De todas as coisas que fiz até hoje, talvez nenhuma delas tenham feito efeito em provar ao mundo quem sou. Isso porque cada um interpreta de sua maneira os atos alheios. Eu posso atravessar um idoso com a maior benignidade possível e um terceiro olhar sobre isso pode ser de reprovação. "Olha lá, quer ser boazinha". Infelizmente, estamos sujeitos a julgamentos, preceitos, e o pior, a preconceitos sobre nós. Se eu me importo? Não vou ser hipócrita, me importo, hoje bem menos que antes, espero um dia não me importar. Tentar se adequar pra inserir-se numa sociedade doente como a nossa, é o ato mais débil que eu conheço, e não o faria. Viver dentro de uma caixa é muito solitário, triste e imerso, fora da caixa pode ser assim também, mas fora você é quem é, não importando quem vai ou não gostar de você, você passa a aceitar sua própria condição, e eis que essa é a vida. Aceitamos as condições que nos foram impostas, às vezes por nós mesmos. Nárnia, pandora, mundo colorido? Alice num país de maravilhas? Tudo isso não existe, o mundo é lamacento, injusto e lamentar não faz nada mudar, porque quando eu digo o mundo, quero dizer as pessoas que nele estão. Inclusive eu, você, eles.. Sejamos menos prontos pra julgar e mais prontos pra amar, desde o animal perdido na chuva ao estranho que te pede um kg de alimento pra levar aos filhos que você não conhece. Tenha certeza que esse estranho pode esquecer sua face, mas nunca seu ato. Deixe seu ato mudar a humanidade.
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Quimeras Abortadas
De TodoDevaneios, ilusões, pseudo-conclusões, questionamentos. Sou o que escrevo.