei de me defender sozinha não preciso de sua proteção.— Rebato.
— Você que criou sua própria dor sozinha, tudo seria mais fácil se você fosse conversar comigo mas quis agir feito louca e de forma imatura saindo do morro por coisa que você mesma colocou em sua cabeça. Eu não faria isso com você, muito menos dentro de casa sabendo que você poderia ver.
Ver ele tentando se redimir tava acabando comigo, mas não queria é nem daria meu braço a torcer.
— Mas em outro lugar faria né? — Retruco.
— Quer saber? Eu vim aqui na paz me desculpar e te explicar o que aconteceu mais já sabia que não vale a pena.— Ele levantou-se do sofá e foi em direção a porta. — Ah só mais uma coisa não se arrisque a sair do Brasil ou vou atrás de você até no inferno, esse filho que tá em sua barriga também é meu, se você acha que fez com o dedo e vai sumir assim com ele da minha vida você tá muito enganada. — Dito isso ele abriu a porta e saio batendo a mesma quase derrubando.
Fiquei em transe por alguns segundos e quando dei por mim já estava fora de casa correndo até o elevador atrás dele. Eu realmente tinha ficado louca.
—Felipe! —Gritei mas ele deu de ombros e continuou andando até a saída, o puxo pelo braço fazendo virar pra mim.— Me desculpe eu sei que posso sim ter agido de forma infantil e imatura, mas se coloca no meu lugar imagina você entrando em casa e me encontra aos beijos com um ex meu?
— Eu te mataria sem pensar duas vezes.— Diz o mais frio possível e tira minha mão do seu braço.
Ouvir aquilo e imaginar a cena fez meu corpo inteiro tremer. Eu sabia que ele era bem capaz disso ou até pior.
— Só que sabe qual foi a diferença? Que não foi você em meu lugar então a dor foi em mim. E pra você não passa de um beijo mas pra mim significou muita coisa, na primeira oportunidade que saí volto e me deparo com aquilo.— Já estava em lágrimas, já era sentimental e com os hormônios da gravidez então. — Eu havia dedicado meu tempo e minha vida pra você e ver aquilo destruiu meu chão.
Espero por sua reação mas o mesmo só me olha e quando nossos olhares se encontram ele desvia e passa a mão na cabeça. A essa altura do campeonato já havia várias pessoas nos cercando e não era pra menos, me aproximei de seu corpo e o abracei, o abracei matando toda a saudade como se todos os meus sentimentos fossem passados apenas por aquele abraço e chorei, chorei muito em seu abraço, que sem dúvidas era o meu melhor abrigo.
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Hoooooê,
Queridos amanhã vou tentar postar outro capítulo mais não prometo nada blz? Por hoje é só ! 💙
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AMOR BANDIDO | EM REVISÃO |
Random[+18] VOLUME UM Ambos parecem um retrato mal-falado do que nunca poderia dar certo, ele é barulho, ela silêncio. Dizem que os opostos se atraem, mas isso não poderia estar mais errado, não é que eles se atraem, mas sim, que eles se completam. �...