Eis que bem sabes que aprecio ver-te, emaranhando meus sentimentos e relações mais íntimas com o íntimo dos nossos olhares que em meio a tantos outros, por fim se encontraram. Penso que desde sempre guardo em mim um pedaço que sempre lhe coube e foi teu por direito, e que um dia havia de te encontrar, não para devolver-te mas para te mostrar que teu prazer estava enfim no peso dos meus braços cheios de infortúnios correndo em minhas veias saltadas de dores e amores que muito vivi, hoje tenho o apreço de envolver-te nesses mesmos braços que antes vagava ao relento do vento e por este caminho não encontrava tanto, não tanto quanto você hoje me dá.
De repente eu, pequena, miúda e sem forma abri meu peito ao desconhecido e saltei, porque saltar é preciso, é preciso atirar-se no abismo que é viver, pra de volta sentir vale a pena. Valer a pena, meu amor, por ti me valeria não só a pena, como a sentença, e por mais que amar você não me seja por dano algum, se fosse, eu estaria disposta, pois sem teu viver colado no meu viver, não me apeteceria a vida. Lhe escrevo difícil porque tenho apreço por te fazer pensar no âmago do teu ser aquilo que eu ao escrever penso de fato, não é fácil, meu bem colocar em palavras aquilo que minha mente devaneia dias e noites a fio, bem sabes. Por mim escreveria mil folhas, dessas mil renderia muito mais, porque o nosso amor é como contas sem fim, e embora eu não tenha tanto apreço assim por números e suas multi funções, sinto que o que sinto por ti é de fato multiplicador, a cada suspiro que meu peito da ao buscar ar, aumenta o pouco mais o amor, amor esse que já não cabe em mim, mas que ainda assim arrumo espaço para me caber, esse amor tem o poder de transformar a mim um ser que, dentre apreços e infortúnios, ama sem temor de errar, estamos expostas ao erro, vê? E eu, apenas espero que me perdoe, pois o amor tem o poder de adoentar ao mesmo tempo que tem de curar, ao longo da vida que eu ficar doente, estarei contente em ter você pra remediar.
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Quimeras Abortadas
AcakDevaneios, ilusões, pseudo-conclusões, questionamentos. Sou o que escrevo.