Capítulo 16

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Arthur

Octavio avisou que hoje teria uma reunião fechada no galpão verde, na qual ele não fora convidado e ele me disse também, que provavelmente estariam todos os membros do administrativo da união, incluindo o Don. Preparei os meus melhores homens e fomos para o local, hoje a casa cai pra esse filho da puta. Que eu me nego a acreditar que seja uma mulher. A detetive Sheron descobriu que o Don 1º tinha uma filha mulher, porém não precisa ser necessariamente ela o Don, é impossível uma mulher conduzir uma máfia tão organizada quanto a União. Mas hoje eu pego o desgraçado, e ele vai se foder na cadeia. Porque por causa desse filho da puta, eu preciso manter distância da minha diaba, por causa desse porra, eu preciso estar focado na investigação, ao invés de estar focado em fazer a minha diaba gozar.

Don

—Qual é essa revelação? –Tolledo perguntou com seus braços cruzados em frente ao gigantesco peitoral.

—Está quase na hora de irmos àquele lugar, Excelência. –Oliver me avisou.

—Não vamos mais. –Oliver me olhou, sem entender. —Gente como vocês sabem, eu cresci sendo odiada pelo meu pai por ter sido a causa da morte da minha mãe, isso me fez fechar o coração para filhos, nunca pensei em ter um e se acontecesse eu tiraria, porém aconteceu, eu estou gravida e não vou tirar. –Todos me encaram boquiabertos.

—Que porra Diana. –Tolledo gritou, me chamando pelo nome, e isso me deixou muito zangada.

— OLHA O RESPEITO COMIGO TOLLEDO, COMO TU OUSAS A PRONUNCIAR O MEU NOME? –Disse apontando minha arma pra ele. Ele se encolheu diante da ameaça.

—Desculpa, mas como assim? Eu achei que esse seu casamento era só fachada, como você pode engravidar dele?

—Não é do Octavio, e vocês estão proibidos a falar desse assunto, eu vou ficar uns tempos fora para pensar sobre o que vou fazer daqui pra frente, Tolledo você ficará no meu lugar, mas ai de ti se fazer algo que venha contra o que eu digo, acabo com você depois.

—Eu serei o chefe? –Tolledo não escondeu a euforia.

—Enquanto eu estiver fora sim, mas você vai prestar conta a mim. –Ouvimos tiros e nos assustamos.

—Droga. –Tolledo entrou em contato com a vigilância. —Don, a polícia está aqui, prenderam cinco soldados na entrada, dois estão baleados e estão entrando. –Nos apavoramos.

—Porra, como eles ficaram sabendo da reunião, caralho tem um filho da puta passando informação, encontre-o e acabe com ele. –Gritei. Oliver segurou meu braço.

—Vem comigo.

—Tolledo. –Chamei antes de sair.

—Não se preocupe, eu vou escapar. –Saquei minha arma, Oliver também e fomos em direção aos fundos do galpão, tomando todo cuidado, subimos as escadas correndo e eu já podia ouvir a voz do Arthur rendendo alguns dos meus homens, meu coração apertou, corremos em direção a uma saída secreta pelos fundos do galpão abandonado, Oliver foi na frente olhou, a estrada estava limpa, me deu o Ok e eu ergui a tampa da saída de emergência, logo atrás veio Oliver, olhamos para os lados, armados até os dentes, e pegamos o carro que ficava ali por precaução e seguimos em direção a minha casa, nessa hora Octavio não estaria em casa.

—Te espero? –Ele perguntou, olhei nos olhos dele, com os meus cheios de lagrimas.

—Olha, tudo aconteceu fora do planejado, eu não contava com essa invasão. Cuida da minha empresa pra mim, vou pegar umas coisas e vou sumir por uns tempos, cuida para que Tolledo não faça nada com Arthur, e cuida o máximo pra não ser pego, eu te amo Oli, como se fosse meu irmão. Tudo vai dar certo. –Uma lagrima caiu de seus olhos azuis e nos abraçamos. Eu entrei em casa, peguei uma mala com coisas e escrevi uma carta para Octavio e fui para o aeroporto.

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