Meltdown

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Peter entra correndo na delegacia, acompanhado de Julie.

Ele corre para o oficial de plantão.

_ Aonde ela está?

_ Senhor?

_ Minha filha, Leonora, aonde ela está?

Um oficial um pouco acima do peso lhe chama de uma porta.

_ Sr. Peter? Venha comigo.

_ Eles ainda não deram entrada Yergov.

_ Podem fazer isso depois, me sigam.

_ Ela está bem?

_ Está.

_ Está presa?

_ O que? Não!

_ O que aconteceu?

_ Vou deixar que ela explique.

O policial abre uma sala, Leonora está num canto, a blusa rasgada, um olho roxo, alguns outros hematomas no rosto e pernas. Usa uma jaqueta da policia por cima das roupas.

_ Pai! Não é tão ruim quanto o senhor está pensando!

Peter corre e a abraça.

_ O que aconteceu com você filha?



Leonora corta caminho por dentro de um condomínio. Está feliz.

"A noite de ontem foi maravilhosa! M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A!!"

Finalmente ela e Lucas chegaram "no ponto".

A primeira vez foi magica, a segunda, normal. Levou mais umas quatro vezes para os dois pegarem o ritmo. E que ritmo!

Lucas não era um amante que só pensava em si como seu "boyband", mas também não era de "adorar" Leonora como seu "professor de historia".

Os dois estavam felizes juntos, era bom. Bom para os dois. 

E Leonora ainda não tinha começado a mostrar tudo que podia fazer. Estava deixando "surpresas" para depois.

"Eu tô feliz! Eu tô feliz pra cacete!"

Arminda ainda armava a cama de Leonora no escritório, mesmo sabendo que ela não ia dormir nela.

Leonora não discutia, achava uma atitude bonita.  se brigasse com Lucas no meio da noite, ia ter um outro lugar pra dormir.

Agora ia se encontrar com a Lulu.

Lulu ia dar suas voltas com Lucas na praça, e os três iam no cinema. Mais tarde iam se encontrar com Tamar para jantar, na casa delas.

Era uma honra para Leonora, como falou Tamar, era muito difícil a Lulu aceitar levar alguém pra sua casa. Muito difícil deixar alguém entrar em sua vida, em seu mundo. E as duas estavam se dando cada vez melhor.

O Celular tocou, era Lucas.

_ Oi amor!

_ Oi. Olha, eu vou me atrasar.

_ A entrevista?

_ Ela chegou só agora.

_ Tudo bem, a gente te espera na praça. Olha, eu esqueci o carregador e a bateria vai...

Não deu tempo.

_ Acabar! Merda! caiu.

Leonora passou pela porta do condomínio. Já podia ver a praça e a Lulu sentada no mesmo lugar do banco aonde sentava todas as tardes. Não adiantava acenar, ela estava distraída com o celular.

Ade ObaOnde histórias criam vida. Descubra agora