Pela segunda vez!

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Liam

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Liam

E, pela primeira vez, depois de três semanas de Manuella em coma com pouca frequência de visita a pedido de seu médico responsável, nenhuma melhora ou piora e reações, hoje eu e Sam iremos visita-lá. A notícia foi dada e a menina está tão eufórica. Só eu e Deus sabemos o que ela passou nessas semanas sem ver a mãe. Já deixei claro que sua mãe estará dormindo, mas sua felicidade é notável mesmo sabendo que não se falarão. Minha relação com ela? Bom... Ter uma filha é a sensacional! Não sei como não notei nossas semelhanças físicas e genéticas. Cada dia que se passa, vejo o quanto parecemos. Nos damos bem, como sempre, mas o afeto está maior. Ela me chama de papai e isso é uma grande emoção. É melosinha, como Manu, mas também sei que tem motivos por estar tão carente assim... Tivemos de passa-la em um psicólogo por ter presenciado a mãe em uma situação daqueles. A troquei de Colégio e espero pela guarda dela, apenas eu e Beatriz sabemos disso. A mesma não concorda em tirar Sam da mãe, mas a ignorei. Tudo sairá quando Manuella acordar e melhorar.

- Papai, eu só vou ver ela hoje? - Perguntou, enquanto esperava uma informação da recepcionista do hospital.

- Não, pequena. Se quiser pode vir qualquer dia. - Respondi segurando sua mãozinha e a olhando.

Há semanas que não vejo sorridente assim. Meu emocional não está preparado para ver minha morena naquele estado. Saudade que sinto me toma, ansiedade me corroe, o medo me domina. Por um lado, fui totalmente covarde em não vir visita-la nos dias anteriores em que estava pior sua saúde -já que saiu do coma e apenas dorme com a sedação- e não tive coragem. Beatriz disse que estava pálida e com marcas muito fortes, não aguentaria vê-la assim e saber que eu quem as deixei.

A recepcionista simpática da entrada do maior e melhor hospital de LA, me deu a informação que precisava e eu subi com Sam para o andar em que Manu estava internada. Chequei o número do quarto e bati na porta duas vezes a espera de que alguém abrisse, mas quando toquei na maçaneta, a porta foi aberta e um médico, aparentemente cinquenta anos, nos cumprimentou avisando que era responsável por ela e perguntando o que éramos da paciente.

- Minha mamãe está bem? - Perguntou ansiosa e sorridente, tentando ver a mãe pela brecha da porta.

- Está bem melhor. - Sorriu, o médico. - Devo lhe dizer, senhor Brachmann, que sua esposa é uma mulher muito forte. Demos nosso melhor em seu estado grave e aqui estamos. Agradecendo aos céus por não termos perdido mais duas vidas valiosas. -

Eu sorri. Sorri amplo com sua declaração do estado de minha morena, que apesar da raiva que sinto bem no fundinho do coração, é minha. Sempre será. Agora, só não entendi a parte de duas vidas... Deve ser a Camila.

- Está sedada, e aos poucos estamos reduzindo a dose. Pois está evoluindo em sua recuperação. Em minutos terei de voltar para fazer os exames pulmonar de praxe dentre estes dias. - Olhou e alguns papéis que tinha na mão. - Trouxemos uma obstetra especializada e não houve nada com o feto. Salvo que a mãe -sua mulher- tenha sido asfixiada, não prejudicou no seu desenvolvimento... - Ele continuou falando do estado do feto, mas estou tentando assimilar o que ele disse, não prestei mais atenção tentando entender suas palavras.

Prometidos. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora