Into The Dead

Capítulo 58

Olá, meus amores! Adivinha quem voltou?
Obrigada pelos comentários, os favoritos, os votos, tudo! O capítulo de hoje está CHEIO de emoções para ser a despedida de 2017, um ano que para uns pode ter sido ótimo e para outros uma merda! Deitem, coloquem fones de ouvido (as músicas estão no Spotify) e aproveitem!

Boa leitura e me perdoem pelos erros!  

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NARRADOR PDV

Lésvos

Terça-feira – Um dia depois da delação – 08h34min

Nascemos, vivemos e morremos. E após o Apocalipse, após a morte deixar de ser uma certeza, isso não acontece mais necessariamente em ordem.

O que você faria se hoje fosse o seu último dia na Terra?

Você teria dito o "eu te amo" para a pessoa que deseja?

Você teria perdoado quem merece?

Você... morreria feliz?

Quando Camila acordou pela segunda vez naquela manhã e estudou o teto do próprio quarto, a jovem teve a mera impressão que morreria antes da noite chegar.

Era uma intuição estranha, mas real. E que, se ela houvesse a seguido, não teria nem levantado da cama naquela famigerada terça-feira.

Um sorriso apaixonado estava em seus lábios enquanto se esticava no lençol. Quase como um maldito déjà vu do dia anterior, ela abriu os olhos e bocejou, encarando o relógio em cima da escrivaninha ao possuir plena certeza que dessa vez não estava atrasada, pois os ponteiros sequer marcavam nove horas da manhã.

Diferente do dia anterior, Camila ainda sentia o calor e o cheiro do corpo de Lauren impregnado em sua pele. Momentos atrás, mais precisamente às cinco horas da manhã quando a jovem de olhos verdes saiu de seu quarto, elas rolavam por aquele colchão terminando uma rodada intensa de amor.

Se elas eram loucas por arriscarem logo agora, com a Rainha sabendo de tudo?

Nah... elas nunca foram mentalmente saudáveis, não é mesmo?

Era como se Lauren ainda a tocasse com as mãos escorregando por sua pele... acariciando... sentindo... amando. Como se os lábios da mulher ainda beijassem sua boca, seu pescoço, sua virilha. Como se a língua ainda entrasse em contato com a sua, como se ainda tremesse sobre seu clitóris e sugasse seu centro sensível pelos toques. Era como se seus dedos ainda estivessem entrelaçados aos seus, apertando e mostrando que não os soltaria nunca.

Oh, droga, ela era completamente louca por Lauren Jauregui.

Assim, calma, ela se levantou e foi até o banheiro tomar uma ducha para se refrescar. Vestida com sua habitual calça jeans escura, camiseta branca e a jaqueta que a Rainha havia lhe dado, a jovem saiu do quarto com os dentes escovados e cabelo arrumado. Ela reconhecia o grande desconforto ao caminhar com seu coldre vazio, sem sua arma para protegê-la.

Ela parou ao sentir a mão coçar para bater à madeira quando passou em frente ao quarto de Lauren. Antes de a Rainha ter noção do envolvimento, a latina costumava chamá-la para irem juntas ao encontro da líder como duas boas guarda-costas.

Mas, agora, temia que isso pudesse apenas piorar as coisas.

Ela só esperava que ficassem vivas até Sábado.

Pois bem... esperava.

Ignorando a vontade eminente, Camila continuou a andar pelos corredores da Biblioteca principal. Ao chegar à porta da Rainha, se deparou com ninguém menos que a negra que tomava conta dali.