Quimeras Abortadas

Close up of the truth

Eu cansei de ler bobagem por aí, eu comecei a tentar pensar com a minha própria cabeça e eu sou amante dessa frase feita: pensar com a própria cabeça ainda é o mais corajoso dos atos.
E nessas de consumir duas vias de conteúdo, eu aprendi uma coisa que serve muito pra mim e eu nesse momento começo a escrever pra lembrar de depois me sentir bem, por saber ter feito um bom texto com uns pensamentos bagunçados que surgiram no meio de uma noite sem grandes feitos no meio de uma semana vazia.

Lá vai:

Se eu quero viver de verdade na vida, a minha verdade, não deveria me importar muito em querer saber o que vai surgir pra mim depois daquela esquina, aquela curva que ainda não consigo ver e entender.
Não adianta nada eu me preocupar em prever, não adianta agir tentando moldar situações, pessoas, sentimentos... Tudo tem o seu jeito e momento. E eu sei que eu já achei isso a maior palhaçada um dia, quando eu estava tão brava pra não prestar atenção que até as coisas não tão boas acontecem quando a gente consegue aguentar. E ah, também não adianta se prevenir demais. O que vale sim é cuidar, de mim mesma e do meu entorno. O que vale é encarar os medos, olhá-los nos olhos e ver quão pequenos e tolos na verdade eles são, fundamentados em ilusões de controle, apoiados em estruturas sólidas que não existem nem nessa e nem a próxima vida. Tudo é efêmero e movimento, o universo tem um ritmo que a gente desconhece. A gente não controla absolutamente nada. Voe. Deixe o oxigênio te dar ar aos pulmões como vento aos dentes de leão.
Se eu quero viver minha verdade, apenas devo me cuidar e relaxar. Confia!
O que surgir pra mim será um presente (de momento atual) bom, porque quando a gente quer o que é de verdade e se abre para isso, o que nos chega é cristalino e bom. Talvez seja diferente dos meus  planos, dos meus ideais, dos ideais de mundo, dos sonhos concretos que insuflaram no meu peito e eu nem sei mesmo se são seus, se um dia foram meus.
O clichê é que sim, todas as vezes que eu confiei  e me abri para a verdade, o universo conspirou.
Então, talvez pessoas que eu não imaginava vão embora, sentimentos que pareciam fortes volatiza no ar, estruturas grandes desmoronam, talvez nasça uma flor em um cantinho que não costumava olhar. Talvez surjam coisas pra mim que eu nem imaginava. Então devo deixar de dar tanto peso e importância às essas expectativas. Deixarei de valorizar tanto e só pessoas e coisas.

Lembrarei sempre de valorizar a própria presença, o meu estar no mundo, o meu dia.

Eu tenho certeza que dei o meu melhor, é isso que vale. Se coisas se afastam é porque não entrariam confortavelmente na minha dança, no meu momento de alma. E que dor seria viver, investir energias num evento, num sentimento, numa pessoa que não faz parte naturalmente do seu caminho! Eu só posso ser minha verdade e seguir em frente, e continuar andando nos meus passos.

Pare sim, às vezes, para admirar as paisagens, acampe um pouco num momento se for o caso, mas sem apego, andando, meu lar vai junto comigo.

Que as mãos dadas que possam surgir venham espontaneamente e voem quando quiserem, ou parem um pouco para olhar os próprios medos. Mas não precisa entrar junto, continue no próprio rumo.

Relaxada e em paz. Confia.
A verdade será cada passo que você der.