Capítulo 54

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Olá, meus amores. Sentiram a minha falta?
Estou de volta com mais um famigerado capítulo. Hoje vão ter músicas de novo, porque adoro colocar um clima a mais, então as escutem, por favor.
Muito obrigada pelos comentários e por todo carinho ao fato da fic ter completado um ano dois dias atrás. Fiquei muito feliz mesmo!!!!!

Boa leitura, me perdoem pelos erros e vamos lá!  

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NARRADOR PDV

*Music On* (Not Myself Tonight – Christina Aguilera)

Aproximadamente final de 2014

Seis meses antes do Apocalipse Zumbi

As luzes da boate de quinta categoria eram uma mistura psicodélica de roxo e azul marinho. Elas se fundiam com a escuridão e com a fumaça liberada por máquinas dispostas na base do palco. Os homens que estavam naquele prostíbulo eram das mais variadas classes sociais: desde ricos a meros pobretões. Mas, em comum, todos buscavam sexo fácil, drogas e esconder isso de suas mulheres que lhe esperavam em casa com os filhos.

Lucia Vives, vestindo uma cinta-liga e lingeries negros, esperava por detrás da cortina o sinal para entrar. A mulher sentia seu estômago embrulhar por causa da visão embaçada, tendo plena certeza que havia exagerado na quantidade de cocaína ingerida naquela noite. Seu corpo, magro por natureza, estava em um estado preocupante de bulimia e possuía roxos por toda a pele – marcas deixadas pelos homens com quais era obrigada a transar violentamente.

E, mesmo sentindo nojo de si e dos machos escrotos que lhe esperava, a jovem foi obrigada a colocar sua melhor imagem de falso desejo quando a cortina subiu. Ouvindo a música com batidas envolventes ao fundo, Lucia começou a andar pelo palco escuro até chegar ao bastão de inox no centro. Segurando-se nele, ela remexia o seu corpo de forma sensual e fazia expressões de prazer à medida que se esfregava no inox, deixando-se levar pelo efeito da droga e pelos gritos de aprovação de quem assistia.

Aqueles malditos homens a encaravam como um pedaço de carne estúpido.

Lucia precisava do dinheiro dos programas e, ainda mais, precisava das drogas para alimentar seu vício, pois era o seu segundo escape daquela realidade fodida.

O primeiro escape?

Estava sentada na primeira fileira de cadeiras, observando-a com um copo de Gim na mão direita.

Veronica Iglesias também era uma jovem problemática. Sua mãe havia morrido quando ainda era criança e seu pai era um viciado em jogos que quase perdera a casa em que viviam em uma mesa de Poker.

E como seu pai reverteu a situação?

Ofereceu a filha por uma noite ao homem que havia lhe vencido. E ela fora obrigada a aceitar.

Mesmo sentido nojo do homem que era seu pai, ela encontrou um ponto de paz numa noite qualquer enquanto buscava sexo casual no prostíbulo. Uma amiga aleatória da faculdade de Educação Física, que cursava, lhe recomentou aquela casa noturna.

Sexo fácil, drogas em fácil acesso, sigilo total.

Ela só não esperava encontrar aquela prostituta e todo o pacote de problemas que lhe acompanhava.

Com uma alegria enorme no peito, Lucia precisou segurar o sorriso ao perceber que Veronica estava ali, lhe observando como fazia todas as noites. Diferente das outras pessoas que era obrigada a transar, Vero era a única que realmente se importava com a sua integridade, a única que lhe dava carinho e atenção.

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