Capítulo 57

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Gustavo Pov

Dei um suspiro pela milésima vez e encostei minha cabeça na grande janela de vidro.

Quando vi Mayara naquela situação parecia que tinha levado uma facada. Ela estava deitava numa cama e tinha sangue nos lençóis, apenas de roupas intimas e Matheus nu em cima dela. Quando vi aquilo minha vontade era de matar ele, como ele pode fazer aquilo com ela?

Mel veio de Londres assim que descobriu o que houve com May. Todos estão tensos, tio Roberto se culpando, dizendo que se não tivesse a proibido nada disso estaria acontecendo.

Voltei para perto deles e sentei no lado de minha mãe.

- Eu preciso ver ela. - meus olhos estavam cheios de lágrimas.

Um médico saiu de uma das salas de emergências, tia Helô já estava em pé.

Heloísa - Como minha filha esta doutor?

O médico tirou a máscara cirúrgica e balançou a cabeça lentamente.

- A gravidez de Mayara é uma coisa complica. - ele começa a dizer. - Mas ela vai ficar bem, tem que tomar muito cuidado, ela está num estado delicado.

Ela esta grávida?

Heloísa - Grávida?

Tio Roberto me olhou com raiva.

O médico assentiu e saiu nos deixando na sala. Eu, tia Helô e Roberto fomos primeiro.

Eles estavam sem reação, assim como eu.

Me aproximei da cama, alisei seus cabelos macios e desço minha mão pelos seus lábios. May está esperando um filho, o nosso filho.

May Pov

Senti um aperto na mão, demorou alguns segundos para conseguir abrir os olhos e encarar Gustavo sentado na cama. Que se levantou assim que sentiu meu corpo se mexer. Logo depois, vejo minha mãe e meu pai.

- Onde estou? - pergunto com a voz fraca.

Gustavo - No hospital. - diz e da um beijo em minha mão. - Como está se sentindo?

- Muita dor. - digo com a voz baixa.

Heloísa - Vou chamar a enfermeira. - diz e deposita um beijo em minha testa e sai.

Logo depois a enfermeira apareceu e me deu um analgésico. A dor foi se aliviando e eu adormeci.

Gustavo Pov

Passou pouco tempo em que ela tomou o remédio e dormiu de novo.

Dani - Você engravidou ela Gustavo? E a responsabilidade? Fica aonde? Não podia segurar um pouco essa pau aí e colocar a camisinha? Essa já é a segunda vez, segunda.

- Ela tomou a pílula. - bufei. - eu não sabia que ela estava grávida.

Dani - Camisinha está aí pra isso.

- Esqueci, ta bom?

Dani - Só não esquece a cabeça porque é colada. - ajeita sua saia. - Vou na sua tia, e você vai ficar com a Mayara porque a Mel deve estar cansada.

Observo ela dormir, tão linda.

Sento na poltrona ao seu lado, entrelaçou nossas mãos e descanso um pouco.

[...]

Sinto uma mão mexer em cima da minha e abro os olhos lentamente. May está me olhando.

- Oi. - me ajeitei na poltrona. - Está melhor?

May - Estou melhor. - força um sorriso. - Porque estou aqui?

- Médico veio aqui e não disse nada?

Ela negou com a cabeça.

- Você está grávida - digo e abraço ela.

May - Eu, o... o que? - sua voz falha.

- Esta grávida. - saio do abraço e limpo a lágrima que escorria em seu rosto.

May - Eu? Grávida.

Assenti.

Ela da um riso fraco. Será que ela não gostou? Não quer ser mãe agora? Ou não quer ter um filho meu?

May - E o Matheus?

- Foi preso, chegamos lá ele estava... Nú em cima se você.

May - Ele ia me estuprar, tentei bater nele com uma madeira mas ele viu e fez aquilo.

- Matheus é um covarde. Depois daquilo eu denunciei e fiquei sabendo que Camile, a irmã da namorada do Lucas. Denunciou ele de também ter estuprado ela.

May - Ainda bem.

Ficamos ali conversando, matando a saudade, a hora passou tão rápido. Eu estou sendo o acompanhante dela, vou dormir aqui até quando alguém quiser vir ficar.

Mas ela deve dormir aqui só por mais umas duas noites. O médico disse que existe um certo risco de fato em que o bebê nasça com algum tipo de anomalia ou problema genético.

Disse também pra não falar pra Mayara agora, o momento está muito delicado pra ela ficar sabendo agora.

Três dias depois...

May Pov

Me deito na cama com cuidado, eu ainda não acredito que estou grávida. E a escola? Como fica?

Se estou feliz? Muito, vou ter uma filha ou filho, não importa, o importante é que venha com saúde.

Coloco a mão na barriga, eu sei que não dá pra sentir e também não tem volume algum na barriga, mas saber que estou carregando um serumaninho no meu ventre me deixa muito feliz.

Escuto duas batidas na porta e logo Mel entra no quarto.

Mel - Só não me jogo em cima de você porque você tá com meu sobrinho na barriga. - deita no meu lado.

- Ainda não tô acreditando. - deito minha cabeça em seu ombro.

Mel - Nem eu, vou fazer várias trancinhas tortas na minha sobrinha ou moicano.

- Claro... Que não. - imagino uma mini Mayara com marias chiquinhas torta.

Mel - Ah, claro que sim.

- Coitado do meu bebê. - balanço a cabeça.

Mel - Agora deixa eu dormir, tô cansada. - da um beijo em minha testa e se levanta.

- Boa noite. - sorri e ela saiu do quarto.

Deitei na cama de lado, e abracei a almofada de coração e adormeci.

FIM DO LIVRO

Apenas Primos?  [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora