Capítulo 55

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Olá, meus amorzinhos! Adivinha quem voltou com a segunda comemoração pelo um ano da fic?
Ao mesmo tempo em que tô feliz em Havana por isso, estou triste no clube, pois ITD está começando a caminhar para a reta final. Não sei ao certo quantos capítulos, porque a autora aqui adora escrever e criar mais situações, mas que estamos começando andar a esse rumo... nós estamos!
Quero agradecer os incentivos, as críticas, as homenagens, aos comentários! Eu leio tudo e guardo no meu coraçãozinho de gelo!

Cá está outro capítulo! Boa leitura, me perdoem pelos erros e segurem-se, porque hoje vamos ter ação em Havana oh na na all night! 
 

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CAMILA PDV

Lentamente, recobrando a consciência, eu consegui ouvir ao fundo os grunhidos guturais tão conhecidos por mim após três anos de Apocalipse Zumbi.

Tudo doía. Desde a base dos meus pés à minha cabeça, que, pelo latejar, certamente possuía um corte expelindo sangue.

Com choramingos saindo por meus lábios, aos poucos vou buscando forças para abrir os olhos. Pisco ainda abobalhada, percebendo que as últimas rajadas laranja e roxo no céu denunciavam o pôr do sol e a chegada da noite.

Após finalmente relembrar o que aconteceu, eu giro o rosto e, mesmo enxergando tudo embaçado, a primeira silhueta que busco é a de Lauren.

A jovem estava apagada e dependurada de lado como eu, permanecendo nessa posição graças ao cinto de segurança que felizmente todas nós usávamos. Ela possuía apenas algumas escoriações na pele branca, provenientes dos cacos de vidro.

Lauren estava bem.

Um pouco mais calma após notar sua respiração, que indicavam que estava viva, eu olho ao redor e tento entender de onde vinha o rosnado gutural que me irritava.

- Merda! – eu arregalei os olhos ao encarar o zumbi batendo contra o para-brisa, tentando passar a cabeça por uma brecha.

Atrás dele para completar a maravilhosa situação, havia pelo menos mais quatro amigos que grunhiam e, tão grotescamente nojentos quanto, tentavam escalar o Jeep SUV capotado de lado.

Veronica e Lucia também estavam apagadas, na cabine. A motorista possuía sangue seco nas narinas, certamente após atingir o rosto no volante e a Rainha estava, ao que aparentava, em uma posição desagradável e com um filete vermelho escorrendo de seu supercílio direito. Seu taco de beisebol estava caído aos seus pés.

O morto-vivo grunhia irritado e tentava, cada vez mais, quebrar o para-brisa que já estava quase completamente trincado. A pele do desgraçado era praticamente pus e ficava presa ao atritá-la no vidro, deixando carne podre e negra em companhia à gosma fedorenta.

- Lauren, acorde! – eu grunhi.

Faço uma careta ao mexer meu braço direito, extremamente sensível. Por todo o meu antebraço pedaços de caco de vidro estavam penetrados na pele vermelha, gerando uma ardência quase insuportável.

- Alguém acorde! – eu falo mais alto, entre os suspiros de dor.

Após receber mais silêncio e mais grunhidos dos zumbis como resposta, eu decido agir por conta própria.

Inspiro o ar para dentro dos pulmões, ordenando à minha voz interior para não chorar.

Levo a mão esquerda até a trava de liberação do cinto de segurança e a destravo. Por causa da gravidade, todo o meu peso despencou para baixo pressionando ainda mais os cacos de vidro na pele do meu antebraço.

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