Capítulo 36

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Gustavo Pov

Saio da piscina e fico conversando com os meninos na borda. Jefferson estava me olhando demais, a verdade é que eu só estava aturando aquele homem na casa da minha tia porque era aniversário da Mel e a casa não era minha. Além do mais, a Sophia, filha dele estava lá e ela sim era um amor de pessoa.

Fiquei encarando ele sem perceber, quando o mesmo chega perto de mim e me levanta brutalmente pelo braço.

Olho para os meninos que ja estavam em alerta e peço para que eles se sentem apenas com os olhos.

- O que quer de mim Jefferson? - Perguntei indo até um canto da casa mais vazio.

Jefferson - Quero que você pare de olhar pra May do jeito que olha. - Falou com os punhos fechados.

- Não seja ridículo. Eu olho pra ela assim como olho para qualquer um aqui. - Dei de ombros.

Jefferson - Moleque eu só aviso uma vez, então o recado está dado.

- Está assim por que? Porque sou eu quem a levo pra escola? Porque é na minha casa que ela passa todos os finais de semana? Me poupe somos Apenas Primos

Jefferson - Garoto, você está passando dos limites. - Falou entre dentes

Sorri e me virei!

Jefferson - Já deu!

Senti uma porrada nas minhas costas me fazendo ir de encontro ao chão, não conseguindo levantar por conta do impacto forte ao chão.

Me virei de barriga pra cima, mas quando vi, Jefferson já estava em cima de mim, puxando minha cabeça para frente e dando soco fazendo eu bater com a mesma no chão, eu ouvia as vozes, mas elas já estavam ficando baixas.

Ele repetia o movimento, me esforcei de todas as formas pra não acabar fechando os olhos e eu consegui, ele me colocou de pé e me encurralou na parede.

Deu socos contínuos no meu rosto e no meu estômago, pegava minha cabeça e levava até a altura de seu joelho, comecei a ficar tonto, já não ouvia mas as palavras, ele me jogou no chão e só aí conseguiram o tirar de perto de mim.

- Gustavo? - Foi a última coisa que ouvi antes de apagar totalmente.

Mayara Pov

Mamãe disse que Gustavo tinha pouca chance de vida, e eu juro que naquela hora meu coração parou. Obviamente, por alguns segundos.

Meu coração batia tão forte em meu peito, que podia sentir ele em todo meu corpo.

Eu não conseguia me movimentar, não conseguia falar, não conseguia fazer nada. Além de pensar em Gustavo.

Mel estava falando alguma coisa, porém eu não fazia mínima questão de saber o que.

Meus cílios pesam e a consciência também.

Senti ela pegar em minhas mãos e apertar suavemente. Fechei os olhos com força desejando que tudo aquilo fosse um pesadelo, mais, óbvio que nada mudou. Eu continuava no chão. Gustavo no hospital. A mão continuação segurando a minha. As lágrimas continuavam caindo. E eu continuava arrependida.

Quem eu estava tentando enganar? Eu amo Gustavo.

O corredor do hospital continua vazio, tinha apenas algumas famílias e enfermeiros.

A porta ao meu lado abriu e saiu uma doutora, com uma prancheta nas mãos.

Doutora - A visita está liberada. Quem é o primeiro?

- Eu. - disse desesperada

Eu precisava vê-lo, urgentemente! Não aguentava mais ficar distante.

-- Ok. - ela disse devagar - o paciente não está acordado. E o limite máximo é de 15 minutos.

Assenti.

- Com licença. - disse e saiu.

Dei um passo ficando de frente para a porta branca, coloquei minha mão na fechadura gelada.

A girei, abri e suspirei. Entrei e fechei a porta atrás de mim.

Me aproximei da cama em quanto minhas pernas tremiam feito gelatina.

Observo Gustavo dormindo, seu rosto angelical, fez um sorriso surgir em meus lábios.

Tinha um curativo em sua teta por causa da queda e seu cabelo estava todo bagunçado.
Segurei firme sua mão levando até meus lábios, deixando um logo beijo. Olhei para a mesma que se encaixava perfeitamente na minha, como se fosse feita para mim. Levei até meu coração.

Me aproximei mais e disse:

- Olha Gustavo, eu sei que no momento você pode não estar me ouvindo e tudo mais, só que eu preciso dizer a você o quanto te amo, eu estava com o Jefferson, ainda estou, não conversamos ainda, mas é você que eu amo, você é a pessoa que eu quero passar o resto da minha vida, é o seu sorriso que vou querer ver todos os dias ao acordar. Eu sei que somos primos tá bom? Mas será que somos Apenas Primos? Eu sinto algo a mais por você, droga, eu deixei tudo isso acontecer e agora vou dizer que te amo, eu não quero te perder sem ouvir você dizendo que também me ama, que quer formar uma família comigo! Nós vamos ter que enfrentar essa barreira juntos, talvez seus pais e os meus não aceitem, mas é a nossa felicidade que está em jogo e se você também me amar, eu vou até o fim por nós, porque eu sei que vai valer a pena e se tudo der certo, digo, se você sair dessa e eu espero que sim, eu vou te ajudar com tudo que for necessário, vou estar ao seu lado todos os dias, te amando e te irritando. Negando ir nas festas só pra ver você o Lucas e Mel insistindo. Eu espero que você não demore a sair daqui, mas se demorar, não se preocupe, eu virei todos os dias depois da aula. Eu te amo!

Apenas Primos?  [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora