Capítulo 32

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Diana

Entrei na sala e fiz trovejar.

—Solta ele agora sua vagabunda. –Gritei fazendo os dois me encararem perplexos, fui até ele, larguei meu filho no colo dele e quando vi tinha derrubado a vadia com um soco e estava em cima dela socando aquela cara magrela, era uma porrada atrás da outra e eu queria muito mais, puta desgraçada.

—PARA COM ISSO PORRA, JAIRO TIRA ELA. –O subdelegado me puxou e me tirou de cima da vadia que chorava igual uma puta.

—Sua vagabunda, DESGRAÇADA, ARTHUR, SEU DESGRAÇADO QUEM É ELA? FALA QUEM É ESSA PUTA? –Encarei ele, soltando fogo pelas ventas.

—Arthur quem é essa louca? –A galinha, cacarejou.

—Louca? VOCÊ NÃO ME VIU LOUCA AINDA SUA SECA MISERAVEL, SAI DAQUI ANTES QUE EU TE MATE COM MINHAS PROPRIAS MÃOS. –Ela arregalou os olhos pra mim, e eu estava com os braços cruzados, andando de um lado para o outro, só esperando o momento que Jairo saísse da frente, pra eu quebrar o restante da cara daquela galinha.

—PORRA DIANA, ISSO DAQUI É UMA DELEGACIA NÃO UM RINGUE. –O desgraçado disse, balançando meu filho no colo. Bicho horroroso.

—TAMPOUCO É UM MOTEL, SEU DESGRAÇADO, SAI DAQUI. –Gritei indo pra cima da magrela e ela saiu chorando arrumando o cabelo.

—Jairo cuida do meu filho, eu e essa louca temos que conversar. –Jairo saiu com o bebê e eu fiquei o encarando possessa, assim que a porta se fechou eu fui pra cima dele e soquei o peito dele, ele não moveu um passo, quando eu estava quase sem forças ele segurou os meus braços e me colocou sentada em cima da mesa, desgraçado, ele pensa que eu sou o que? Uma pena? —Calma, calma, o que foi isso Diana? –Ele disse colocando uma mão de cada lado do meu corpo, e me olhando nos olhos, meu peito subia e descia de tão nervosa.

—Você é um desgraçado, eu vou te matar, eu vou. –Disse respirando fundo e ele sorriu, me deixando ainda mais puta.

—E vai deixar nosso filho sem pai? –Droga, não isso não.

—EU VOU MATAR ELA, QUEM É AQUELA MISERAVEL ARTHUR? QUEM É?

—É uma amiga lá do Rio Grande, ela é modelo está na cidade, veio me ver e rolou o amasso.

— VOCÊ NÃO TEM VERGONHA NA CARA NÃO? COMO VOCE PODE ME BEIJAR, ME FAZER ACREDITAR QUE ME AMA, E DEPOIS SE ATRACAR COM OUTRA? VOCÊ IA COMER ELA ARTHUR? –Ele inclinou seu corpo e aproximou seus lábios dos meus e falou.

—Logico, se tu não chegasse, eu ia comer ela. –Não me segurei, dei um tapão na cara dele, e ele se afastou. —Porra Diana, bah que caralho. –Disse esfregando o rosto, virou de costas, respirou fundo e depois me encarou. —Tu tirou sarro da minha declaração, tu disse que não me perdoaria, quer o que? Que eu corra atrás de ti igual um cachorrinho? Tá enganada, porque eu não sou assim, não vou me humilhar pra ti, não quer? Tem quem queira. –Estreitei os olhos pra ele e desci da mesa.

—Nossa, fico feliz de saber que você não me ama, assim eu não fico me iludindo. –Cruzei os braços, eu não ia chorar nem fodendo.

—Tu disse que não me amava, Diana, MAS QUE CARALHO, O QUE TU TÁ RECLAMANDO AGORA? BAH VAI PARA O INFERNO. –Fiquei olhando para ele, sem acreditar, nossa ele não me ama, ele só estava me iludindo.

—Quem vai para o inferno é você seu desgraçado, eu devia te matar.

—Bah tu está ameaçando um delegado? –Ele disse cruzando aqueles braços gigantes na frente do peito e se encostando na mesa do escrivão que estava vazia, ficou meu olhando com aquele semblante diabólico, que me encheu de raiva. Acha que me põe medo.

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