- Por que essa pergunta, filha? - Pergunto.
- Amanhã tem reunião de paÃs na escola e eu não tenho um papai e um amiguinho disse que o pai dele ia e quando foi na saÃda o pai dele estava lá, mamãe. Me dá um pai? - Me olhou tristinha, mas com brilho nos olhos azuis iguais aos de Liam.
Ouvir minha pequena princesa falando assim não me corta o coração, me corta os pulmões, estômagos, rins... Eu não sei como é não ter a presença paterna, mas posso me pôr no lugar de quem não tem e eu imagino como é ruim e falto. Me sinto um monstro não falando a verdade para Liam e Sam. Sei que vou me prejudicar muito quando falar ou até mesmo se não falar a verdade a nenhum dos dois, mas eu tenho meus motivos. Olhando pelo lado justo, se ele abrir uma causa querendo a guarda de Sam ele conseguirá por ser o pai biológico, por ter seus direitos de pai, ter mais condições social, por ter ficado anos seguidos sem saber de sua existência, por eu ter omitido... Por vários motivos e eu tenho medo de perder a minha filha. Não viveria sem ela. Estou sendo covarde, orgulhosa e injusta, mas não é simples assim. Eu quero sempre o bem da minha princesa, mas ao meu ver ela sempre viveu tão bem sem o pai.
- Você tem um pai, filha, mas ele não te conhece. - Respondi com o coração apertado vendo seus olhinhos encherem.
- E quem vai na reunião, mamãe? - Abaixou a cabeça fazendo beicinho como sempre faz quando vai chorar.
- Eu, meu amor. - Passei a mão em seus cabelos dourados.
- Mas é só pai. - Chorou em som audÃvel, mas não era escandalosa.
A peguei no colo e falei algumas coisas engraçadas pra distraÃ-lá dessa ideia de pai. Ouvir a gargalhada da minha princesa é tipo meu ar, eu necessito dele pra viver.
De tarde liguei pra Liam rapidamente avisando que iria chegar um pouco mais tarde por causa da reunião e ele disse apenas ok, te espero sem gritar comigo ou falar em tom grosseiro. Impressionante.
Na segunda antes do trabalho fui à reunião de Sam que tem a cada um mês pra falar do desempenho do aluno e tudo. Deixei minha menina na escola e fui para o trabalho já começando a colocar tudo em dia. Estava muito sobrecarregada de serviço hoje que nem me lembrei de bater na porta da sala de Liam e apenas entrei levando uns papéis nas mãos.
- Senhor, lhe trouxe esses papéis pra ler e assinar, esses são os relatórios que me pediu final de semana e esses dois são contratos. - O olhei e ele estava com o telefone na orelha me olhando sem reação.
Ele se despediu da pessoa que conversava e eu fiquei sem graça por ter sido tão mal educada entrando assim em sua sala e ele estar ocupado.
- Me desculpe entrar assim, senhor. - O encarei.
- Vem cá? - Pediu afastando a cadeira da mesa.
Caminhei até ele e fiquei sua frente. Me puxou para me sentar em seu colo e foi o que eu fiz. Beijou meu queixo e pescoço delicadamente. Me inclinei pra receber mais de seus toques.
- Senhor, não é errado isso? - Segurei seu rosto o admirando.
- Não mesmo. -
Tomou minha boca e eu não relutei. Passei os braços envolta de seu pescoço e senti suas duas mãos em minha bunda, apertando, me deixando acesa e em seguida subindo para minha cintira e apertando, agora, ali. Me puxou mais contra seu corpo. Mordi seu lábio inferior e chupei sua lÃngua.
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Prometidos. (COMPLETO)
ChickLitLiam Brachmann cuidava de Manuella Appratto quando mais novo. E como ninguém pode controlar o coração, eles desenvolveram um relacionamento com fortes sentimentos e afetos. Mas, quem diria que, tão de repente, eles iriam se separar de uma forma dolo...