Capítulo 15

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Arthur

Droga, será que eu fui muito explicito quanto a minha preocupação com Diana? Foi automático, ela passou mal, quando vi estava do lado dela agachado, preciso me conter.

O Que será que ela tem? Fiquei sabendo pelo Octavio que semana passada ela teve um desmaio, foi levada para o hospital e tudo.

Depois de quase meia hora tentando ter um momento sozinho com ela, enfim a achei sentada em uma mesa no canto, massageando a têmpora.

—Tu está bem? –Perguntei me sentando ao seu lado .

—Estava ótima. –Ela disse me encarando com raiva e virando a cara em seguida.

—Porque tu desmaiou e porque quase teve outro desmaio hoje?

—Isso não é da sua conta Arthur, eu sugiro que você vá procurar a sua detetive, no inferno de preferência. Garçom, me traz uma bebida, a mais forte que tiver.

—Não, garçom não traz, tu não bebe, Diana.

—Mas eu quero beber todas, quem sabe eu não crie coragem e te conte um monte de coisas que você tem que saber.

—Diana, de que porra, tu estás falando?

—Me traz a bebida. –Diana estava impossível, tentei convencer ela a não beber, porque ela não era acostumada, mas não adiantou, chegou o copo dela e quando ela foi colocar na boca, Oliver apareceu providencialmente e arrancou o copo da mão dela.

—Tá louca? Você não vai beber, você não pode porra. –Ela encarou ele por alguns instantes, como se estivesse lembrando de algo.

—É eu não posso.

—Que bom que eu cheguei né? –Ele disse a encarando e ela abaixou a cabeça. Depois ele olhou pra mim. —E aí mano como estás?

—Bem.

—Oli, vem comigo. –Ela enganchou no braço dele e saíram de perto de mim, fiquei ali desapontado, observando os dois de longe, ela sorrindo com ele, depois ele colocando um mexa de cabelo dela, atrás da orelha. Bah eles não têm vergonha na cara? A sociedade inteira está aqui. Estava nesses pensamentos quando Octavio se aproxima de mim.

—Tá vendo aquilo? –Ele falava dos dois, assenti. —Eles parecem apaixonados, você é irmão do Oliver, tenta descobrir alguma coisa, ele nunca te falou nada?

—Não ele não me falou nada, mas eu vou descobrir. –Eu precisava descobrir, me aproximei dos dois e segurei o braço de Oliver. —Vem comigo, agora. –Diana revirou os olhos e foi sentar na mesa com Octavio. —Que porra é essa entre tu e Diana?

—Do que cê tá falando?

—Tu é apaixonado por ela?

—Não diria apaixonado, mas eu amo ela.

—Seu desgraçado, tu sabe que ela é minha. –Disse grudando o colarinho do meu irmão e o encostando em uma das paredes.

—Na verdade ela é do Octavio né. –Ele disse rindo, e eu apertei ainda mais e suspendi ele do chão, algumas pessoas olharam e eu o soltei. —Cara eu amo ela sim, mas não da forma que cê pensa. –Ele disse arrumando a gola da camisa.

—E que porra de forma é então, caralho.

—Diana é como se fosse minha irmã, desde a infância para a vida, na faculdade éramos os três mosqueteiros, eu, ela e outra menina, as duas brigaram porque não concordavam em certas coisas, seguiram caminhos diferentes, mas eu continuei um irmão para as duas. Então não pense que eu e ela temos um caso de amor, mas sim temos um caso de amizade, cumplicidade e irmandade, fui claro?

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