Capítulo 39

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Olá, meus amores! Cá estou com outro famigerado capítulo!
Não vou falar muito, pois não há o que dizer. Só Stay Strong nessa ilha tempestuosa kkkkkkkk
Segurem-se porque não será apenas um capítulo tenso, serão vários!

Escutem as músicas, preparem os coletes contra facas e boa leitura! Me perdoem por qualquer erro! 

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*Music On* (Time After Time – Joseph William Morgan – EPIC POP)

CAMILA PDV

Meus músculos das pernas davam espasmos, meu pulmão queimava por ar, as fibras do meu coração latejavam por causa do ritmo acelerado em que trabalhavam.

Não sei explicar como ainda continuava a correr em uma velocidade relativamente estável depois de estar assim por horas. Minhas entranhas ardiam tanto que se assemelhavam a um metal fino e pontiagudo perfurando meu abdômen.

A bile que estava parada na minha garganta seca já incomodava.

Minha Dan Wesson durante os quase cinco quilômetros que eu e Louis corremos permaneceu, a todo tempo, apertada entre meus dedos da mão direita.

Deparamo-nos diversas vezes com zumbis em meio às penumbras da floresta.

Eram como almas penadas agourentas, o pus misturado com as gotas de chuva, bocas escancaradas, olhos gelados.

E quando eles surgiam em nosso caminho apenas o brilho do disparados saindo dos canos de nossas armas ressurgiam no escuro da noite.

Mas agora, eu corria mais rápido do que antes.

Forçava meus músculos mais do que antes.

Era tomada pelo desespero mais do que antes.

Por quê?

Aproximávamo-nos da Fazenda.

E jurava ter ouvido um barulho de tiro.

- Pode ser ter sido um raio, Camila! – Louis bufou correndo, afobado.

O franzino se encontrava até tristemente pálido, tentando ao máximo acompanhar meu ritmo. Ele arfava em busca de ar em meio ao vento frio. A chuva não havia chegado àquela parte do Condado, pois apenas as nuvens pesadas rodeavam a região.

- Não foi um raio! – eu retruco, com os olhos bem abertos e atenta a qualquer movimento em meio às penumbras geladas da floresta.

Eu pulo um galho e, por pouco, não escorrego em uma quantidade significativa de lama. Bufo, recobrando o equilíbrio, e continuo a correr por entre os troncos sinuosos.

O fuzil em minhas costas pesava com o Inferno.

- Não faz sentido alguém nos atacar! Não fizemos nada a ninguém! – Louis choramingou enquanto desviava também das árvores.

- Nada nesse novo mundo faz sentido, Louis! Nada! – eu expiro, desviando de um galho caído.

O grunhido característico ecoou ao longe, com a alma penada aparecendo por detrás de um tronco. Ela vestia um blusão rasgado, tinha um coldre vazio pendurado na cintura, olhos cinza e lábio inferior rasgado por uma mordida. Os cabelos grudaram em sua testa enrugada, a qual já tinha buraco de onde os vermes estavam usufruindo da carne em decomposição.

Sem deixar de correr, eu ergui meu braço com a mira da Dan Wesson no nível de meus olhos, e apertei o gatilho ao mesmo tempo em que um raio rasgou o céu.

Into The DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora