CAPÍTULO 55

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         FELIPE EM NARRAÇÃO

E ai doutor como ela está?!

Vejo ele rapidamente abaixar a cabeça e o seu semblante mudar para entristecido. Eu já sabia não viria notícias boas...

    Algumas horas antes...

Pulo cedo da cama e diferente dos despertadores normais já acordo com o choro da Katharine. Me apresso indo até seu quarto me deparando com aquele rostinho angelical todo molhado por suas lágrimas, pego a mamadeira em cima do criado mudo e logo em seguida a pego em meus braços, assim que ponho a mamadeira em sua boca vejo seu choro cessar e seus olhinhos vermelhos irem se fechando, vou a ninando com movimentos de um lado para o outro assim como a Wanessa me ensinou.

Sim a Wanessa está aqui, depois de todo o ocorrido o LL a encontrou aos prantos chorando lá no pé do morro com as malas dela e dá Priscilla desnorteada sem saber para onde ir, ela disse que era irmã da Priscila e levaram ela imediatamente pra casa da tia da Priscilla mas ela tem ficado lá em casa por conta da Katharine.

Em poucos dias o pai delas já estava  sabendo o que havia acontecido com a Priscila e veio novamente pro Brasil, mas ao contrário da Wanessa que parece não ligar muito pra esses luxos, ele se hospedou em mais um dos seus condomínios luxuosos.

Junto com ele veio sua mulher e um garoto que se diz filho deles que por sinal parece gostar muito da Priscila, mas não tivemos contato algum e acho até melhor pra ele assim.

Noto que ela adormeceu em meus braços e a coloco novamente em sua cama, fico por um curto período a admirando e era tão nítido que ela havia herdado exatamente tudo meu apenas seus olhos pareciam com o dá Priscila. Me torturava olhar aqueles olhinhos inocentes e saber que se hoje  ela não tinha o carinho materno da mãe a culpa era toda minha.

A enrolo em sua manta e desligo o ar condicionado do seu quarto já que estava frio, saio do quarto silenciosamente fechando a porta cuidadosamente para que ela não acorde. Hoje ainda precisaria ir na biqueira e tudo que menos queria era a Katharine acordada aquela hora.

Vou até a cozinha pondo a água do café no fogo para preparar o mesmo,  olho aquele calendário a minha frente e só então percebo que hoje Katharine completa seu primeiro mês e o que era pra ser um dia feliz não era... Não mais... As lembranças daquele dia voltam a me atormentar.

Um mês se completava em que ouvir pela primeira vez o choro da minha filha, em que carreguei em meus braços o amor que tanto falavam e jamais conheci . Tinha tudo pra ser o dia mais feliz se junto com ele não vinhesse as lembranças de ver aquele olhar caloroso de amor me olhar pela última vez. Mais eu ainda tinha fé, eu ainda voltaria a ver aqueles olhos que trás de volta toda minha sanidade.

Há um mês ela está internada naquele maldito hospital em coma, a cada momento que passo ao seu lado sonho em ver aqueles olhos se abrindo e ela me dizer que está tudo bem. Até tento passar um bom tempo naquele hospital, mas agora eu tinha alguém que precisava de mim, da minha proteção.

Assim que termino de fazer aquele café vejo a porta da sala se abrir e Isabela entrar cheia de sacolas.

— Que isso aí minha filha? — Coloco o café na xícara e beberico o mesmo.

Ela coloca todas aquelas sacolas em cima da mesa e se senta eufórica em minha frente.

— Algumas roupinhas pra Kath já que tem algumas já ficando apertada.

Assinto e continuo bebendo meu café, mas ela continua.

— Olha eu sei mais do que ninguém o quanto esse último mês tem sido o mais difícil pra todos​ nós. Mais hoje a Katharine completa seu primeiro mês e tenho certeza que se a Priscila estivesse aqui jamais deixaria que isso passasse em branco. Posso comprar um bolinho só para família?

AMOR BANDIDO | EM REVISÃO |Onde histórias criam vida. Descubra agora