Capítulo 6

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Oi pessoal! Nunca conversei com ninguém por aqui, mas quero agradecer por todos os comentários e leitores!! Sempre leio todos, ok?! Me desculpem pela demora!

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Camila PDV

Encarando o nada do lado de fora da janela eu ainda questionava a montanha russa de emoções que havia sido aquele dia. Após Chris ter acordado ele chamou Troy e ambos ficaram de vigia pelo resto da noite para que eu e Lauren finalmente pudéssemos dormir.

- Fique com a cama.

Essa foi a única fala da mulher antes de se sentar em uma poltrona do lado da cama. Ela se acomodou de um jeito que não sentisse tanto desconforto e retirou a arma do cós da calça, fazendo-a descansar em cima de sua perna esquerda. Lauren fechou os olhos e dormiu. Ou fingiu adormecer.

Não quis questioná-la por motivos óbvios. Se ela estava cedendo o conforto de uma cama eu não iria dizer o contrário.

Deite-me e continuei sem sono. Meu corpo ainda não entendia que eu finalmente poderia descansar e apenas reproduzia, sem o meu consentimento, a cena de Lauren chorando. As poucas horas que eu estivesse perto dela a única imagem que ela deixou transparecer foi de uma mulher rude e agressiva.

Por que eu me sentia mal em tê-la roubado? É claro que eu não era sem escrúpulos em achar que foi certo, mas... olhe o mundo atual! Era necessário! E foi isso que eu usei como argumento contra Ally quando cheguei ao apartamento com a mochila nas costas.

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Apartamento - Três semanas atrás... 

- Eu salvei sua vida! – eu disse. Eu me agachei e retirei a gaze e outros medicamentos de dentro da mochila. – Eu consegui os remédios e você está preocupada com uma estranha?

- Eu agradeço por você ter arriscado a sua vida, Camila... – Ally retrucou, acendendo o lampião por causa da noite. Ela estica o braço para que eu pudesse cuidar dele, mas sua expressão ainda era de reprovação. – Porém... ela disse que tinha um povo! Se ela fez aquela viagem é porque eles também estão precisando de remédios!

- Eu não quero saber, Allyson! – rosnei, jogando a culpa dentro de uma gaveta e a trancando. - Tudo o que me importa é esse grupo. Mais ninguém!

- Você não pode se fechar assim! – ela continuou. Eu lancei um olhar de soslaio para ela, mas Ally facilmente ignorou. – Existem pessoas saudáveis e pessoas doentes. E existem pessoas mortas. Não podemos nos fechar para o mundo, porque se o fizermos... ele se fechará para nós! Estamos em uma situação que quanto mais pessoas saudáveis tivermos ao nosso lado, mais seguros estamos.

- Ally... – eu tentei repreendê-la para que ela não começasse com seus discursos, mas foi em vão.

- Antes guerras eram travadas por causa de religião, raça e etc. E agora? Do que adiantou, huh? – ela perguntou, me encarando. – Não importa mais se você é judeu, cristão, negro ou branco. Só existe carne viva e carne morta! Pessoas, Camila... as pessoas ainda podem ser melhores. Pessoas pode ser a solução de tudo no final!

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E pensando nisso eu adormeci.

No dia seguinte tudo correu normalmente. Os grupos mal se interagiam, pois geralmente o de Chris ficava dentro da casa e o meu ficava na varanda.

A manhã estava fria assim como as outras. O cheiro da relva nos dava alguns minutos de tranquilidade e descanso. Pássaros cantarolavam ao fundo e isso quase me fazia sentir em casa.

Into The DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora