Capítulo 03

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Oliver Macedo

Hoje cedo quando acordei, minha mãe avisou que encontrou meu irmão no supermercado e que ele quer me ver, eu não posso acreditar, não vejo ele a anos

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Hoje cedo quando acordei, minha mãe avisou que encontrou meu irmão no supermercado e que ele quer me ver, eu não posso acreditar, não vejo ele a anos. Minha mãe quando casou com o pai dele, tínhamos sete anos. Fomos uma família feliz até nossos 15 anos, depois disso, eles separam e o pai dele o levou embora, desde então perdemos totalmente o contato. Não sei em que espécie de homem ele se formou e muito menos ele sabe no que eu me tornei, o braço direito da máfia, o conselheiro do Don. Ele teria orgulho de mim?

— Filho você nem pensa em abrir a boca sobre o seu trabalho hein? Minha mãe falou mexendo o pó do café.

— É obvio né mãe, acha que eu vou falar... e aí irmão sou o conselheiro da máfia, se liga mãe. — Disse enfiando um pedaço de pão na boca.

— Ele está tão lindo, tão grande, forte. — Minha mãe disse suspirando e passando a mão pelo corpo.

— Ei mãe, sossega esse facho, ele praticamente foi seu filho. — Minha mãe era uma mulher muito bonita, ela ganhava a vida trabalhando nas noites, não a julgo, mas quem sabe se eu morasse com o senhor Alberto, eu não teria me tornado alguém melhor? Mas não posso reclamar, ela fez o que pode para me criar, nunca me deixou faltar nada. Ela pagou uma faculdade pra mim. Tá surpreso? Não é porque eu sou bandido que eu preciso ser burro, antes de entrar para a máfia eu me formei em administração de empresas, mas sabe como é a tentação de ganhar dinheiro fácil, né. Não comecei como os outros na máfia como soldado, porque eu tinha uma certa ligação com o 1º Don, na verdade minha mãe tinha e eu fiz faculdade com o filho do Don o atual chefe da máfia. Então foi por vínculos de amizade que eu ocupei o posto que tenho hoje, conselheiro da excelência, ou Don ou chefão da máfia como queiram chamar.

— Ai Zinho, só to falando que ele está gostoso. — Ela disse trazendo a garrafa de café pra mesa.

— Zinho. — Disse esse nome, me sentindo nostálgico. — Que saudade dessa época, Oliverzinho, ele insistia em me chamar assim, oliverzinho, zinho, se sentia o irmão mais velho sendo que tínhamos a mesma idade. O desgraçado roubava altas minas de mim, porque era maior. Bons tempos! — Quando senti meus olhos molhados, me levantei. — Agora chega dessa putaria de saudade, porque eu tenho que trabalhar. E ele disse quando viria?

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