Capítulo 60

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Arthur

Seis meses depois — Véspera do casamento do meu pai.

Diana hoje tinha plantão, então eu não fui trabalhar para recepcionar alguns parentes que dormiriam aqui em casa.

Estava ansioso esperando minha vó, ela e Talita foram os únicos parentes da parte de minha mãe que papai chamou, visto que; minha vó é uma segunda mãe para papai e Talita é a sobrinha que ele mais adora nessa vida. Já da parte dele, a família viria em peso, o meu vô, minha prima Daniela chicletão, primos, tias, e o diabo a quatro. Mas só o meu vô e Daniela ficariam aqui em casa, Diana quis me matar quando eu disse que podiam vir, não pelo meu vô, mas pela Dani.

—VOU MATAR ELA DORMINDO SE OLHAR PRA VOCÊ. –Gritou ela assim que, com toda a cautela do mundo quase em um sussurro, contei que Dani ficaria aqui. Ela ficou de mal comigo por uma tarde inteira e isso fodeu com tudo, porque tínhamos planos para aquela tarde, as crianças foram passear com o Oliver e com a Monica e eu até estava pensando em fazer umas paradas com vinho, mas aí ela ficou de mal comigo.

E hoje quando a deixei no serviço, toda gostosa naquela farda, ela jogou o cabelo para o lado, apontou o dedo na minha cara e com aquela sensualidade toda de quando está brava, me deu as ordens (Que eu não vou obedecer, porque ela não manda em mim)

—Se você abraçar aquela chicletona do caralho, a Talita vai me contar, e se a Talita não tiver chegado ainda, alguém vai me contar. Ah e não dá moral pra ela. Puta do caralho. –A cara dela estava vermelha, eu sei que hoje ela não vai trabalhar bem.

—Amor, tu morre de ciúmes do teu delegado né? –Me orgulhei e ela fechou a cara.

—NEM PENSE EM COLOCAR AQUELA CALÇA CINZA MOLINHA, TU ME ESCUTOU?

—Se eu quiser eu boto, tu não manda em mim.

—Ah, então coloca pra ti ver, o que te acontece. –Ela disse colocando a mão na maçaneta pra abrir a porta e eu a puxei e uni nossos lábios.

—Eu te amo tá, reinenta. –Sorri quando ela franziu o cenho e deu um tapa no meu braço. —Te amo muito, sou louco por ti, então trabalhe tranquila, porque eu só tenho olhos pra ti. –Ela abaixou a cabeça e depois me olhou com os olhos marejados.

—Promete que não vai dar moral pra ela?

—Amor, ela é minha prima, vou atende-la bem, confia no homem que é louco por ti. –Ela deu um sorrisinho e me olhou com uma carinha linda.

—Eu não confio nela.

—Pois a Talita vai estar lá pra enxotar ela de perto de mim, se ela ficar me perturbando. Estou tão ansioso pra ver a minha loira e minha vozinha. –Ela alargou o sorriso.

—Eu também. Agora deixa eu ir. Te amo. –Então fiquei olhando ela entrar no departamento e segui pra casa.

As 9 horas chegou meu vô e Daniela.

—Oh vô, seja bem-vindo. –Meu pai correu para abraçar meu vô. Daniela entrou em casa e se jogou nos meus braços.

—Primo, que saudade. Bah Arthur tu está cada dia mais gato. –Sorri e a abracei rapidamente, mas já soltei. Tomamos café e a Daniela não parava de falar besteira pra mim. Maldita hora que fui transar com essa guria. Não imaginava a cruz que eu teria que carregar.

—Dani, tu te comporta guria. –Meu vô, repreendeu ela.

—Ah vô não enche o saco. –Ela respondeu.

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