PRISCILA NARRANDO
Enrolo meu corpo na toalha e saio do banheiro em passos rápidos, meu celular berrava e alguém muito desocupado me ligava sem cessar.
— Alô!
— Resolveu atender fiel .— diz com desdém a palavra "fiel "
A voz era irreconhecível. Sério que ainda existe pessoas que passam trote pra outras?
— Quem tá falando? — pergunto já impaciente.
— Ué. — ele dá uma pausa e dar uma risada irônica. — Não se lembra mais do seu amigo e de minhas mensagens amigáveis?
Não... Não poderia ser.
— Vai procurar o que fazer e parar de passar trote para as pessoas. Passar bem! — estava prestes a desligar quando ouço falarem o nome de Felipe do outro lado da linha e ponho o celular rapidamente no ouvido.
— Chega de gracinhas né, acha que eu não sei sobre seu romance com o LP e o quanto é importante pra ele? Que tu saiu daqui pra proteger essa tua cria? Te dou 24 hrs p colar aqui no morro, e pra não dizer que sou ruim vou deixar você assistir de pertinho eu matando seu namoradinho de merda. Com Carinho " DG "
Por um deslize deixo com que meu celular se choque com o chão e as lágrimas sejam derramadas pelo meu rosto. Não é de hoje que venho recebendo mensagens, mais não imaginava o quão sério tava a situação. Até pensei em falar com o Felipe, mas eu sabia que era melhor não comentar nada com ele, afinal ele andava tão ocupado ultimamente com os problemas que não queria encher-ló com mais esse.
— O que foi isso?! — Wanessa entra no quarto perguntando estericamente .
Mais nada consigo falar, as lágrimas descem do meu rosto descontroladamente. Eu sabia que esse tal DG não estava brincando, já havia ouvido uma conversa de Felipe falando da rivalidade que havia entre eles. E tudo por causa de uma droga de um tráfico!
— Liga pra ele. Calma, pode ser só ele tentando te meter medo ou algo do tipo, fica calma. — ela diz assim que terminou de falar o que ocorreu na ligação.
Assinto e pego meu celular do chão, discando o número de Felipe que no quinto toque atende.
— Onde você tá? Você tá bem? Aconteceu alguma coisa? Por favor me diz que você está bem. — O encho de perguntas assim que ele atende, e mal se dá pra entender por conta do choro.
— Calma eu tô bem. O que aconteceu? A Katharine tá bem?
Solto um suspiro forte, liberando todo ar que estava preso em meus pulmões. Ele estava bem mais algo lá no fundo me dizia que alguma coisa estava acontecendo ou iria acontecer.
— Nada, tive um pesadelo.— minto. — Felipe você não está planejando fazer nada de errado né?
— Não.— Sinto o nervosismo em sua voz. — Foi só um sonho, te acalma aí que tô de boa. E olha me perdoa por tá tão afastado ultimamente, mais te prometo que hoje tudo isso acaba e vou ter todo tempo do mundo pra vocês. Eu amo você nunca esqueça disso.
Aquelas palavras deveriam me trazer total tranquilidade, mais foi inverso só me deixava cada vez mais nervosa. E foi aí que tomei minha decisão!
— Isso não é uma despedida. Preciso desligar a Wan tá me chamando, se cuida, nós te amamos ! — Me despeço e desligo o celular sem ao menos deixar-ló falar algo.
Jogo o celular em qualquer lugar da cama, e tiro minha mala em baixo da cama, abro meu guarda roupa jogando todas minhas roupas de qualquer jeito dentro da mesma. Eu sei que algo estava acontecendo e jamais me perdoarei deixar que qualquer coisa vinhesse acontecer com ele.
A Wanessa fica me encarando por longos segundos com seu olhar incrédulo como se não tivesse acreditando em nada que estava acontecendo, mas logo dispara.
— Você está louca? E se isso for uma armadilha? Priscila você está grávida, larga de ser egoísta e parar de pensar só em você. Agora você tem uma filha e eu não vou permitir sua saída daqui sozinha.— Ela fala alterada. Já iria responder-lá mais ela me surpreende.— Quer saber? Eu vou com você.
Ela não me dá nem tempo de relutar contra aquela idéia e sai disparada para seu quarto. Eu sei que ela não tiraria aquela idéia da cabeça, então nem iria ousar a questionar sobre. Término de jogar tudo dentro da minha mala e fecho a mesma, me desenrolo da toalha, vestindo um vestidinho qualquer, amarro meu cabelo em um coque, calço um sapatênis e desço pra sala com mala e todos meus pertences.
Pego um caderninho próximo onde ficava a lista telefônica e escrevo um bilhete para papai e todos ali. Odiava despedidas e não dava mais tempo para tal, expliquei tudo no bilhete e coloquei o caderninho no mesmo lugar.
Penso em gritar a Wanessa mais logo vejo ela se matando pra descer aquelas escadas com duas malas imensas. Tinha que ser ela !
— Vai morar lá agora? — A ajudo descer com aquelas malas.
— Se eu não morrer junto com vocês, penso na hipótese.
Nem debato e já saio de casa com agilidade pro carro, o motorista nos ajuda colocando as malas dentro do carro e entrado em seguida já dando partida pro aeroporto.
**
Já havíamos chegado no aeroporto a uns 30 minutos e já estávamos com nossas passagens em mãos. No caminho Wanessa ligou pro papai tentando explicar tudo que ocorreu, ele ficou totalmente preocupado. Com toda razão, entendo.
Andávamos até a cabine de embarque, dou meu passaporte com demais documentos ao homem que confere se está tudo direitinho e logo libera minha passagem, é assim também faz com Wanessa. Dou uma última olhada pra trás e noto o quanto sentiria falta dali.
— Quem diria que eu sentiria tanta falta daqui um dia. — comento com Wan, que dá um sorriso nervoso.
E mais uma vez estava me despendido de algo que eu aprendir a amar, sentiria muita falta de Portugal e tudo que vivir aqui, mas isso não era uma despedida. Eu ainda voltaria aqui!
Estava feliz em estar voltando ao Brasil, mas os motivos era o que fazia meus olhos lacrimejar só de imaginar. Porque comigo? Uma pergunta que quê fazia parte de mim...
***
Eai o que estão achando da história?
Ajuda muito curtindo os capítulos viu lindezas? E COMENTANDO TBM!!! OBG ❤
VOCÊ ESTÁ LENDO
AMOR BANDIDO | EM REVISÃO |
Random[+18] VOLUME UM Ambos parecem um retrato mal-falado do que nunca poderia dar certo, ele é barulho, ela silêncio. Dizem que os opostos se atraem, mas isso não poderia estar mais errado, não é que eles se atraem, mas sim, que eles se completam. �...