Uma pequena ilha próxima ao japão.
Uma ilha de pescadores, pessoas simples.
Kendo anda no meio da vila sem levantar suspeitas.
Essa não é sua casa, ela já foi, já foi em tempos tão antigos que ele nem lembra com certeza.
Ali era a sua casa, aonde um homem limpa um peixe?
Não consegue dizer.
Ele sorri para quem passa e continua andando. As casas vão ficando mais raras, aos poucos deixa de encontrar pessoas pelo caminho de terra, ele continua a andar.
Depois de muito caminhar chega a um lago, quem será que esteve aqui nos últimos anos, nas ultimas décadas? Talvez ninguém. Talvez ele seja o único a ir nesse lago por muito anos.
Kendo se deita sobre a relva e recosta-se em uma pedra.
O barulho da água o leva a outro lugar, leva sua mente dali. A neblina o envolve como um cobertor.
Do meio da neblina uma figura sombria, alta, muito alta, chega perto dele.
_ Senhora.
_ Kendo, obrigado por atender meu chamado.
_ Soube que conseguiu se tornar o que desejava.
A sombra se aproxima mais dele e se torna uma menina chinesa, de uns dez anos, com um manto vermelho.
_ Isso continua sendo um assunto que não te diz respeito, seu caminho é outro.
_ Por favor, não use essa forma comigo.
Ela senta-se ao lado dele, agora é uma mulher, ainda chinesa, de uns vinte e cinco anos. Veste o mesmo manto, mas ele está curto, mostra-lhe as formas.
Ela passa sua mão no peito de Kendo e diz em seu ouvido.
_ Assim está melhor Kendo? Aposto que adora essa forma.
_ O que deseja de mim senhora?
_ Preciso que dê aulas numa escola.
_ Aulas? Eu? Uma escola?
_ Se considera muito especial? Não quer atender meu pedido?
_ Eu faço qualquer coisa que pedir. Você sabe.
_ Procure o Nero.
_ Nero, o pequeno Nero? Ele é uma criança!
_ Kendo! Em que mundo você vive? Ele já é um homem. Está casado.
_ Verdade? Mas ele se encontrou comigo tem uns anos, era uma criança!
_ Quantos anos?
_ Não sei 5, 10, 30, 50? Eu perco a noção.
Ela sorri e se levanta, começa a entrar na nuvem.
_ Até quando eu dou aulas? Dou aulas de que?
_ Vai sentir quando tiver que parar. Dê aulas de arco.
Ela desaparece na nuvem.
_ Meu amor, eu vou sair!
Nadia ia abrir a porta para ir embora, estava atrasada.
Depois pensa um "que se foda", dá um sorriso, corre para dentro e beija Nero na boca, ele se surpreende, está na cozinha, preparando alguma coisa.
_ Que carinho inesperado.
_ Gostou?
_ Adorei minha deusa encarnada.
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Ade Oba
General FictionSó Beatriz pode salvar uma criança sequestrada por um maniaco. Mas ela foi capturada por um Psicopata e vai contar com a sorte para tentar escapar. Enquanto isso, Hanna começa a treinar seus assassinos para que se tornem os melhores matadores que já...