Guerra

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O ar tinha cheiro de sangue.

Sangue e carne queimada.

_ Avante! Coragem!

Ela corre para os portões da cidade junto com seus companheiros de batalha, levanta o tronco que seus companheiros usavam para quebrar os portões.

Consegue levantá-lo afastando os corpos mortos pelos arqueiros e os que ainda queimam pelo óleo fervendo.

Óleo jogado pelos inimigos de cima do muro.

O portão cede facilmente quando ela e seus companheiros levantam o tronco e o jogam contra o portão já partido, um pedaço grande do muro cai por cima dela.

Ela perde a consciência.

Quando consegue se levantar vê que o muro está vazio.

Pega sua espada e entra na cidade.

Seu pessoal já queimou grande parte da cidade, olha em volta para achar alguém do seu regimento, vê três deles reunidos.

Chega perto, estão estuprando uma garota.

_ Acharam?

_ Não.

_ E o gigante?

_ Atacando o resto dos soldados, se refugiaram no palácio. Tomamos a cidade.

Ela olha em volta. Avista o velho templo ao longe, todas as luzes estão apagadas e as portas de pedra, fechadas.

_ Olharam o templo?

_ Aquela coisa? Não tem ninguém!

_ Imbecis!

Ela corta a cabeça da menina que está sendo violentada com um golpe, os três soldados olham para ela assustados.

_ Reúnam o esquadrão! vamos tomar o templo, ele tem que estar ali.

Em menos de dez minutos trinta homens a seguem. Se aproximam devagar do templo e tentam abrir a pesada porta de pedra, é impossível.

Por sorte acham outra entrada, menor, de madeira.

Quando conseguem quebrá-la, são recebidos por uma chuva de flechas.

Dois homens morrem na hora, ela se cobre com parte da porta e entra, o primeiro arqueiro é quase dividido ao meio por sua espada.

Não esperavam um ataque desses, são apenas vinte arqueiros, eles não resistem ao ataque caótico e violento.

Ela olha em volta, o templo está vazio.

_ Quebrem o altar!

Eles quebram o altar de madeira e sândalo e acham um alçapão de pedra, ela é a primeira a pular lá dentro, outros dois entram com ela.

_ Aberração! A aberração está no templo!

Ela ouve o grito, tarde demais, o soldado solta a pesada pedra, que cinco homens tiveram que se juntar para levantar.

Ela está trancada ali dentro com seus dois soldados.

_ Avancem!

Ela entra pelo túnel. Sabe que os homens lá em cima estão mortos.

Sabe que a aberração vai conseguir levantar a pedra, e entrar.

_ Derrubem!

Encontram uma nova porta de madeira, um dos soldados derruba e é morto por um homem de armadura prateada, quase branca.

Ade ObaOnde histórias criam vida. Descubra agora