AMOR BANDIDO | EM REVISÃO |

CAPÍTULO 46

           PRISCILA NARRANDO

E cá estou eu, em plena quatro e quinze da manhã no aeroporto Santos Dumont, sentada em uma cadeira qualquer esperando por papai. Apesar de ainda ser madrugada o movimento é bem intenso no aeroporto pelo horário que é. Estava impaciente e nervosa um misto se sensações que não sabia decifrar

Olho de relance pra papai e vejo que ele ainda está resolvendo as coisas para embarcação. Pego meu celular dentro da bolsa o desbloqueando e vou direto pra minhas redes sociais, e confiro se tem alguma mensagem no celular tinha esperança em ver alguma mensagem dele ali, mais nada. Bloqueio o celular e jogo o mesmo em qualquer lugar dentro daquela bolsa, estava entendia, minhas mãos soavam e meu coração batia descompassado só faltava saltar pela minha garganta à fora. Estava nervosa com essa falta de sinal dele, ele não havia falo comigo desde o nosso último encontro, nem que fosse apenas para reclamar comigo e isso era estranho, seu silêncio era torturante.

Papai volta com meus documentos em mãos me entregando e me chama pra ir até a sala de espera, paro por um segundo e olho pra todos os lados ainda com esperança de encontrar algum sinal dele. Mais nada. O que era de se esperar. Mais estava sonhando em pensar que ele viria atrás de mim, que tola!

—Ele não vem minha querida! — Papai segura carinhosamente em meu ombro acariciando o mesmo, abro um sorriso tentando disfarça a vontade imensa que estava de chorar. E tudo era por culpa minha, apenas minha.

Mesmo sabendo que era em vão, olho novamente pra cada canto daquele aeroporto com expectativa dele chegar, mas já era de se esperar papai estava realmente certo ele não viria. Pego minha mala arrastando a mesma pelo chão junto com minha bolsa de lado, vou andando até aquela sala e fico sentada ali por alguns longos minutos que pareciam uma eternidade, olho novamente meu celular e nada. Ouço a chamada do meu vôo e é aí que meu coração se aperta, vou andando em passos lentos até a alá de embarque e faço todos os procedimentos necessários, e quando vou adentrar na ala de embarque, ouço aquela voz que soa como música ao meus ouvidos gritar por meu nome.

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   LP NARRANDO

Não havia conseguido pregar o olho a noite inteira só de imaginar que daqui a algumas horas a mulher da minha vida pode está indo embora, junto com meu filho ou filha me sentia um verdadeiro inútil. E pra melhor minha situação morro rival atacou ontem e acabei perdendo alguns soldados, mas nada que fizesse eu perder meu "trono". E o que me consola nisso tudo  é saber que eles estarão em segurança longe de tudo isso aqui.

Fico por horas sentando naquela cama abrindo e fechando a página do whatsapp com a dúvida cruel se devo ou não falar com ela, mas meu orgulho fala mais alto, depois de escrever e apagar várias vezes aquela mensagem jogo o celular em qualquer canto daquele quarto. Passo as mãos por meus cabelos tentando acalmar meu nervosismo, mais nada me acalmava.

Entro no banheiro e me jogo uma água rápido, precisava esfriar a cabeça mais nada me fazia tirar ela da mente nem mesmo as drogas. Saio do banheiro e olho meu relógio de pulso que marcavam exatamente quatro e trinta e seis da madrugada, o vôo dela sairia daqui a vinte minutos e o que eu ainda estava fazendo em casa?!

Visto uma roupa qualquer, calço meu tênis e desço pra sala. Pego todos meu pertences como carteira, celular, ponho minha corrente de ouro e coloco meu boné atravessando e minha arma na cintura. Saio de casa indo até a garagem e pego minha hilux, checo  a munição da arma que estava no porta luvas e assim que vejo que está tudo em seu devido lugar ligo o carro partindo em direção ao aeroporto.

Chego naquele aeroporto e pela primeira vez minhas mãos soavam frias, todo aquele lugar a procura dela mais nada, olho pro relógio em meu punho e me xingo mil vezes mentalmente, já estava no horário do seu vôo, saio correndo naquele grande aeroporto em sua procura mais logo todo meu nervosismo cessa quando a vejo e automaticamente grito seu nome.

Ela se vira pra mim e abre um sorriso, puta que pariu mais que sorriso. Ela vem correndo em minha direção e faço o mesmo, sinto seu corpo em contato com o meu e parece que ali o mundo tinha parado, só havia eu e ela. Selo nossos lábios em um movimento rápido e aperto cada vez mais seu corpo ao meu, minha vontade era de nunca mais soltar-lá e que esse momento jamais acabasse.  

— E.. é pensei que não viria. — Ela dispara assim que afasto nossos corpos.

—É eu também pensei— Confesso — Olha tenho que te falar uma coisa. — Digo mais ela dispara em minha frente.

—Olha eu sei que fui uma tola em fazer toda aquela confusão e sair de lá do jeito que sair. Mais eu me arrependi, eu acredito em você. Me desculpe por toda desconfiança, me perdoe pela minha infantilidade mais eu te amo e hoje percebo o quão grande é minha necessidade de ter você por perto, sei que eu possa ter descobrido isso tarde demais mais se você ainda me quiser eu te quero, eu sempre te quis só escondia isso de mim mesma. E eu fico por você!

Pela primeira vez procurava as palavras certas pra usar, e tudo que pensava era em como conseguiria viver sem ela.

— Olha, eu entendo se você for é até acredito que isso seja melhor pra vocês, por mais que  tudo que eu queria era ter você ao meu lado. Você mudou minha vida Priscila, você trouxe todo sentindo que nela faltava, você me deu a paz que eu não tinha e hoje percebo que  eu te amo. E é por amor que hoje percebo que o melhor pra você é ir com seu pai, é o melhor a se fazer. Eu sou um traficante, e viver ao meu lado é não ter paz, é sair e não saber se vai voltar e a qualquer momento receber a notícia da minha norte, todos querem minha cabeça e agora que já sabem de ti vão querer a sua também, hoje não é mais só você é sim essa criança que tá em teu ventre e eu jamais me perdoaria se alguma coisa acontecesse com vocês, e quero teu bem por mais que isso mecha comigo.

Ela chorava descontroladamente como uma criança e ver-lá assim me doía, mais isso evitava dores maiores no futuro caso perdesse esse dois eu jamais me perdoaria.

Puxo ela envolvendo meus braços em sua cintura, ela chorava mais ainda passo minha mão pelo seus cabelos e limpo as lágrimas que molhavam seu rosto. .

— Agora vai, não quero que tu perca o vôo. — Beijo o topo de sua cabeça e acaricio seus cabelos macios, ela cola nossos lábios dando início a um beijo.

Término nosso beijo e desgrudo nossos corpos, dou sinal pra ela partir e ela assim faz, vejo ela passar por aquela cabine e sussurra um " eu te amo" com a boca e saí andando, fico ali até perder-lá totalmente de minha visão.

E foi aí que percebi que a amava, e sempre à amaria, mais estava fazendo o que era certo o que era melhor para ela,mesmo que isso me fizesse perder-lá e custasse a minha felicidade.

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90 K !
OBRIGADAAAAAAA ❤

ESTAMOS NA RETA FINAL DO LIVRO E CONFESSO QUE NÃO SEI SE FICO TRISTE OU FELIZ COM ISSO.

Não esqueçam de acender aquela velha amiguinha estrela tá bom?