Capítulo 25

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Arthur

Meu Deus, não era possível, não pensei duas vezes e entrei no tribunal, Diana estava com os olhos arregalados vendo o homem que estava sendo empurrado em uma cadeira de rodas até o local onde daria seu testemunho, o auditório começou a falar uns com os outros não acreditando no que estava acontecendo, e em instante um tumulto começou, caminhei até me assentar do lado de Octavio no auditório, os olhos de Diana se desviaram do velho senhor em sua frente e invadiram o meu, nesse momento vi lagrimas em seus olhos, e em seguida ela desviou os olhos de mim olhando para o senhor que tomou seu lugar, o juiz bateu o martelo.

—Silencio no tribunal.

—Ah você veio? –Octavio disse, surpreso.

—Meu Deus, ele? —Eu estava boquiaberto.

—Soraya está em uma sala separada, também vai prestar depoimentos, eu fui no banheiro e a encontrei, ela me pediu ajuda porque eles tinham que testemunhar, então comuniquei a um dos servidores que avisaram ao Juiz.

—Meu Deus, é inacreditável.

—Você devia estar aqui desde o começo ouvindo tudo que Diana revelou, você iria se arrepender até o ultimo de tê-la julgado tanto.

—Eu estava, eu ouvi tudo. –Disse com pesar.

—Que bom, assim você vê o quanto estava errado.

—Ordem no tribunal, iremos proceder a seguir com o depoimento de CHARLES MANGONO, para quem não o conhecia aqui está ele, Charles morreu à seis anos em um suposto acidente de carro em conflito com a polícia, ele era procurado e foi dado como morte após uma explosão no automóvel que usava, porém nunca foi encontrado restos mortais. A promotoria tem perguntas?

—Sim, Senhor Charles, o carro de fato explodiu, e aconteceu o acidente, e provavelmente o senhor não conseguiria sair do local sem contar com ajuda, você alega ter tido ajuda para sair do local? Quem o ajudou?

Diana

Meu Deus ainda estava difícil de acreditar, meu pai está vivo? Ai meu Deus será que ele veio pra ferrar mais a minha vida? Todas as coisas que falei dele, e se ele tentar alguma coisa contra mim? E Arthur, chegou agora, menos mal assim ele não tem que ficar sentindo pena de mim, se caso ele tenha coração e sinta.

—Sim tive ajuda.

—Quem te ajudou?

—Uma amante minha.

—Sem mais perguntas, meritíssimo.

—Defensoria alguma pergunta? –O juiz questionou.

—Sim, senhor Charles Mangono, quando você praticamente obrigou a sua filha a assumir a união, você tinha em mente forjar sua morte, ou de fato aconteceu o acidente e você conseguiu escapar com a ajuda de sua amante?

—É obvio que eu tinha em mente, eu tinha tudo esquematizado, eu odiava muito a minha filha porque eu na época sofria com a perda da minha mulher, eu a culpava por sua morte, e vendo a espécie de mulher que ela estava se formando eu me incomodei, Diana era muito fácil de entrar na mente, ela era traumatizada pelo fato de eu sempre acusa-la da morte de sua mãe, então era só eu fazer uma pressão psicológica que ela aceitava rápido. –Eu o odiava, minhas lagrimas não paravam, desgraçado, eu achei que ele tinha morrido e agora está aqui, arrogante como sempre.

—Primeiro eu a fiz casar com um dos meus soldados, mas ela bateu o pé e não casou, eu odiei isso e mais tarde a fiz casar com Octavio Gutemberg, ele era novo um alvo fácil para colher informações da prefeitura, mas Diana foi estudar, e parecia feliz, fez faculdade, ela e meu outro filho que eu nunca assumi, Oliver, eles estavam se tornando pessoas de bem, e eu não aceitei isso, eu achava que ela deveria seguir o crime porque era o mínimo que ela poderia fazer, depois de ter matado a mãe, então com mais uma pressão psicológica eu a obriguei a assumir a máfia e nesse dia eu já estava com tudo preparado, vou dizer o nome de quem me ajudou porque ela mesmo aceitou e está aí fora para responder também a quaisquer perguntas e posteriormente um processo, Soraya Macedo, combinei com ela um plano e ela deveria estar no local para me pegar e assim fugirmos, atrai os policias e assim iniciou aquela perseguição, eu atirei no delegado matei ele, e em seguida no local combinado eu pulei do carro antes que ele se chocasse com a mureta, causando assim o capotamento e a explosão, fomos para o interior do Paraná, e lá eu vivi com identificação falsa.

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