Arthur
Depois do almoço estávamos todos sentados na área da piscina conversando, as mulheres estavam todas juntas e eu estava parecendo um idiota olhando como Diana ficava linda de mamãe, quem diria né, uma vez tivemos até uma pequena discussão e eu até fiquei um pouco desiludido, porque ela não queria ter filhos, e olha agora? Ela é uma ótima mãe, meu Deus, eu tenho que me casar com essa mulher o quanto antes, imaginem que linda seria nossa família, aí poderíamos ter uma menininha, que seria juíza, meu filho delegado e a menina juíza, meu senhor, já posso ver a cena, uma Dianinha toda autoritária igual a mãe, mas para a lei. Não gosto de admitir, não estou admitindo, caralho estou admitindo, Diana dando ordens é a coisa mais sexy do mundo, quando descobri que ela era o DOM, mesmo morrendo de ódio dela, eu vivia tendo fantasias com essa bandida, isso é muito sexy, um romance entre um cara da lei e uma bandida, ui deixa eu pensar no resultado da balística do assalto ao banco, para amolecer essa porra de pau que não se toca que está em público, caralho.
— Arthur, planeta terra chamando. –Todos gargalharam quando Octavio estalou os dedos na minha cara, bah pelo visto eles estavam me chamando a tempos já, e eu bem distraído.
—William, eu olho pra eles, e não é estranho? Tipo eles são todos amigos e um é ex do outro. –Eu olhei para a mulher inconveniente do William e autora desse comentário desnecessário. Diana me olhou e deu um sorrisinho e eu levantei de onde estava e me abanquei¹ perto da minha prenda, dei um beijo no rosto dela e peguei nosso filho.
—Pois é né, gurizada estranha. –GARGALHAMOS.
—Acho que os únicos aqui que não tem ex aqui no meio, somos eu e você né William. –Vi meu amigo balançar a cabeça diante ao comentário idiota dela e eu para zoar, comecei.
—Bah Vivente, tu não contou pra tua guria sobre aquele negócio?
—Que negócio porra. –Ele disse estranhando, Fernanda me encarou. Eu virei a mão e bem afeminado, comecei.
—Eu e esse guapo tivemos um caso na faculdade, ele me mandava até flores, bah estou ofendido, porque tu não contou sobre nós, paixão? –Disse fazendo que ia beijar ele, a turma se afinaram, ai ele entrou na brincadeira.
—É que eu te amei tanto, que é doloroso pra mim comentar sobre isso com alguém, mas agora Fer, cê já sabe, eu e o Arthur gostosão tivemos um caso de amor.
—E aí ele me viu e virou macho? E te trocou por mim William? –Diana disse rindo, e William olhou pra ela sério, depois começou a rir e brincou.
—Te odeio baranga, roubou o amor da minha vida. –Estávamos roxos de rir.
—Vão virar macho, seus trouxas. –Octavio disse indo e depois começamos a jogar cacheta e só saía palhaçada.
—Vê o Octavio não é ladrãozinho né. –Diana disse indignada por Octavio estar levando todas na cacheta.
—Eu nem to roubando, eu ganho porque sou o bonzão.
—Cala a boca, tá roubando na caruda, cabeça de marreco. –Meu Deus, quando a Diana chamou ele de cabeça de marreco, ninguém aguentou, aquilo tinha saído tão espontâneo, nós quase morremos de rir e daí em diante todo mundo começou a chamar Octavio de cabeça de marreco.
—Cabeça de marreco, ai não consigo respirar. –Disse afinado, tipo pode parecer sem graça, mas o jeito que ela falou, foi muito engraçado.
—Se quiser eu faço respiração boca a boca, lindo. –William disse.
—Teu cu. –Diana disse, fazendo aqueles olhos de peixe morto. Pronto, a negada caiu na gargalhada. —Gente acho que somos retardados, acabei de tirar essa conclusão. –Diana disse entre gargalhadas.
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UNIÃO PERIGOSA
RomanceArthur Ceccato, 34 anos, Gaúcho, com endereço em São Paulo, solteiro, PhD em direito, atua como delegado Civil na Grande São Paulo. Conhecido por sua supremacia em investigações em todo Brasil, vem sido observado a tempos pelo chefe da secretaria de...