HIM :: ZAYN

Capítulo Doze

Katherine Bale

Então lá estava eu e Zayn. Sentados em uma enorme pedra enquanto o vento frio batia em meu rosto.

Poderia ser simples,mas apenas uma praia ao lado de Zayn fez meu coração ficar ainda mais acelerado. Ouvir ele dizer que gostaria de saber sobre mim,me fez ficar boba.

O que eu diria a ele? Zayn parecia e era tão interessante,que possivelmente a minha vida "normal" não iria impressionar.

-E então? Não vai me contar nada sobre você? - Zayn disse. Acabei despertando da reflexão sobre como ele era impressionante.

-Eu nasci em Minessota,sou a única filha de pais separados,moro em Chicago desde os meus 16 anos e é só isso,não tem nada de especial - dei de ombros e recebi seu silêncio como resposta.

-Realmente não é lá essas coisas - riu. Me perguntei o por que dele está rindo tanto.

Não que eu fosse uma garota engraçada,mas me surpreendi ao saber que ele achava graça em mim.

Zayn não tinha um senso de humor muito apurado,porém,o seu jeito debochado e presunçoso lhe davam toda a graça que faltava em muitas pessoas.

-E você? - o encarei. O silêncio permaneceu por algum segundos,até que,ele me olhou de volta. - Sua história - completei para que ele entendesse.

Mais silêncio.

-Qual o seu tipo de música favorita? - perguntou desviando da minha pergunta.

Eu sei que eu deveria insistir e conhecer ele de verdade,mas eu simplesmente não poderia. Se eu olhasse pra ele,saberia que o mesmo não estava com vontade de me contar nada.

Então como todas as outras coisas. Eu deixei pra lá.

-Eu gosto de Coldplay, não me julgue - pedi e ouvi sua risada. Encarei Zayn diante daquela visão nublada. Ele continuava lindo.

-Tem irmãos? - perguntou me encarando. Eu ficava admirada toda vez que o olhava. Seus olhos eram tão lindos.

-Tenho,mas eles são mais novos - respondi e ele pareceu anotar. - E você? - perguntei e ele riu.

-Tinha - respondeu simples. Me bati lentamente. Não deveria ter perguntado aquilo.

-Eu sinto muito - suspirei mas Zayn segurou minha mão e me encarou.

-Ele está vivo,mas não somos mais irmãos - explicou como se fosse óbvio.

Não era óbvio. Nada com ele era óbvio.

-Quer me contar? - ele me olhou e negou. Dei um longo suspiro. - Nós não íamos comer? - perguntei já nervosa.

Ele não estava interessado em mim. Eu fui muito idiota em pensar que ele estava afim de mim.

-Vamos - se levantou da pedra e segurou em minha mão.

Um simples toque dele me fez arrepiar. Droga!

Caminhamos um pouco até chegar à um restaurante que havia perto da praia. Ele era modesto. Feito de madeira branca. Eu estaria mentindo se dissesse que aquele lugar não era lindo. Me trazia recordações de casa. De como minha família era feliz.