Her Teacher (Muke Clemmings)

59 - Bem...

Mabel On...

Estamos no hospital de novo, mas desta vez é por causa da Dakota. Os médicos falaram que ela vai ter que ficar internada por uns dias, e o papai disse que ela vai ter toda a assistência possível, porque o que fizeram com ela foi algo horrível.

Ela está dormindo nesse momento. Sua mãe está sentada na poltrona ao lado da cama chorando. Isso é muito triste.

-Mabel, vamos pra casa. - papai Luke diz chegando ao meu lado. - Já falamos com os médicos, ela precisa descansar.

-O que fizeram com ela? - pergunto baixo sem desviar os meu olhar da moça de pele negra deitada sobre a cama com alguns curativos no rosto e com uma agulha presa ao seu braço.

-Ela foi estuprada. - ele diz mais baixo ainda do que antes.

-Como assim? - pergunto olhando para ele.

-É quando alguém força a outra pessoa a ter relações sexuais. - o olho confusa. Ele bufa. - É quando alguém usa violência para fazer sexo com alguém.

-Isso, isso é horrível. - digo triste. Papai coloca a mão no meu ombro me guiando para fora do quarto.

Seguimos pelo longo corredor do hospital. Papai Mike está na recepção falando com um médico e uma moça bem parecida com a Dakota.

-... ela vai precisar de acompanhamento psiquiátrico e que alguém fique com ela pra não a deixar sozinha. - o médico diz.

-Bom, a empresa vai arcar com tudo o que foi preciso para o bem da Srta. Martin. - papai diz para a moça.

-Eu vou cuidar dela. - a moça diz com um sorriso fraco. Seus olhos estão vermelhos. - Ele foi preso? - ela pergunta.

-Sim. Ele foi pego em flagrante. - o papai responde passando as mãos pelos cabelos descoloridos. - A polícia já estava a procura dele por outros casos de estupros e homicídios.

Solto um suspiro pesado e sigo para saída do hospital. Quando chegamos em casa, vou direto para o meu quarto, me deito em minha cama olhando para o teto pensando em como pode haver pessoas más no mundo. Como alguém é capaz de machucar uma pessoa, fazer ela sofrer?

Sinto pena da Dakota. Ela não merece isso. Ninguém merece.

Papai Mike bate na porta do meu quarto.

-Posso entrar? - murmuro um sim e logo ele entra se sentando na beira da cama. - Quer conversar? - nego com a cabeça.

Ele fica sentado ao meu lado brincando com o meu cabelo. Ele parece realmente triste.

-Ela vai ficar bem. - murmuro fazendo ele me olhar. - Ela vai melhorar.

-Eu espero. - papai diz suspirando. Ele se deita ao meu lado olhando para o teto. - Sabe Bel, a vida não é fácil. Temos que enfrentar coisas absurdas o tempo todo. - olho para ele que deixa uma lágrima escorrer, mas a seca rapidamente.

-Eu sei disso. Olha quanta coisa a gente já passou. Tudo o que a gente viu. Nada é fácil. - falo olhando para ele.

Ficamos em silêncio, apenas olhando para o teto. Papai Luke entra no quarto e se deita no lado vazio da cama.

-Vocês querem um chá ou algo assim? - ele pergunta abraçado em nós dois. Nego assim como papai Mike.

Acabo dormindo entre os dois que me abraçam.

Luke On...

Depois que Mabel e Michael dormiram, me levantei da cama e fui olhar a escrivaninha do quarto, onde Mabel sempre deixa seus materiais de pintura e de escola. Vejo seus desenhos jogados pela mesa, com vários lápis e pinceis sobre eles.

Cuido para não fazer barulho para não acordar nenhum dos dois. Continuo olhando os desenhos, sendo que um deles me chama a atenção.

Duas meninas sentadas de baixo de uma árvore, uma delas com os cabelos escuros e a outra com o cabelo loiro com as pontas avermelhadas. Acredito que sejam Charlie e Mabel quando eram menores, pois a semelhança é tanta.

Organizo a escrivaninha, deixando tudo nos devidos lugares. Saio do quarto e vou para a sala, pego meu celular e abro o Facebook para me distrair um pouco.

Michael logo aparece na sala se sentando ao meu lado.

-Achei que estava dormindo. - digo desviando a atenção do aparelho para meu marido.

-Só dei uma cochilada. - ele fala baixo encostando sua cabeça no meu ombro. - A proposta do chá ainda está de pé?

-Aham... Vai querer chá de que? - acaricio seu rosto com as pontas dos meus dedos.

-Me surpreenda. - sinto um pequeno sorriso se formar no seu rosto. Ele vai ficar bem.

CONTINUA?