Capítulo 70

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Diana

Estou completando meus seis meses de gestação, me sinto ansiosa, brava, ansiosa, reinenta. — Já disse ansiosa? — Então, estou ansiosa pra caralho.

Ansiosa pra ver o rostinho dele ou dela, ansiosa pra saber se é ele ou ela e, ansiosa pra me sentir leve de novo. — Porque estou me sentindo um balão. — Até agora ganhei 7 quilos, mas sinto como se tivesse ganhado, 245 quilos e 955 gramas. Nem transar eu posso, isso não é vida. — EU PRECISO DE PIROCA, CARALHO. — Arthur já está vendo terreno no cemitério, já que segundo ele, se for menina morrerá no parto.

Pensa na inveja que ele ficou de Oliver, porque é menino e de Octavio que também será pai novamente e é menino! Ele ficou tão bravo que quis me trapacear no ultrassom que fizemos hoje, a sorte foi que eu escutei ele conversando com a médica e rodei a baiana.

— O que você está falando aí, Arthur? — Perguntei assim que virei o corredor e ouvi ele combinando com a médica para saber o sexo. Ele ficou lívido.

— Amor eu... Diana... nada.

— Você realmente iria compactuar com isso? — Disse com as mãos na cintura, encarando a loira azeda em minha frente. Que por sinal, não fui com a cara desde a primeira consulta.

Minha médica por motivos que eu desconheço, saiu de licença e entrou essa vagaba no lugar. — Só não bati nela já, porque sou muito controlada, mas isso não impede do meu ciúmometro explodir. — Essa galinha é só sorrisos para o MEU Arthur.

— Era um desejo dele Diana, ele é o pai e tem direitos.

— Porra Arthur, tínhamos um combinado, caralho. — Arthur abaixou a cabeça, suas bochechas estavam coradas. Ridículo!

— Desculpa amor. — Ele pediu quando me viu possessa.

— Não quero mais essa mulher de minha médica. — Disse encarando ela.

Galinha da porra!

— Quem não quer ser sua médica sou eu. Precisa ser ignorante assim? — Ela disse me desaprovando. Respira Diana.

Tu não me viu sendo ignorante sua idiota. Em outros tempos, sua carinha estaria deformada. — Ela deu uma risada com deboche e logo o chefe do andar da Maternidade se aproximou de nós.

— O que está acontecendo aqui? — Ele perguntou.

— Nada doutor. — Arthur disse e apertou minha mão. — Filha da puta, que vergonha tu está me fazendo passar, tchê. — Disse em um cochicho. Encarei ele e já ia xingar, mas precisava resolver minha situação.

— Quero outra médica. — Disse curta e grossa.

— Doutor, só porque o marido dela estava me pedindo para saber o sexo.

— Não é por causa disso.

— Ah não? — Ela gargalhou.

— Não? — Arthur também perguntou com incredulidade.

— Não. Eu não quero mais ela por alguns motivos, primeiro, não fui com a cara dela desde a primeira consulta. Segundo, ela trata melhor o pai do bebê do que a mãe, que é a que sofre mais, porra é pela minha bo...... — Arthur apertou minha mão antes que eu continuasse.

— Amor. — Usou seu tom repreensivo e o encarei brava.

— Terceiro, ela é uma incompetente que nunca chega no horário certo das consultas, esses dias eu tive que esperar meia hora pra ser atendida. Eu quero a doutora Ana Paula de volta.

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