De dentro

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Veja bem eu já pensei, refleti e escrevi sobre como nada é pra sempre, por exemplo, vivo momento de felicidade infinita em que eu quero rasgar meu peito e fazer voar de mim todas minhas borboletas, ou qualquer outra coisa que possa se fazer voar quando estamos felizes, esse momento dura por até aquele daqui a pouco, aí você se lembra dos detalhes, aquelas metáforas todas de que as rosas têm espinhos e que pra lidar com a delicadeza delas também necessitamos lidar com as espetadas às vezes, com isso quero dizer que a felicidade talvez não seja de fato algo feito pra durar e contextualiza com a nossa vida também, não? Fomos feitos pra acabar, e tudo em nós funciona a esse passo. Não sabemos o que nos aguarda mas alguns firmes seguem com a convicção de que Deus, o universo, algo superior, vão cooperar pra que tudo saia no mais belo ensolarado e perfeito dia. Essa bolha minha estourou há um tempo, não a bolha da esperança, mas a bolha que de vez em quando faz crer que se eu não me mexer ainda assim algo em algum lugar vai conspirar a meu favor; olha, me perdoe, não digo de crença ou religião, mas acreditar que algo bom possa acontecer sem que eu emane essa mensagem pro universo, é meio difícil, quase impossível eu diria. A zona de conforto precisa ser ultrapassada, o cativeiro mental que vivemos com preguiça de criarmos, de nos reinventarmos, nós precisamos sair dele, contudo, somente nós mesmos carregamos essa chave, a chave que nos torna parcialmente livres. O pé precisa ser posto fora da casinha, mesmo que a casinha seja de fato maravilhosa, o pensamento precisa nos questionar se não há algo mais incrível que o maravilhoso fora da casinha e isso tem que nos motivar. Óbvio que os significados de esperança são diversos com base naquilo que vivemos mas pra mim esperança tem a ver mais com perseverar do que com esperar, porque eu escolhi que fosse assim. A resposta sempre está em nós.

Quimeras AbortadasOnde histórias criam vida. Descubra agora