Capítulo 47

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May Pov

Pego uma batata e passo no molho que tem no potinho e coloco na boca.

Gustavo - Isso é muito bom. - come um pedaço do hambúrguer e da um gole na coca.

- Esse é o melhor que já comi daqui. - bebo meu milk shake de ovomaltine.

Gustavo - O que será que aqueles malucos estão fazendo?

- Mel deve está amostrando alguns lugares pra Rafa.

Gustavo - Quando a gente acabar aqui vamos no aquário que você queria ir.

- Ta bom. - sorrio e termino meu lanche.

Caminhamos no lado do enorme aquário em quanto olhamos os peixes.

Gustavo - Aqui é um saco.

- Mas olha esses peixes, são lindos.

Gustavo - Realmente, mais isso aqui não deixa de ser chato.

- Você ta pior que a Lorena, depois eu que sou estranha. - cruzo meus braços e paro em frente o enorme aquário.

- Isso é muito bonito.

Gustavo - Mais que eu? - entrou na minha frente tentando sensualizar.

- Não, olha esse peixinho que fofo, você é feio sai . - empurro ele e continuo olhando para os peixinhos.

Claro que ele é bonito, e sim estava me seduzindo, mas pena que é convencido.

Gustavo - Magoou. - diz no meu ouvido e meu corpo todo se estremece.

- Não faz isso. - fecho os olhos por uns segundos e abro de novo.

Gustavo - Eu não fiz nada.

- Imagina...

Gustavo - Vamos... - me puxa pela mão.

- Aonde?

Gustavo - Passear ué. - fomos em direção ao estacionamento e entramos no carro do vovô.

O meu relacionamento com Gustavo vai melhor a cada dia, ele me faz tão bem. Nunca me senti assim com ninguém, ele me completa, me faz sentir coisas que nunca senti com Jeffrey e nem Jefferson.

Ligo o rádio e começa a tocar umas músicas bem broxantes.

Gustavo - Coloca o cabo USB aí no seu celular, você deve ter músicas melhores né.

Assenti.

Peguei minha bolsa e comecei a procurar meu celular e não estava ali.

- Não estou achando. - coloco as mãos no bolso e também não está.

Gustavo - Deve ter deixado em casa.

- Ou perdi. To pensando em comprar um iPhone 6, esse 4 está uma bosta.

Gustavo - Mas está bonzinho.

- Quero outro.

Gustavo - Maravilhoso.

Olho pela janela e estávamos passando em frente London Eye.

É uma visão muito linda daqui, eu morei aqui todos esses anos mas nunca fui, eu tenho medo de altura.

Como já está anoitecendo , tem luzes azuis nas árvores que vão em direção a London Eye.

Gustavo - Já foi lá? - pergunta sem tirar os olhos da direção.

- Não, eu tenho medo de altura. - falo um pouco baixo.

Pensei que ele ia rir, mas não.

- Não vai rir? - olhei pra ele.

Gustavo - Porque eu iria rir? - tira os olhos do caminho por alguns segundos e me olha.

Dei de ombros.

Gustavo - Todos nos temos um medo .

- E qual é seu medo?

Ele fica quieto por alguns minutos até responder.

Gustavo - De coelhos.

- O que? - pergunto sem acreditar. - Coelho é uma coisa tão fofa.

Dou algumas gargalhadas.

Gustavo - Pode rir a vontade.

- Isso é fofo. - dou de ombros. - Olha o seu tamanho, e o tamanho da um coelhinho fofo.

Gustavo - Tanto faz. - da de ombros.

Ele estaciona o carro na garagem do prédio, saímos e fomos em direção ao elevador.

Ele apertou o boato, e em alguns minutos o elevador já estava aberto, entramos e ficamos em silêncio, isso está me incomodando.

- O que foi? - me viro pra ele.

Gustavo - Estava só pensando...

- Pensando em que? - me viro pra ele.

Gustavo - Na vida... Na vida. - me abraça.

Começamos um beijo, ele pega pela minha cintura mas uma vez sinto aquele seu beijo que só ele sabe dar, a porta do elevador se abre, quando olhamos para fora esta vovó e vovô nos olhando de bocas aberta.

- Aí meu Deus. - começo a corar e com medo do que eles vão falar.

Cláudio - O que está acontecendo aqui?

Gustavo - Podemos conversar? - coça a nuca.

Coça a nuca não filho.

Helena - Vamos logo pra dentro.

Vovô abre a porta, passo por eles sem os encarar, vou direto para sala e me sento no sofá. Gustavo senta no meu lado, vovó e vovô sentam em suas poltronas de frente para nós.

Helena - O que perdemos?

- Então... É que. - falamos juntos.

Olho para ele, e ele sacode a cabeça, fazendo com que eu continuasse.

- É que nós estamos namorando.

Gustavo - Aconteceu... Nós conhecemos e teve um tempo que não teve como negar, não teve como ficarmos separados um do outro.

- Eu amo Gustavo e ninguém vai nos separar, já sofremos muitas coisas que nos impediam de ficar juntos, mas agora não... Vamos enfrentar tupo pela frente juntos. - ele me dá as mãos, como se dissesse que está me apoiando.

Olhamos para eles, nos encaravam como se fôssemos malucos, começaram a dar gargalhadas. Encaro Gustavo sem entender nada, e ele também. O que perdemos?

Helena - Nos já sabíamos querida... - coloca a mão no peito e começa a dar mas gargalhadas.

Cláudio - A cara de vocês agora, são as melhores.

Gustavo - Ham? Como vocês sabem?

Helena - Primeiro, os olhares, o jeito que vocês se tratam já denúncia que não é somente amor de primos.

Cláudio - E Mel sem querer deixou escapar.

- Desculpa não ter falado antes, ficamos com medo de não nos aceitarem aqui.

Gustavo - Espero que nos entenda, não fizemos por mal, só estávamos esperando o momento certo pra falar pra vocês.

Cláudio - Entendemos, e queremos que vocês sejam felizes.

- Então vocês aceitam? - pergunto animada.

Helena - Claro querida.

Dou um pulo do sofá , e dou um abraço bem apertado na vovó e logo depois no vovô.

- Muito obrigada, eu amo vocês.

- Também te amamos. - falam em coro.

Eu não podia ficar mas feliz com isso, eu sabia que eles iriam nos aceitar.

Apenas Primos?  [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora