Into The Dead

Capítulo 68

Não, isso não é um sonho... muito menos uma alucinação! Sim, a titia walker está de volta depois de descarados um ano e meio como se nada houvesse acontecido. Antes de tudo queria me desculpar pelo meu sumiço. Não foram meses fáceis e minha vida praticamente virou de cabeça para baixo, por motivos pessoais. Eu havia perdido minha vontade de escrever, meu interesse por TWD e por camren e tudo o que envolvia minhas paixões passadas. Além claro, de problemas de saúde. Mas, o que realmente importa é que vocês aparentemente não me abandonaram e cá estou eu, outra vez, pronta para fazê-los infartar. Não será um final de jornada fácil. Então, como sempre pedi, gostaria de respeito e educação acima de tudo. São personagens fictícios que vivem em um Mundo Apocalíptico! Nem todo mundo vai ter um final cheio de flores e felicidade! Mas, detalhes à parte, gostaria que escutassem as músicas do capítulo, as quais estão presentes no Spotify.

Sem mais delongas... peguem uma comidinha, coloquem um bom fone de ouvido e vamos a leitura!

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NARRADOR PDV

Quatorze dias depois da saída de Lésvos

Floresta próxima a cidade de Woodstoock, Georgia

* Music On * (You Are So Beautiful - Tommee Profitt feat. brooke)

A lei do Karma é aquela que ajusta o efeito a sua causa, ou seja, todo o bem ou mal que tenha feito em sua vida virá trazer consequências boas ou más nesta estadia ou nas próximas.

Dentre várias religiões é conhecida como uma "Justiça Celestial".

E eram essas as palavras que repetiam no interior da mente de Camila enquanto tentava manter os olhos abertos, lutando contra as gotas de chuvas que transpassavam os galhos das árvores altas acima de si.

Ali, quase inconsciente no chão, com o corpo parcialmente mergulhado na lama escura, a latina hiperventilava na tentativa fútil de controlar a perda de calor para o líquido frio que caía do céu negro e, principalmente, para manter-se aquecida com a floresta densa ao seu redor. Os olhos castanhos estavam arregalados, com as íris dilatadas encarando as copas, boca entreaberta e levemente azul.

Sozinha.

Camila sabia que estava sangrando, porque sua perna direita ardia e doía como o próprio Inferno. Deveria ser um grande rasgo em sua pele, pois todo o músculo da coxa dava espasmos como trezentas vespas inoculando veneno, isso, associado a uma pressão enorme em seu peito causada pela taquicardia.

Mas ela não se mexia, sequer limpava os respingos de barro que quase entravam em sua boca e sequer retirava a sujeira perto de seus olhos.

Ela se encontrava estagnada, grunhindo de dor e tremendo por frio.

Por quê aquilo era um looping sem fim? Por quê aquilo continuava a acontecer? As pessoas continuavam morrendo e... isso nunca parava!

Era Karma? Tudo era um castigo do Universo por permanecer reproduzindo a conduta atual de "Matar ou ser Morto?"

A latina não possuía aquelas respostas.

E, mesmo desejando ficar eternamente naquela posição, com os ouvidos abafados pelo caos interno, devagar os sons ao redor de si começaram a ressurgir.

Haviam vozes gritando... Barulho de motores ainda ligados... Hélices quebradas girando... Grunhidos característicos de almas penadas se aproximando como predadores incansáveis...