69 - O Fim!

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Michael On...

Entro no quarto do hospital vendo meu pai sentado na poltrona ao lado da maca onde Rose está deitada.

Sua pele está mais pálida e sua olheiras estão muito aparentes, mas é possível ver um pequeno sorriso no seu rosto.

-Rose? - ela me olha e o seu sorriso aumenta.

-Michael! - me aproximo da maca. - Que bom que está aqui.

-Você está bem? Eu trouxe essas flores para você. - digo mostrando o ramo de tulipas.

-Estou sim. Só uma perna quebrada e um ombro deslocado, mas estou bem. - coloco as flores na mesinha ao lado da maca. - Ah! As flores são maravilhosas.

-São mesmo. Meu marido que as escolheu. - sorrio de lado ao mencionar que Luke havia me ajudado na escolha das flores. Por alguns instantes percebo que Daryl, meu pai, havia saído do quarto. Me sento no lugar onde ele estava antes.

Um silêncio se instala no lugar. Mas minha consciência grita para eu falar algo, a final, a mulher ao meu lado é minha irmã.

-Bem, acho que não fomos devidamente apresentados. - digo meio nervoso. - Eu sou o Michael Hemmings-Clifford.

-Rose Mary King. - ela estende a mão para mim. - Então, Michael, me fale um pouco sobre você. Preciso conhecer melhor o meu irmão mais novo. - ela se ajeita melhor na maca, em uma forma na qual podemos conversar melhor.

-Não há muito o que falar... - na verdade eu tenho muitas coisas para falar, mas quero a preservar disso.

-Claro que tem. Quantos anos você tem? - Rose me observa.

-Trinta e quatro. E você? - ela me olha surpresa.

-Achei que você fosse mais novo. Tenho quarenta anos. - ela parece ser mais nova também. Bom, deve ser a genética dos Clifford.

Depois de um tempo conversando, me despeço dela e volto para casa junto de Luke que ficou me esperando na entrada do hospital.

-Eu odeio esse lugar. - digo assim que entro no carro.

-Eu sei que odeia. - ele sorri de lado antes de beijar minha bochecha. - Vamos embora.

MESES DEPOIS...

-Então, como vai ser?

-Você vai assumir a empresa, eu vou abrir uma loja de instrumentos musicais e vou seguir minha vida.

-Parece tão fácil com você falando assim.

-Mas é. O pai disse que assim que ele morresse, a gente decidia o que ia fazer. - Rose me olha sorrindo de lado.

-Tenho certeza que ele ia ter muito orgulho disso. - a abraço apertado antes que mais lágrimas escorressem pelo seu rosto. - Michael, seja o que for, não desista.

-Nunca! - sussurro a abraçando mais ainda. - Agora, assina logo esse contrato e vamos seguir nossas vidas.

Ela assente sorrindo ao me soltar.

Daryl Clifford, nosso pai, faleceu a uma semana devido ao seu câncer que se espalhou pelo seu corpo, logo após tudo ter se acertado entre nós todos. Rose e eu conversamos e chegamos em um acordo sobre ela ser a nova presidente da empresa e eu não trabalhar mais lá, mas ainda tendo uma certa porcentagem sobre a empresa. Continuaria ganhando o mesmo pela empresa na qual trabalhei por anos e por ser filho do dono do fundador da mesma.

Her Teacher (Muke Clemmings)Onde histórias criam vida. Descubra agora