Capítulo 40

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Diana

Os meses foram passando e a construção da nossa casa estava a todo vapor, Arthurzinho tinha acabado de completar seis meses, e estava a coisa mais esperta do mundo, faltava pouco para inaugurarmos a mansão Ceccato, e até agora eu não sei de onde Arthur tirou tanto dinheiro para investir nessa propriedade, tá que ele é um delegado muito bem sucedido, mas ele pagou as coisas tudo sozinho, será que ele tinha alguma herança, ou alguma coisa assim? E quanto a nós estar morando junto, está sendo incrível, tirando o jeito irritante dele de andar molhado pelo quarto, molhando o chão, dele jogar a toalha molhada em cima da cama e deixar um copo em cada cômodo da casa, tirando essas coisas está tudo mil maravilha. Hoje ele pega férias e vamos para São Paulo, onde o pai dele está morando, ele quer me mostrar a faculdade onde ele estudou com William, a antiga delegacia que ele cuidava, e depois vamos para Gramado conhecer a família dele, confesso que estou com frio na barriga, e também estou com medo do frio, porque estamos no inverno e segundo notícias sobre Gramado até nevou lá, ai meu Deus.

—Pegou tudo as coisas? –Ele perguntou, olhando o celular.

—Sim. Dona Salete está pronta?

—Sim, podemos ir. –Arthur colocou Arthurzinho na cadeirinha e iniciamos a viajem. Para São Paulo fomos de carro, dona Salete veio com a gente para cuidar do pequeno. Liguei o som do carro e as músicas que ele ouvia, ai senhor eu quase morri de rir, eram músicas gauchescas e ele começou a cantar junto.

—Essa é pra gurizada que gosta de pegar cedo no serviço, das 10 horas em diante, 11 horas, meio dia....... –Ele cantava e eu me acabava de rir, muito legal a música.

—QUEM QUE CANTA? –Gritei por cima da música no último volume, Arthurzinho balançava as mãozinhas.

—GAÚCHO DA FRONTEIRA, OLHA ESSA PARTE. –Ele começou a cantar. —Quatorze mês na barriga não nascia de vadio. –Eu gargalhei. —Dormia sempre sentado de preguiça de deitar..... Me dá até uma dor nas perna quando vejo um trabalhando. –AI senhor me doía a barriga. —Eu durmo de olho aberto, não fecho só de preguiça. Mimosinho das guria, bonitinho que é um jasmim.

—Cala boca Arthur, não cante junto, que eu to morrendo de rir. –Ele se acabava de rir, foi uma viajem muito prazerosa, e até chegarmos eu estava cantando junto a música pra lá de vadio, que eu amei. Chegamos em um condomínio de classe alta, paramos em frente a um portão enorme, Arthur apertou em um controle e entramos, nossa a casa era maravilhosa. —É sua? –Perguntei, ele sorriu e assentiu.

—Minha e do pai. –Entramos em casa, o senhor Alberto veio até nós, abraçou o Arthur, em seguida me abraçou e pegou Arthurzinho do meu colo.

—E como que tu te comportou guri? –Ele disse beijando Arthurzinho. —E essa prenda guapa quem é? –Meu sogro disse olhando para dona Salete.

—Essa é a dona Salete velho, ela nos ajuda a cuidar do nosso guri. –Arthur disse, ele sorriu e beijou a mão dela, dona Salete ficou toda vermelhinha.

—Prazer te conhecer, mas se abanquem por aí, gente. –Eu olhei para Arthur, e ele sorriu e me conduziu para sentarmos, ah então abancar quer dizer sentar. —Fico feliz de receber vocês aqui, bah Arthur depois que foi para o Rio de Janeiro, esse tranqueira não voltou mais aqui.

O dia passou tomei chimarrão, e ui era amargo, mas fingi que estava gostando para não dar desfeita, só observo dona Salete trocando olhares com o sogrão, a noite quando estávamos indo para os quartos, dona Salete veio cochichar comigo.

—Meu Deus do céu, esse teu sogro é um tesão de homi, misericórdia o que é esse sotaque?

—E acho que o velho gostou da senhora.

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