Na toca do Lobo

18 4 7
                                    



2010, Rio de Janeiro

A cabeça de Bia doía.

Aos poucos, ela foi acordando, tentou levar a mão a cabeça e não conseguiu, tentou a outra, também não conseguiu.

Não podia se levantar, seus pés e mãos estavam presos.

A visão estava meio turva, mas viu uma jovem num vestido vermelho, deitada sobre uma mesa de centro.

Tentou falar com ela, foi quando que percebeu que estava se vendo em um espelho.

Estava com as mãos e os pés presos por algemas de couro em uma pesada mesa de centro.

Gritou por ajuda, na verdade tentou, a sua voz não saia.

Começou a recobrar a consciência, só lembrava do "teaser" do maniaco.

Não sabia como tinha parado ali, naquela mesa. Nem porque estava vestida daquele jeito.

Virou a cabeça para frente, não havia mais nada além de uma parede, do outro lado também, não podia ver atras de si direito, mas achou que havia uma porta. 

Começou a prestar atenção ao espelho, ele cobria quase toda a parede, tinha uma moldura antiga, era bonito.

Beatriz examinou suas roupas pelo espelho, sem duvida foram trocadas. Sentiu um cheiro diferente, era os seus cabelos, estavam molhados.

Ele havia lhe dado um banho. O que mais teria feito com ela?

Não era hora de se desesperar. Tentou prestar atenção aonde estava.

Um tapete cobria a maior parte do chão. Um tapete persa, ela podia senti-lo nos pés. Era macio, gostoso.

Não dava para continuar calma, seu coração finalmente disparou. 

Percebeu que estava numa posição humilhante, amarrada, presa num quarto vazio. Se o Maniaco tinha lhe dado um banho e trocado suas roupas, podia ter feito o que quisesse enquanto estava desacordada.

"Ele quer me ver desesperada. Isso é exatamente o que eu não posso fazer"

Precisava esperar, precisava aguentar firme e ganhar tempo, o máximo possível.

Passaram-se alguns minutos e ele entrou.

Ele trouxe uma toalha e a estendeu a frente dela, trouxe uma garrafa de champanhe e uma pequena caixa, depois saiu e voltou com um suporte de soro.

Sem nada falar, levantou a saia de Bia.

_ Assim, sem uma papo antes ?

_ Você Só fala quando eu mandar.

_ Mas é que ...

Levou um tapa.

_ Tudo que eu mandar, se lembra? Você não quer me ver nervoso.

Ele tinha razão. Beatriz ficou quieta. Não era hora.

Ela podia ver o que ele fazia pelo espelho, com uma faca, cortou sua calcinha.

Beatriz sentiu algo gelado, metálico, forçando seu anus, o objeto entrou um pouco, Bia soltou um grito abafado.

Ele passou a frente de Bia e ela viu o que tinha sido colocado dentro dela. 

Era um objeto estranho, um bastão de metal que aumentava de tamanho da ponta a base, um cone metálico, tinha varias marcas.

Cordial sentou-se no chão, da caixa tirou um pequeno porta joias, ficou procurando dentro dele e finalmente retirou um anel.

Ade ObaOnde histórias criam vida. Descubra agora