Capítulo 41

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Diana

Chegamos em gramado cedinho e eu comecei a bater os queixos de frio, dentro do taxi coloquei mais uns quinhentos casacos, enrolei bem Arthurzinho, Arthur me abraçou forte e meu frio não passava.

—já já, tu acostuma.

—Ai eu espero, senhor amado. –Entramos em um bairro onde só tinha mansão, uma casa mais linda do que a outra. —Meu Deus aqui deve morar só magnata, tua família mora aqui? –Perguntei espantada.

—Vamos na casa da minha avó materna.

—Ela mora aqui? –Ele assentiu. —Você nunca me disse que sua família era rica.

—Rico sou eu, eles são podre de rico. –Fiquei de boca aberta, eu achava que ele era só o delegado, mas ele é de família rica.

—Porque nunca me contou, achou que eu ia te roubar? –Ele gargalhou.

—Cala boca, não contei porque não teve ocasião pra isso, chegamos. –Um imenso portão se abriu, revelando uma mansão enorme, maravilhosa, eu babei na arquitetura da casa.

—Caramba o arquiteto que fez essa casa deve ser fodão pra caralho. –Entramos na sala enorme, tudo branca, tinha um piano e pinturas caríssimas nas paredes, uma senhorinha com cabelos brancos e com colar todo de perola, veio até nós toda sorridente.

—Ai enfim chegaram, bah eu estava com uma baita saudade de ti guri. –Ela abraçou o neto e em seguida olhou pra mim. —E essa deve ser a sua prenda, que linda, dá um abraço na vovó, é um prazer te conhecer.

—O Prazer é meu, vovó. –Ela me abraçou tão apertado, só me soltou quando ouvimos gritos.

—Ai meu Deus Arthur. Mas bah tu tá cada vez mais feio. –Uma loira alta e linda abraçou Arthur e ele ergueu ela do chão.

— Talita que saudade de ti minha loira, amor olha, essa é Talita minha prima, Talita essa é Diana, minha prenda.

—Tu é ainda mais linda pessoalmente, estou muito feliz em te conhecer. –Ela me abraçou. —E esse deve ser o Arthurzinho, meu Deus ele é a cara desse Jaguarão. –Ela disse sorrindo para Arthur. Um senhor e uma senhora, bem altos se aproximaram e Arthur abraçou eles.

— Amor, esses são tio Gilmar e tia Elenita são os pais da Talita, do Gustavo e do Matheus, falando neles cadê?

—Eles foram buscar as coisas para fazermos a costela de chão. –O tal Gilmar disse sorridente.

—Bah, não sabem a vontade que eu to de comer. –Abracei eles e todos me receberam muito bem, tomamos café, cada coisa gostosa, no almoço chegaram os primos do Arthur, nossa, um mais lindo que o outro, loiros, cada um com sua namorada e também chegou o marido da Talita, eu amei ela. E apesar do frio horrível eu estava curtindo. Arthur saiu com os rapazes para assarem a tal costela de chão, enquanto as mulheres estavam em casa perto de uma lareira, tomando chimarrão e conversando, vovó não saía um minuto de perto de mim, e Talita não largava meu filho, ela me contou que sonha em ser mãe, mas não consegue ter filhos.

—Eu e Arthur nos criamos juntos né, Diana do céu, esse piá era o capeta, tinha um guri que eu gostava e ele inventava que eu mijava na cama, quando ele foi embora pra sampa eu estourei bombinha, mas depois senti saudade do Jaguara.

—Ai meu Deus sério? Arthur é um sarro, no caminho ele vinha cantando umas músicas gauchescas, senhor eu morria de rir.

—Olha vó que lindo o sotaque dela. –Talita disse sorrindo.

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