Capítulo 18

885 84 10
                                    


Arthur

Uma semana se passou, depois que eu li a carta e tudo que eu tenho feito é procurá-la, conseguimos acesso aos voos daquele dia, 19/05, revi os voos a partir da data da minha carta e de Octavio e o nome dela estava no voo a Boston, 16:00.

—Boston, ela está em Boston. –Disse animado, Octavio me abraçou.

—Obrigado, cara, obrigado eu vou atrás dela.

—Vou com você.

—Não, você tem que ficar, pegar depoimentos dos membros da administração que foram presos, você fica e eu trago a minha mulher de volta. –Aquilo foi como uma faca no meu peito, eu até gostaria de ir atrás dela, mas ela tinha um marido, e agora quem iria atrás dela era ele e não eu.

—Você tem razão.

Octavio embarcou no dia seguinte para Boston, e eu comecei a tirar daqueles desgraçados coisas.

—Quem são os parceiros? –Disse encarando o filho da puta do Marcão.

—Eu não sei.

—PORRA, EU NÃO TENHO PACIENCIA, PARA O SEU PROPRIO BEM, EU QUERO NOMES, E EU SEI QUE VOCÊ SABE. –Disse com a arma na cabeça dele, o grandalhão tremia igual uma mulherzinha.

— TÁ TÁ TÁ, EU FALO, Juiz Ferreira, é nosso aliado, empresário Thomas cunha, Deputado Cezar coelho....... –Ele foi revelando vários nomes, que já estavam na nossa mira, isso era a confirmação.

—E agora o Don, quero nome.

—Eu não sei, eu juro.

—Sem paciência, eu já perdi o que eu mais amava mesmo, pra te enfiar um balaço é dois toques, quem é a porra do Don. –Disse engatilhando a arma e encostando em sua cabeça, ele levantou as mãos.

—EU JURO, EU JURO, ninguém sabe, ele sempre usava disfarce. –Me afastei do desgraçado antes que eu perdesse a cabeça.

—O que você sabe sobre Charles Mangono, trabalhou pra ele?

—Na época do Mangono eu era soldado apenas, nunca o vi também.

—Ele tinha uma filha, você conheceu?

—Não, nunca ninguém viu a senhorita Mangono. Por favor, eu já disse tudo o que eu sabia.

—É ela que está comandando a união?

—NÃO SEI. –Ele disse chorando quando puxei o gatilho novamente.

—Porque eu tenho a impressão que você sabe? –Dei uma porrada na cara dele, e ele levantou as mãos em rendição.

—Tá BOM, tá bom, sim é ela, senhorita Mangono, mas eu nunca a vi, isso eu juro.

—Onde ela está? Onde fica o paradeiro dela?

—Nossos encontros eram sempre no galpão, agora depois da invasão não sei onde vão encontra-la mais.

—Levem ele, já é o bastante. –ENTÃO A PORRA DE UMA MULHERZINHA É QUE COMANDA O CARALHO DA MAFIA? A VAI SE FODER, EU NÃO VOU SER FEITO DE BOBO POR UMA MULHER.

Duas semanas depois Octavio voltou.

—Encontrou ela? –Perguntei assim que ele colocou os pés na minha sala.

—Eu procurei por toda Boston, eu verifiquei os voos da semana e nada dela, eu saí nas ruas mostrando a foto e nada dela, ela apagou totalmente o rastro por Boston.

UNIÃO PERIGOSAOnde histórias criam vida. Descubra agora