Arthur
Meu Deus, não era possível, não pensei duas vezes e entrei no tribunal, Diana estava com os olhos arregalados vendo o homem que estava sendo empurrado em uma cadeira de rodas até o local onde daria seu testemunho, o auditório começou a falar uns com os outros não acreditando no que estava acontecendo, e em instante um tumulto começou, caminhei até me assentar do lado de Octavio no auditório, os olhos de Diana se desviaram do velho senhor em sua frente e invadiram o meu, nesse momento vi lagrimas em seus olhos, e em seguida ela desviou os olhos de mim olhando para o senhor que tomou seu lugar, o juiz bateu o martelo.
—Silencio no tribunal.
—Ah você veio? –Octavio disse, surpreso.
—Meu Deus, ele? —Eu estava boquiaberto.
—Soraya está em uma sala separada, também vai prestar depoimentos, eu fui no banheiro e a encontrei, ela me pediu ajuda porque eles tinham que testemunhar, então comuniquei a um dos servidores que avisaram ao Juiz.
—Meu Deus, é inacreditável.
—Você devia estar aqui desde o começo ouvindo tudo que Diana revelou, você iria se arrepender até o ultimo de tê-la julgado tanto.
—Eu estava, eu ouvi tudo. –Disse com pesar.
—Que bom, assim você vê o quanto estava errado.
—Ordem no tribunal, iremos proceder a seguir com o depoimento de CHARLES MANGONO, para quem não o conhecia aqui está ele, Charles morreu à seis anos em um suposto acidente de carro em conflito com a polícia, ele era procurado e foi dado como morte após uma explosão no automóvel que usava, porém nunca foi encontrado restos mortais. A promotoria tem perguntas?
—Sim, Senhor Charles, o carro de fato explodiu, e aconteceu o acidente, e provavelmente o senhor não conseguiria sair do local sem contar com ajuda, você alega ter tido ajuda para sair do local? Quem o ajudou?
Diana
Meu Deus ainda estava difícil de acreditar, meu pai está vivo? Ai meu Deus será que ele veio pra ferrar mais a minha vida? Todas as coisas que falei dele, e se ele tentar alguma coisa contra mim? E Arthur, chegou agora, menos mal assim ele não tem que ficar sentindo pena de mim, se caso ele tenha coração e sinta.
—Sim tive ajuda.
—Quem te ajudou?
—Uma amante minha.
—Sem mais perguntas, meritíssimo.
—Defensoria alguma pergunta? –O juiz questionou.
—Sim, senhor Charles Mangono, quando você praticamente obrigou a sua filha a assumir a união, você tinha em mente forjar sua morte, ou de fato aconteceu o acidente e você conseguiu escapar com a ajuda de sua amante?
—É obvio que eu tinha em mente, eu tinha tudo esquematizado, eu odiava muito a minha filha porque eu na época sofria com a perda da minha mulher, eu a culpava por sua morte, e vendo a espécie de mulher que ela estava se formando eu me incomodei, Diana era muito fácil de entrar na mente, ela era traumatizada pelo fato de eu sempre acusa-la da morte de sua mãe, então era só eu fazer uma pressão psicológica que ela aceitava rápido. –Eu o odiava, minhas lagrimas não paravam, desgraçado, eu achei que ele tinha morrido e agora está aqui, arrogante como sempre.
—Primeiro eu a fiz casar com um dos meus soldados, mas ela bateu o pé e não casou, eu odiei isso e mais tarde a fiz casar com Octavio Gutemberg, ele era novo um alvo fácil para colher informações da prefeitura, mas Diana foi estudar, e parecia feliz, fez faculdade, ela e meu outro filho que eu nunca assumi, Oliver, eles estavam se tornando pessoas de bem, e eu não aceitei isso, eu achava que ela deveria seguir o crime porque era o mínimo que ela poderia fazer, depois de ter matado a mãe, então com mais uma pressão psicológica eu a obriguei a assumir a máfia e nesse dia eu já estava com tudo preparado, vou dizer o nome de quem me ajudou porque ela mesmo aceitou e está aí fora para responder também a quaisquer perguntas e posteriormente um processo, Soraya Macedo, combinei com ela um plano e ela deveria estar no local para me pegar e assim fugirmos, atrai os policias e assim iniciou aquela perseguição, eu atirei no delegado matei ele, e em seguida no local combinado eu pulei do carro antes que ele se chocasse com a mureta, causando assim o capotamento e a explosão, fomos para o interior do Paraná, e lá eu vivi com identificação falsa.
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UNIÃO PERIGOSA
RomanceArthur Ceccato, 34 anos, Gaúcho, com endereço em São Paulo, solteiro, PhD em direito, atua como delegado Civil na Grande São Paulo. Conhecido por sua supremacia em investigações em todo Brasil, vem sido observado a tempos pelo chefe da secretaria de...