Arthur Ceccato, 34 anos, Gaúcho, com endereço em São Paulo, solteiro, PhD em direito, atua como delegado Civil na Grande São Paulo. Conhecido por sua supremacia em investigações em todo Brasil, vem sido observado a tempos pelo chefe da secretaria de...
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Diana
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Estava caminhando de mãos dadas com Arthur, em direção ao restaurante mais próximo. Arthur estava putaço, — Como sempre. — E eu, estava plena. É sério gente, eu realmente estava plena.
— Oi Delegado. — Uma magrela de mais ou menos, uns dois metros e 55 centímetros de altura, disse ao passar por nós.... E ARTHUR SORRIU PRA ELA.
Me segura, que eu estou ficando descontrolada.
Não esbocei nenhuma reação, apenas continuei andando sentindo meu olho arder. Só que, o que eu jamais esperava da parte de Arthur, aconteceu.
Ele virou e olhou para trás, pra girafa que havia cumprimentado ele. Aquilo me cegou e eu fiz algo que doeu mais em mim, do que nele.
— PORRA, PORQUE TU FEZ ISSO, TCHÊ? — Arthur perguntou com a mão no rosto e os olhos enchendo de lágrimas. No segundo seguinte me arrependi do tapa que havia dado em sua cara, mas não consegui pedir desculpa. Apenas virei as costas e atravessei a rua correndo. Arthur correu atrás de mim, me chamando.
— DIANA. ESPERA... QUE PORRA! DIANA. — Corri e ele estava quase me alcançando. Estava em uma guerra interna pra não chorar e, a essas alturas, ele ter olhado para a guria nem me importava mais, o que estava me doendo, foi o tapa que dei nele. — Diana, pelo amor de Deus, vamos conversar, amor. — Quando ele disse amor, parei, me curvei descansando as mãos no joelho e simplesmente deixei as lágrimas caírem. — Diana, eu não olhei pra ela com interesse. Eu juro. — Sua voz estava embargada. Limpei as lágrimas antes de me virar e fitar seu rosto molhado.
— Eu não quis.... — Ele me interrompeu.
— Eu sei amor, eu sei. — Ele me abraçou e por mais que eu lutasse para não deixar as lágrimas escaparem, elas vieram como uma enxurrada. Ele me apertou e escondi minha cabeça em seu peito. Estávamos no meio da calçada, em pleno movimento de pessoas. — Aquela garota compareceu na delegacia esses dias, o Jairo interrogou ela, suspeita de crime de racismo. Olhei só por desconfiança mesmo, acredita em mim Diana. Eu te amo, nenhuma mulher no mundo enche meus olhos, somente tu.
