Capítulo 24

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Para as menores e maiores coisas que acontecem durante o meu dia, que com isso me dá inspiração para escrever.









"Onde aprender a odiar para não morrer de amor?"

Clarice Lispector

" Se jogue na vida e conheça pessoas novas, não temos que odiar ninguém para podermos superar um acontecimento. Não temos só um amor na vida, tudo depende de nós e da nossa vontade."

__SecretDoll.










Elise Moritz








__ Estamos chegando? __ pergunto arfando, se eu não me engano faz meia hora que estamos andando pela essa mata. E os mosquitos não me deixam em paz.

Devo estar toda vermelha.

__ Pensei que você fosse dura na queda. __ Dylan zomba desviando de um galho.

__ Inteligente você, só que estamos andando e desviando de galhos a quase meia hora, não é como se tivéssemos caindo. __ bufo, meu pé está latejando de dor.

__ Adoro o seu senso de humor. __ sorri torto. __ Só quis dizer que pensava que você era corajosa.

__ O que tem haver coragem com uma caminhada de quase meia hora? __ ergo as sobrancelhas. Qualquer pessoa cansaria.

__ Vai ficar colocando o "quase meia hora" em tudo que você fala mesmo? __ para de andar e eu acabo batendo nele. É em situações como essa que eu percebo o quão pareço frágil perto dele.

__ O que posso fazer se eu sou sedentária? __ resmungo.

Reviro os olhos.

__ Era só me pedir que eu colocava você no colo. __ bufa antes de se abaixar para verificar se o cadarço estava bem apertado.

__ Não mesmo, eu recuso você me colocar no colo. __ digo indignada. __ Eu consigo andar muito bem, obrigada.

__ Para de ser chata! __ em um movimento rápido ele me tira do chão e quando me dou conta estou no seu colo.

Estamos andando a bastante tempo, não o bastante para que eu me perca. Marquei alguns lugares na minha cabeça, como troncos de árvores tortos, alguns canteiros de flores completamente diferente do que eu já viu, o como o sol parece ser mais forte em no lago que fica perto de pedregulhos. Comecei a perceber cada canto depois de ter visto uma sombra andando, não foi qualquer impressão eu vi, o pior de tudo nem é isso, o pior é que essa pessoa é ... o Nico. Por que ele está fazendo isso? Por que ele está me seguindo? Por que?

Estou sendo seguida.

A mata fica logo atrás da casa de praia, o que é mais esquisito ainda. O caminho é formado por trilhas, são caminhos curtos um pouco falso e escorregadio, dá uma sensação de você está dentro de um labirinto que nunca acaba. Passarinhos assobiando por todo canto, a paz reina a todo caminho e essa tranquilidade toda está me deixando bastante irritada. Agora começo a escutar barulho de água caindo fortemente igual as águas que caem de uma cachoeira. Resolvo falar alguma coisa, não quero que ele desconfie que estou assustada.

Império Grego Onde histórias criam vida. Descubra agora