Capítulo 4

5.6K 460 6
                                    

Despertei abrindo com dificuldade as pálpebras, minha cabeça latejava de dor assim como o meu corpo parecia que tinha tomado uma surra na noite passada, maldita ressaca! Logo as lembranças da noite anterior me vem na mente e meu corpo gela. Eu tinha ficado com o dono do morro e  a altura do campeonato todos já sabiam, porque aqui era assim você fazia algo e logo todos já sabiam. Até facebook de fofoca tinha, era muita gente sem ter o que fazer mesmo.

Mas já tinha acontecido e não poderia voltar atrás, deixo meus pensamentos de lado e vou até o banheiro, faço  minhas higiene matinais, tomo um banho rápido, me visto, arrumo um coque frouxo em meu cabelo e vou tomar meu café.

— Da próxima vez tentem chegar sem quebrar muitos móveis da casa

Rio ao lembrar da cena de Isabela bêbada. Com certeza vai acordar numa situação nada boa.

— Avisa isso a Isabela. Bom dia tia!

Fui me sentando na mesa que estava farta por sinal, tinha bolo , suco, pão, queijo e presunto. Partir um pedaço do bolo, peguei um copo de suco e devorei tudo em questão de segundos estava morrendo de fome, terminei o meu lanche matinal e fui escovar os dentes com uma escova que a Isa já tinha lá reservada para mim. A Tia Cláudia saiu pra fazer compras e ficou apenas eu e a Isabela o resto do dia jogando conversa fora. Quando deu três da tarde resolvi voltar pra casa, estava com um pressentimento ruim e isso piorava a cada passo que eu dava.

**
Abro a porta de casa e dou de cara com o corpo da minha mãe estirado no chão, a região de sua cabeça sangrava e toda sua roupa estava suja de sangue ela estava desacordada. Sentir meus sentido falharem por um momento e um frio percorrer por todo meu corpo, as lágrimas já caiam descontroladamente ela estava pálida e seu corpo gelado.

— Mãe ? Por favor fala comigo -— balanço seu rosto esperando por uma resposta na qual não obtenho.

Pego meu celular rapidamente no bolso ligando pra tia Cau, ela mais que ninguém poderia me ajudar nesse momento.

— Tia? Mamãe está desmaiada. Me ajuda pelo amor de Deus!

— Calma, mais o que aconteceu?

— Eu não sei eu cheguei aqui e já encontrei ela desmaiada. Me ajuda!

— Calma, já estou indo. Mais não meche nela, deixa ela exatamente do jeito que você encontrou quando chegou. Já estou chegando.

Assinto e encerro a chamada, me sento ao lado de onde mamãe estava caída e em  questão de minutos tia Cláudia chega com o Lucas e a Isabela.  Imediatamente eles correm até mamãe pegando a mesma no colo e a colocando no banco traseiro do carro, vou até o quarto de mamãe e pego todos seus documentos necessários, volto indo até o carro e  adentrando o mesmo, logo Lucas saí catando pneu até a emergência mais próxima.

Chegamos na emergência do morro mesmo, era a mais próxima dali. Entro no hospital indo direto pra recepção fazer a ficha de atendimento enquanto ela foi levada em uma maca hospitalar pra dentro de uma sala na qual não poderia entrar.

Estava aos soluços, não tinha mais lágrimas para chorar. Naquele momento só sentia medo, medo de perder a única pessoa que era de verdade comigo, a pessoa que eu mais amava em toda minha vida. Eu perdendo minha mãe, eu não teria mais ninguém...

—  Calma meu amor, tudo vai ficar bem sua mãe é forte. — titia tentava me acalmar com palavras, mas nesse momento nada adiantava.

—Deus te ouça tia !

Ela me abraça forte e me sinto confortável em seu abraço, encosto minha cabeça em seu ombro e inalo aquele perfume doce enjoativo dela. Ficamos abraçada por um logo tempo, e logo nos sentamos em um banco vago naquele hospital.

**

Ficamos mais de duas horas naquele hospital esperando por alguma notícia, já estava impaciente andando de um lado pro outro quando um homem aparentemente ter um 36 anos, com um jaleco branco aparece.

— Acompanhante da Paciente Helena Oliveira Paranhos.

—Aqui.— dou um pulo da cadeira aflita. — Como ela está ?!

— O quadro dela melhorou mais ainda se encontra em estado de risco. Iremos fazer alguns exames pra saber o motivo do ocorrido, e logo volto com notícias. Como não sabemos ainda o que aconteceu  não estamos liberado visitas. Como já é noite peço que possam voltar pra suas residências e caso ocorra algo o hospital entrará em contato com os demais.

Estava inconformada, queria ver minha mãe mas se assim era melhor pra ela, que assim fosse. Estava cansada e aqueles bancos hospitalar eram péssimos pra dormir, além do mais titia não iria deixar eu dormir naquele hospital.

**

Saímos do hospital e o Lucas nos trouxe de carro até em casa, titia insistiu bastante pra que eu fosse dormir lá mais achei melhor ficar na minha casa mesmo.

Assim que entro em casa, deixo as coisas jogadas em um canto e vou limpar todo aquele sangue que tava no chão.  Assim que término vou direto até o banheiro, tiro toda aquela roupa e me jogo debaixo daquela água morna, era tudo que estava precisando no momento um banho demorado e relaxante. Lavei meu cabelos e dei finalização no banho.  Visto um vestidinho folgado florido e calço uma rasteirinha, deixei meus  cabelos soltos já que ainda estava molhados e fui pra cozinha procurar algo pra comer.

Não havia nada pronto pra comer e mamãe não havia feito compras ainda o jeito era ir comprar algo pra comer. Pego uns trocados dentro da bolsa e desço devagar pelo morro em direção da lanchonete. Adentro a mesma e  havia bem poucas pessoas ali, compro um misto quente e vou até a praça que tinha ali no morro e me  sento no banco, enquanto devoro aquele lanche  fico ali me refrescando com a brisa da noite, tinha algumas crianças brincando com suas mães do lado e aquela cena fez meu coração se apertar. 

Acabo de comer e crio coragem para ir enfrentar aquelas benditas escadas, subo cada degrau na maior preguiça e desânimo. Subia normalmente até sentir meu braço ser puxado bruscamente pra dentro de umas das vielas que ali hava.

— É bom te ver de novo. — só de ouvir sua voz um frio pecorre até minha espinha. E que voz sexy que ele tinha.

Mas não é possível que todos nossos "encontros" é nessas benditas puxadas.

—Hm, acho que digo o mesmo. — meu coração estava acelerado, estávamos muito próximos e isso não me deixava confortável.

Ele não diz mais nada, e sem muita delonga começa chupar meu pescoço, fazendo com que uma onda de arrepios tome todo o meu corpo. Em questão de minutos seu membro parece ganhar vida e o mesmo é pressionado contra minha barriga, a sua língua invade minha boca iniciando um beijo rápido e feroz, cheio de maldade. Tento recuar mais logo acabo cedendo, afinal eu queria mas sabia que não estava fazendo o certo.

AMOR BANDIDO | EM REVISÃO |Onde histórias criam vida. Descubra agora