FELIPE EM NARRAÇÃO
Olho ao meu redor e só então vejo que Douglas foi atingido pelo tiro direciono meu olhar de onde veio o disparo e é aí que percebo quem foi o autor. LL dá mais dois tiros que agarram certeiros na cabeça dos dois cúmplices do DG.
Priscila me abraça e rapidamente um dos meninos do movimento de lá do morro vem me desamarrar, olho pro DG que agonizava no chão e como em um piscar de olhos ele aponta sua arma e mais um tiro é disparado agora por ele, tento empurrar a Priscila que estava em minha frente mas já é tarde a bala acerta em cheio suas costas. Ela arregala os olhos ao sentir a bala sendo cravada em suas costas, seu corpo cede e só então vejo o medo em seus olhos que agora ela carregava.
Não.. Ela não.... Minha cabeça tava a milhão, só conseguia pensar no pior, por que com ela? Essa briga não era dela e nunca foi, era somente minha.
Vejo LL mandar prepararem o carro pra tirar ela daqui, levanto seu corpo que com o impacto do tiro foi desfalecendo e o apoio em meus braços, fico acariciando seus cabelos tentando passar tranquilidade pra mesma na qual eu nem eu mesmo tinha.
Estava nervoso pela primeira vez sentir tanto medo, medo de perder a Priscila, medo de colocar todo o meu morro em perigo mas o pior dos meus medos, era do pior vim acontecer com a minha filha. Estava totalmente perdido e tudo isso era por culpa minha, minha mulher poderia morrer e a culpa era toda minha.
— Olha pra mim, vai ficar tudo bem blz? O carro já vai chegar, vou te levar pro hospital e não vou deixar que nada aconteça com vocês. — digo totalmente desnorteado.
Toda a sua roupa estava suja de sangue assim como a minha e aquilo estava me deixando preocupado, olho pra suas pernas e por um momento vejo um líquido incolor começar a sair pela mesmas ela se contorcia de dor, e levava a mão ao pé da barriga como se estivesse sentido dor naquele local.
— O quee.. O que é isso? — arregalo meus olhos paralisado com aquela situação.
— Felipe a Katharine vai nascer.
— M.. as aqui? Na... não.
Ela se contorcia de dor e ver aquilo deixava meu coração cada vez mais apertado, olhei em seus olhos e foi aí que notei o qual frágil ela estava. E eu só conseguia sentir ódio e repulsa de mim mesmo por não ter conseguido evitar que isso vinhesse acontecer, aquele tiro era pra ser em mim e não nela.
— Amor salva ela. Não temos muitos tempo, porfavor! — Ela súplica e cada vez que ela se esforça pra falar vejo suas forças diminuírem.
— C.. como a.. assim, aqui ? — Arregalo os olhos
— Não temos mais tempo Felipe. — só então vejo seu extinto de mãe falar mais alto.
Naquele momento o carro chega, sem pensar duas vezes a carrego em meu colo e corro até o carro a colocando no banco traseiro, endireito seu corpo no banco e fico desnorteado ao ver a quantidade de sangue que ela perdia, rasgo um pedaço do seu vestido e com o pano amarro no local do tiro.
Luan entra no carro e da partida pro hospital, vou no banco traseiro segurando em sua mão tentando segurar ela consciente até o hospital.
— Olha faz assim — ela levanta seu vestido deixando seu corpo a mostra.— eu vou fazer força e você segura a cabecinha dela.
Balanço a cabeça negando aquilo, eu não sabia fazer aquilo e se algo desse errado? E se por algum descuido eu acabasse matando minha própria filha e levasse junto a minha mulher.
— Não.. não vou fazer isso.
—Fe... felipe é sua filha, n.. não deixa ela morrer. Tira ela de dentro de mim. — ela suplicava e aquilo estava me deixando maluco.
Assenti nervoso, isso não poderia está acontecendo. Será que era castigo? Em meio a toda essa maldade, toda essa guerra minha filha ser concedida.
Tiro sua calcinha e ela abre o máximo que consegue as pernas, seguro em sua mão e ela joga a cabeça para trás e começa a fazer força mas não vejo nada. Ela respirava descompasadamente e seus gemido de dor eram altos, seu choro mostrava o quanto ela estava sofrendo, mas em momento algum ela parou de fazer força muito pelo contrário via a determinação em seus olhos.
— Tá doendo muito.. e.. eu estou sem for... ças.
— Vamos.. vamos lá. — A incentivo a fazer mais força.
Ela fazia força e nada de Katharine sair, seus sentidos estavam indo junto com todo esforço que ela fazia, me posiciono e forço sua barriga peço pra ela fazer força mais uma vez e é quando sentir a cabeça daquele anjinho saindo a seguro com a palma das minhas mãos enquanto Priscila fazia força...
Foi quando vi o rostinho da minha filha pela primeira vez.
Ouço seu choro agudo ecoa pelo silêncio daquele caro e foi ali que eu descobri que eu realmente a amava. Ela era tão linda mesmo com seu rosto ainda inchado.
Tiro minha blusa e rapidamente a enrolo, olho pra Priscila e vejo o suor escorrendo em seu rosto que estava tão branco quanto a neve. Coloco Katharine em cima do seu corpo e vejo um sorriso bobo e fraco brotar em seus lábios, mesmo com toda aquela dor ela beija a testa da filha e naquele momento começa o meu desespero.
— Cu... Cuida de...e..la. Eu am.... amo v... você.
Sua voz saí fraca e distante
— Você vai me ajudar a cuidar dela, porque você vai ficar bem. A gente já está chegando no hospital, já está chegando. — digo repetitivamente, minhas mãos suavam e parecia que aquele hospital nunca chegava.
Me aproximo da Priscila é selo nossos lábios e naquele momento que sinto a frieza em seus lábios. Suas forças já não mais existia e junto com ela estava indo a sua consciência foi o momento mais desesperador.
— Chegamos, corre e tira ela daqui. Me dá a Katherine que cuido dela. — LL diz assim que chegamos ao hospital.
Desço do carro e à pego em meu colo, seu corpo estava mais frio que o normal, corro pra dentro do hospital e uma maca com três enfermeiros vem em nossa direção, coloco ela naquela maca e antes de levarem ela dali seguro em sua mão
E vejo todo seu corpo desfalecer, sua consciência ir embora e seus olhos se fecharem e uma última lágrima cai dos seus olhos...
***
Leitores fantasmas, apareçam plmdsssssssss! Já aproveitando curtam e comentem bastante esse capítulo!!
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AMOR BANDIDO | EM REVISÃO |
Diversos[+18] VOLUME UM Ambos parecem um retrato mal-falado do que nunca poderia dar certo, ele é barulho, ela silêncio. Dizem que os opostos se atraem, mas isso não poderia estar mais errado, não é que eles se atraem, mas sim, que eles se completam. �...