LAUREN PDV
Um suspiro manhoso arranhou minha garganta quando os primeiros sinais de consciência começaram a me acordar. Eu estava de bruços, com as mãos por baixo do travesseiro. Mexo meus braços que estavam pesados. Na verdade, todo o meu corpo estava pesado, cansado, mas estranhamente relaxado.
Lentamente abro meus olhos para me acostumar com a claridade do lugar. A janela estava aberta e o frio pós-temporal bailava pelo ar que cheirava a relva molhada. Meu corpo nu estremece e me enfio ainda mais debaixo das cobertas para aquecer.
Pisco com dificuldade por causa da minha sonolência. Viro meu rosto para o lado contrário e vejo a calma vazia. Sento-me na cama, com o lençol cobrindo meu corpo e passo as mãos por meus olhos para me livrar da lerdeza.
Levanto-me enrolada no lençol e caminho até a janela, vendo os zumbis zanzando pelas ruas. Eles estavam letárgicos e cambaleantes por causa da água, esperando só um mísero barulho para atacar. Era apenas uma garoa fina que caía sobre suas cabeças.
Viro-me e tento captar algum barulho no andar de baixo da casa. Mas nada além de silêncio e grunhidos do lado de fora ecoavam.
Não preocupada, mas sim receosa, eu começo pegar as minhas peças de roupa que ainda estavam espalhadas pelo chão do quarto.
Aquela noite havia sido longa...
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* Music On * (Two Weeks – FKA twings)
Na minha vida, nunca havia tido uma noite tão prazerosa quanto aquela.
Tudo voltava à mente como flashbacks deliciosos.
Após eu ter feito suas pernas se tornarem gelatina e o meu cérebro ter fritado com a visão de tê-la inclinada para mim, gemendo, suada, enquanto um orgasmo acumulado de meses rasgava seus músculos... não paramos por ali. Estávamos bem cientes de que quebrávamos o combinado de "uma única transa" e nada mais... porém era viciante. E não queríamos parar. Estávamos em um feitiço em que não conseguíamos largar o corpo uma da outra.
Na verdade, repetimos o "erro" por diversos locais daquele quarto. De novo... de novo... e de novo.
Depois de nossos respectivos primeiros orgasmos, eu a deixei descansar entre os lençóis por alguns momentos. Levantei-me da cama e fui analisar a janela, estudando se nossos "barulhos" haviam sido muito altos. Tudo continuava da mesma forma lá fora: lacônico com grunhidos característicos. No entanto, o que me surpreendeu de fato, foi senti-la puxando o meu braço direito bruscamente, obrigando-me a girar em sua direção. Com a mesma violência, Camila me empurrou no estofado da cadeira de escritório, que estava diante da mesa, e imediatamente se assentou no meu colo com cada uma das pernas ao redor das minhas coxas. Um sorriso cafajeste abriu em minha boca ao ver a fome ainda presente naquelas íris castanhas e isso estimulou a latina a dar uma risadinha afagando o meu rosto e a mordiscar meu lábio inferior em provocação. Aquilo fez com que o desejo e luxúria renascessem e borbulhassem e segundos depois eu já abraçava seu corpo nu, incentivando-a a rebolar sua boceta e montes em mim.
Suadas, sem parar os movimentos frenéticos, com suas paredes internas se fechando ao redor dos meus dedos na medida que os enfiava nela e, ao mesmo tempo, observava suas expressões de prazer intenso e gemidos finos saindo por sua boca carnuda na medida que cavalgava em mim. Ela implorava, eu concedia. Ela esperava o ápice e eu buscava com sede. Quando o gozo veio, ela agarrou a cadeira atrás de mim e eu escondi o rosto em seu pescoço, ofegante e hipnotizada.
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Into The Dead
FanfictionEm um mundo em meio ao caos os mortos-vivos vagam sobre a terra. Não existe Governo. Não existem leis. No estado de natureza, segundo Thomas Hobbes, os homens podem todas as coisas e, para tanto, utilizam-se de todos os meios para atingi-las. D...