Desconhecido.

5.7K 239 16
                                    


as mídias de vídeo que eu colocar, algumas serão apenas para descontrair e curtir a melodia lendo (quem conseguir) e algumas serão para focar na letra junto com o capítulo.

desejo a vocês uma boa leitura!

beijos!

_____

- Filha, amanhã de manhã eu e seu pai não vamos ficar em casa até o fim da tarde, eu vou em algumas reuniões e seu pai pra empresa. E você vai ficar com o filho de uma amiga do seu pai. Ele não é muito velho, e pro seu pai o menino aparenta ser responsável. Como seu pai conhece a mãe do menino a um bom tempo e viu o menino crescer e confia, praticamente, sei que posso confiar também. Então, só quero que se comporte e que o obedeça. Sei como é seu gênio. - Minha mãe disse enquanto jogava a manta sobre meu corpo.

Quê?

- Não conheço ele! Como vou passar o dia com um menino que eu não conheço? - Digo exasperada com o que acabo de ouvir.

- Seu pai viu o menino crescer e confia nele. E não podemos deixar você sozinha o dia todo e seu pai não quer deixar você ir e voltar sozinha da escola. Sabe como ele é, super protetor quando a questão é você. O menino deve ser legalzinho por ser jovem também. Conversei com ele ontem e ele vem de manhã para te levar à escola, sua escola não é caminho do meu novo trabalho e eu não vou te levar. -

- Mãe, eu não quero! Por favor! Não me deixa com um desconhecido, eu posso ficar sozinha. - Ela me olha meio cabisbaixa.

- Eu realmente não queria, filha, mas seu pai quem manda. O menino vai ser legal com você. - Ela me dá um beijo na testa. - Vá dormir se não vai se atrasar amanhã para o seu primeiro dia de aula. Boa noite. - Caminha até a porta e paga a luz.

Não digo nada por estar brava com ela e meu pai. Me deito corretamente na cama assim que vejo minha mãe sair e fechar a porta.

Mas que diabos eu vou ter que ficar o dia todo com um garoto que eu não conheço? Não faço a mínima ideia de como ele é. Imagina se ele for um estuprador e meus pais não sabem? Espero que seja bonito pelo menos. Mas por que minha mãe não falou com meu primo? Ele também não é tão velho, tem 27 anos. E é super legal comigo, pelo menos o conheço, mesmo estando a um tempão sem vê-lo. E outra, eu sei me cuidar, não preciso de menino nenhum para estar na minha cola todos os dias.

Continuei com aqueles pensamentos de como seria o menino e o meu dia ao lado de um estranho e como seria meu dia primeiro dia na escola. Não preciso de babá. Admito estar um pouco nervosa, não muito como já fiquei algumas vezes quando ia estudar em escolas de outros países. Aqui sei que tem uma pessoas que conheço e que vai estar lá. Com esses pensamentos acabei adormecendo.

Acordei com meu celular despertando. Odeio do fundo do meu coração esse despertador. Tenho vontade de arremessá-lo pela janela. Mas estava atrasada pra aula pra fazer isso. Levantei, fiz minhas higienes matinais, me vesti com o uniforme da escola, um short-saia meio curto. Coloquei uma blusa branca só com o nome da escola bordado no lado esquerdo do meu peito, coloquei uma sapatilha preta e fiz um rabo de cavalo no cabelo. Desci as escadas. Minha mãe já não estava em casa e nem meu pai. Quando cheguei ao fim da escada vi um homem sentado na poltrona na sala, que ficava de costas pra escada. Senti um friozinho na barriga, mas continuei andando até a cozinha fingindo não estar vendo. Estava de costas, ambos. Obviamente não vi como ele era ainda, mas sei que é loiro.

- Oi, bom dia. - A voz meio grossa e suave ao mesmo tempo, disse. Ouvi os passos dele se aproximando.

- Bom dia. - Respondi sem ânimo e secamente.

Peguei um copo e virei a jarra que estava em cima da mesa fazendo o suco cair no mesmo. Me virei tendo uma visão do menino a minha frente.

- Manuella, né? Não me conhece ainda. Sou eu quem vou ficar com você até seus pais chegarem e também vou te levar pra escola agora... Acredito que esteja atrasada. - Ele disse quase sem pausa, parecia que tinha ensaiado aquilo pra dizer aqui na minha frente, menos a parte de que eu estava atrasada o que não era mentira.

Ele não era feio e tinha cara de ser novinho, talvez 19 anos. Ele tinha os cabelos loiros desgrenhados, olhos azuis hipnotizantes, maxilar bem marcado, magro, alto e usava uma calça preta, um tênis de camurça preto, uma blusa de moletom cinza com um desenho estampado na frente que não dei importância em saber o que era.

- É. Já sei. - Tomei meu suco rapidamente. - Vamos logo. -

- Sim. - Me respondeu sem tirar os do meu corpo.

Reviro meus olhos quando percebo seu olhar e ando até a porta, logo em seguida ele.

Idiota.

Caminhamos com pressa pra escola -que não era longe-. Ele não estudava de manhã pelo jeito. Não conhecia nada sobre ele, realmente, não sabia o nome e nem idade que é o mais básico. Não estava muito bem humorada para perguntar qualquer coisa a ele ou para responder. O silêncio entre nós é quebrado quando ele resolve me perguntar algo.

- Você está em que série? - Ouço sua voz rouca enquanto andávamos em passos largos e rápidos.

- Primeiro ano do ensino médio. - O respondi com curta e grossa.

Ele arregalou os olhos surpreso, não sei se foi por causa da minha resposta ou meu tom de voz, mas que se foda! O homem não me perguntou mais nada, o caminho foi silencioso. Logo chegamos no colégio, não era tão longe, mas estava cansada por andar rápido.

- Na saída venho para te buscar. - Ele disse assim que paramos em frente o portão do colégio.

- Não precisa. Sei o caminho de volta. -

- Isso agora é meu dever, que fique claro. - Falou calmo.

- Idiota. - Murmurei.

Virei de costas pra ele antes de ouvir sua voz me rebatendo. Não estava em clima pra discussão esse horário da manhã. Eu realmente não queria, não precisava dele no meu pé, sei me cuidar muito bem.

Passei pelo pátio quase vazio já que a maioria do pessoal havia entrado em suas salas. Entrei na sala que minha mãe tinha me dito no dia que fez minha matrícula. Uma professora de meia idade e baixinha estava conversando com os alunos. Me olha quando coloco os dois pés dentro da sala.

Prometidos. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora