Antonia está perdida em sua mente se lembrando do encontro que teve com a cigana.
Karen, a cigana da Sociedade da sacerdotisa, a imortal que prevê o futuro.
Ela sabe o quanto aquilo foi uma honra, mas não se ilude por ter um nome, nem com o titulo de occisor, a qualquer momento sua vida pode acabar. Ainda é uma "fruta" descartável, nunca deixou de ser.
Está parada, esperando o próximo serviço num estacionamento de um shopping .
Dois carros param a sua frente, uma mulher salta de um deles e se dirige para ela.
_ Vamos?
_ Sim senhora.
Antonia anda e a mulher a segue, pegam um carro bem comum, um hatch, um carro popular pequeno mas potente.
_ Escolha de carro incomum.
_ Pensei que não gostaria de chamar atenção senhora.
Ela lhe passa um endereço. Na verdade um endereço e um codigo de um setor de estacionamento, numa vaga de garagem.
Antonia a observa, não deve ter nem trinta anos. Está bem arrumada, mas nada muito ostensivo.
O transito é intenso mas logo chegam ao seu destino, um grande complexo de prédios comerciais. Deixam o carro na garagem subterrânea, desceram três andares para deixar o carro no local descrito no papel que ela lhe entregou.
Desnecessário, havia vagas nos outros andares.
A mulher desce do carro e Antonia a segue.
Entram numa sala escrita "manutenção", um local escuro, malcheiroso e com apenas um funcionário mal vestido.
Sem trocarem uma palavra ele abre uma porta trancada a chave, revelando um longo corredor escuro, as duas entram e a porta é trancada por fora.
No inicio as duas ficam completamente no escuro, mas as luzes logo se acendem. As duas andam alguns metros e param em uma sala cheia de fantasias.
A mulher coloca uma roupa como de um monge com capuz, retira seus sapatos, os substituí por botas. Coloca uma mascara que lhe cobre todo o rosto, branca, indefinida. Põe luvas, e diz para Antonia se vestir.
Apesar de haver inúmeras fantasias diferentes, ela aponta uma fantasia idêntica. Quando Antonia coloca as roupas, não dá para dizer quem é quem, apesar de Antonia ser mais alta e terem corpos bem diferentes.
Elas saem por outra porta para um salão subterrâneo.
Tudo é novo para Antonia. Existe um grande portal. Algumas pessoas passam por elas mas nenhum deles entra por esse portal.
Passam ao largo dele, descem por uma pequena escada que mal comporta duas pessoas lado a lado, num dos cantos do salão.
"O portal de um Inferno" pensa Antonia, " O mais sombrio tipo de prisão da Ordem Negra." ".
Antonia sabe que não deve passar pelo portal. Quem passa nunca mais retorna. Ele é um portal para os condenados. Um portal é cheio de desenhos terríveis. São demônios e seres fantásticos torturando pessoas.
"Por aqui que os prisioneiros e os 'Audientes' entram... E nunca mais tem permissão de sair."
Audientes são trabalhadores dos infernos. Depois que descem pelo portal nunca mais tem permissão de sair.
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Ade Oba
General FictionSó Beatriz pode salvar uma criança sequestrada por um maniaco. Mas ela foi capturada por um Psicopata e vai contar com a sorte para tentar escapar. Enquanto isso, Hanna começa a treinar seus assassinos para que se tornem os melhores matadores que já...